Viajantes que deviam ser banidos
Achavam que era só o Trump a banir pessoas?! Oh amigos, por quem sois! Eu também bano! Aliás, aproveitemos esta moda e vamos banir gente. Não por país, que eu tenho que para mim, que os problemas não estão na nacionalidade! O meu critério seria mais inteligente: a tontice humana! E claro, sobre viajantes, que já deu para ver que eu não sei falar de nada mais, certo?
Bem, cá vai a lista de viajantes que têm de ser banidos. JÁ!
Pessoas que tiram fotografias a fazer festas a tigres acorrentados
E quem diz fazer festinhas a tigres acorrentados; diz montar em elefantes que são açoitados ou bater palminhas a ursos que fazem truques, enquanto lhes batem com um chicote. Amigos: os animais selvagens, não andam na selva à noite e trabalham durante o dia, para sustentar a família. Também não são bichezas que achem particular piada a contacto humano ou a levar na tromba. Não sou das que acha que os animais não podem trabalhar. No entanto são cada vez mais recorrentes as denúncias de casos de abusos. Informem-se antes de fazer alguma actividade com animais e se vêem algo, denunciem!
Pessoas que viajam com selfie sticks
Não falo das figurinhas ridículas, que isto cada um sabe de si: mas aquilo é coisa para ferir uma vista! Ou duas! Rachar cabeças! Um perigo! E o difícil que é agora uma pessoa tirar uma fotografia, sem que apareça um pedaço de metal em algum canto?!
O fotografo profissional em viagem
O fotografo profissional pode ou não ter um pau de selfie, daí merecer uma categoria própria. Convém referir que o que o torna profissional não é a qualidade, mas sim a quantidade de fotografias que esta alminha tinha! Jazus! E não falo só de selfies, falo também de toooodos os quadros do museu, toooodos os tipos de vegetação do jardim, toooodos os ângulos do pôr-do-sol, etc., etc. Ainda ninguém explicou ao viajante fotografo profissional, que o objectivo é ele VIVER a viagem, em vez de a documentar. E se viajar com ele é mau, pois há que parar de 5 em 5 minutos para tirar uma fotografia (“só mais uma!” diz ele excitado), no fim da viagem o terror é maior! Falamos das longas sessões caseiras, onde ele orgulhosamente mostra toooooooooodas as fotografias!
Pessoas que deitam o lixo no chão
Para que não digam que eu sou intolerante, nem vou incluir pessoas que não reciclam no meu ban - se bem que continuo sem entender a dificuldade de dividir o lixo em categoria! Adiante! Gente que deita lixo no chão, desculpem, mas fogueira com eles! O ar é de todos! O chão é de todos! O mundo é de todos! O património também
O queixinhas civilizado
Este é aquele que viaja para ver pobrezinhos e viver situações limite. Aquele que acha que se acha superior e melhor do que todos os outros e que solta frases como “sabe com quem é que está a falar?” ou põe-se a citar índices de desenvolvimento, porque no país dele não é nada daquilo!
No meio de tudo isto, ele não se limita a mostrar superioridade. Não, não!! Ele reclama de TUDO! Do autocarro que chegou 5 minutos atrasado; da chuva; do guia que não fala bem inglês e até do arroz que não é igual ao da mãe dele! Porque, já se sabe, no seu país é tudo melhor. Sempre admirei estas pessoas que têm uma capacidade única para sair do país e criticar tudo: ele é o tempo, o trânsito, as pessoas, ... São pessoas que saem de casa, mudam de país e que em dois segundos se dão conta que o paraíso ficou la atrás! Boa, boa é a rotina e ir trabalhar todos os dias, que afinal de contas só vamos de férias porque somos obrigados!
Os gourmet birrinhas
Fora de casa, nada é mais comparado, escrutinado, mencionado e criticado do que a comida! Porque lá no “meu país” é que “o bacalhau é bom”, lá é que “sabem fazer pão” e, obviamente, é lá “que o café é barato”! Raios partam que esta gente que só como arroz, só usa picante e nem sabe o que é um pão com manteiga! Não sabem o que é bom!
O isto é tudo meu!
É aquele filho da mãe que acha que está em casa! Tem zero respeito pelo espaço alheio! Falo daquele tipo que viaja de perna aberta, enquanto os outros viajam encolhidos; aquele que põe a mala no lugar livre ao lado; quando há gente de pé; o mesmo que faz 78 poses até conseguir a fotografia perfeita, mesmo quando há 78 almas à espera que ele termine. Tipo isto. Só à chapada!
O pacote turístico
Se lhe perguntarmos, se ele vai ao sítio X, ele nem sabe! Isto, porque se não está no programa da agência, ele nunca ouviu falar. Ele ainda não entendeu que a piada da coisa é misturar, explorar, descobrir. Ele segue à risca o roteiro da agência de viagens, como uma aprendiz de culinária segue as dicas do Goucha! Assim sendo, morre de medo de se perder, desenvolvendo um instinto de sobrevivência, que consiste em nunca perder de vista o chapéu de chuva do guia. Ele evita conversas com estranhos, afinal, os locais não são gente séria. E quando chega aquela hora livre, ele aproveita para ir até ao café do hotel e beber uma águinha, mas engarrafada, claro está! Fora com eles - sim eles, porque andam sempre aos montes! Bane-se um, banem-se todos!
O ofendido
O ofendido pode ser Tuga: "como assim não sabe que Portugal dividiu o mundo em dois com a Espanha, é um país e não uma província espanhola e onde se fala português, a língua de Camões e Pessoa?". Pode ser Espanhol, "Sou do Bairro de los Vadillos, em Valladolid! Na comunidade autónoma de Castela e Leão? Perto de Madrid? Em Espanha!" como pode ser outro ofendidinho qualquer. Gente que se escandaliza, porque "como é que é possível que este não saiba não sei o quê, sobre não sei das quantos, que aconteceu em mil e troca o passo, ao lusco fusco?!" Logo ele, o ofendido, perito em geografia chinesa, na história da Argentina e na cultura dos povos aborígenes!
Digam-me, esqueci-me de alguém?