Vivendo fora, estas são as coisas das quais sinto mais saudades de Portugal*
Um café e uma esplanada
Sabem aquele cafezinho, depois de almoço, numa esplanada ao ar livre e com o sol a bater cara?! Quando penso em Portugal, é esta a memória mais forte que tenho e nessa minha memória, é Inverno! Nada bate um sol de inverno.
O croissant de queijo (branquinho) e um Compal
Sobretudo se for um croissant do Arco Íris, a pastelaria junto à Estação de Coimbra A. E quem diz os croissants do Arco Íris, diz os Pastéis de Belém dos Pasteis de Belém, os Palmiers da Vénus, o Pão de Deus da Padaria Portuguesa, o pão da Vasco da Gama e a broa da Padaria Pão Quente.
Sopinha
Há lá coisa melhor do que uma pessoa andar aos papeis, sem saber o que comer e entrar num sítio qualquer e pagar menos de 2 euros por uma sopinha, assim, só numa de despachar?!
A menina
Se há coisa que enche o meu coração cheio de ternura é ouvir, em Portugal, alguém a tratar-me por “menina”. “A menina quer…?”, “A menina precisa…?”; “A menina vai…!” e acho mesmo fofinho, quando se fala da Menina Ana, mesmo que ela já tenha 70 anos. A menina (eu) gosta muito.
As livrarias
Longe de mim armar-me em pseudo-intelectual, que lê muito, mas fazem-me falta. Sempre gostei de entrar, nem que fosse por uns 15 minutos e ver o que há de novo e de velho e ainda dar uma olhadela nas primeiras páginas dos jornais e desfolhar revistas.
O sol
Ok, que há dias cinzentos. Sim, eu sei que chove. E em Portugal faz um friozinho do caralhinho, continua a ser o país onde sinto mais frio - e eu já vivi na Letónia, com - 25 graus! Mas em Portugal há mais probabilidades de sol e mesmo quando a chuva não para, há uma brechinha, um raio. Um arco-íris.
O teatro
Sempre fui uma pessoa teatreira, hábito que perdi fora de Portugal - pela língua, por não me identificar com os projectos, pelo tipo de humor, por simples desconhecimento e ignorância. Faz falta!
O oceano está à esquerda
Eu sou uma naba com o norte e o sul, são conceitos que não me fazem sentido e mapas são, para mim, um mistério. Em Portugal, sei que o oceano está à esquerda… e, assim, se faz a coisa.
*Obviamente que amigos e família estão em primeiríssimo lugar