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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Viagem pelo mundo: locais a visitar

11.01.17

Esqueçam o top do Trip Advisor, as listas do Lonely Planet ou os rankigs do Condé Nast Traveler! Esta é a verdadeira, a única e a mais espectacular lista de todos os locais que TEM MESMO de visitar antes de morrer. E "que tem esta lista de locais para visitar tão especial?" perguntam vocês - e muito bem, diga-se de passagem. Ora amigos, porque é MINHA lista de locais para ver. Feita com base na minha experiência e enorme sabedoria.  Sabem que eu nunca vos minto, não é verdade?  Vamos a isto - pelo menos para já.

 

1. Machu Picchu, Peru

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Tudo é perfeito. A caminhada da Hidroeletrica a Aguas Calientes, com uma paisagem de cortar a respiração. Fui dessas que sofreu com a altitude, onde só me faltava cuspir um pulmão (ou dois!!). No entanto, nunca me vou esquecer de chegar antes das 7h00 com tudo nebulado e de assistir ao sol a abrir em Machu Picchu. Que sítio incrível: as vistas, o verde, a arquitectura (que espertos eram os Incas). Machu Picchu é um parque aberto, ou seja, não há pressas, guias ou horários a comprar. Deu até para dormir uma sesta! Aqui, há um sentimento de profunda gratidão que nos acompanha, seja por sítios como aquele existirem e por podermos visitar-los. Acreditam que não tenho nem uma fotografia má de Machu Picchu? Mais dicas para visitar Machu Pichu AQUI.

 

 

2. Taj Mahal, Índia

 

Agra a cidade onde está o Taj Mahal, é das cidades mais feinhas que vi na vida. E não há céu azul. O Forte de Agra, outra das atracções de Agra, cheira a esgoto. Quanto à comida foi a menos boa que comi na Índia - e isso é dizer muito! Todavia, nada disso importa, porque o Taj Mahal é perfeito, quando ouvia gente que andava a viajar na Índia e que dizia que não tinha ido ao Taj, por ser demasiado turístico, juro, davam-me pena! Acho que nunca vi nada feito só pelo homem tão perfeito. Tão harmonioso. Tão simétrico. Tão bonito e tão delicado ao mesmo tempo - mais info AQUI.

 

 

3. Jemaa el-Fna, Marrocos

 

Acho impossível alguém visitar Marraquexe e não ficar completamente hipnotizado por esta praça. Eu, assumo, estava viciada! Tão vibrante, tão cheia de cor e de movimento. Aqui há cobras e macacos. Espremem-se sumos na hora. Arrancam-se dentes. Pintam-se as tatuagens henna. Há lojas de sapatos, bijuterias,tapetes,… eu sei lá! Ouve-se a mesquita. Entra-se nas souks. Havia na praça um café com uma esplanada no telhado e, sempre que dava, e a diferentes horas, passava por lá, bebia um chá e ficava a olhar. Só a olhar.

 

 

4. Capadócia, Turquia

 

Istambul está no meu coração, mas a Capadócia é algo único! Esta região tem uma geologia própria, derivada a vulcões, erosões e mais diabo a sete. Moral da história, uma areia bastante resiste, que pode ser também trabalhada e que originou a construção de casas - ainda hoje os habitantes da região o fazem, para construir anexos, garagens, etc. Desde Alexandre, o Grande que a zona é habitada. O Parque de Goreme é uma das principais atracções da Capadócia está tão bem preservado, que ainda é possível ver antigos frescos do século XIAs construções caracterizam-se pela sua forma alta e esguia, assemelhando-se a cogumelos, as tais chaminés das casas das fadas, como lhes chamam os turcos. Andar por ali é como fazer parte de um conto de fadas, apesar da aridez da região.

 

 

5. Floresta de Bambus, Japão

 

Fui tão feliz a viajar no Japão é tudo tão impressionante, que escolher apenas um sítio é uma injustiça. Só de pensar no Japão, sinto-me feliz. Lembro-me sempre do verde, tão verde, tão limpo. Parecia mesmo que alguém tinha andado a polir folha por folha. Em Kyoto, adorei a floresta dos bambus. Ainda mais alugamos uma bicicleta e foi... uma alegria. A zona é ainda muito rural, com diversas casinhas e jardins (todos zen, bem a la Japão). No entanto, é aquele aglomerado de bambus que saem do chão e parecem furar as nuvens e continuar por ali acima, que mais impressiona. LINDO!

 

 

6. Angkor, Camboja

 

No século I, um senhor declarou-se o "monarca universal”, o “deus-rei" - só para vermos que esta coisa dos espanhóis e Portugueses dividirem o mundo em dois e do rei Sol em França é brincadeira de meninos! E, foi assim, que até ao século XIV (julgo) que o Império Angkoriano cresceu. Para o recordar, ficou uma área enorme, com mais de mil ruínas e Angkor Wat, o maior templo do mundo e também considerado o maior monumento religioso do mundo - acabei de ler agora na Wikipédia. Se isto não impressiona... isso, e as gigantescas escadas que os pobres dos monges tinham de subir e descer!

 

 

7. Coliseu de Roma, Itália

Roma foi a minha primeira grande viagem, tinha eu 18 anos. Acho que também por isso, o Coliseu me impressionou tanto: que EMOÇÃO!!! Aquilo que vemos hoje do Coliseu de Roma é uma mera amostra, já que vários aros foram destruídos e todos os ouros e mármores foram pilhados é, para mim, o que torna tudo ainda mais incrível! Isso e quando pensamos em romanos, césares, lutas com leões, teatros de naufrágios, lutas de homem contra homem. Voltei lá o ano passado e continua a ser impressionante.

As 10 cidades mais visitadas de 2016

23.09.16

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1. Bangkok, Tailândia

Bangkok é a porta para quem vai viajar na Tailândia, mas também para muitos viajantes que anda pelo Sudeste Asiático. Além de um turismo barato e pensado em mochileiros, a Tailândia tem imensas opções de viagens de luxo, a preços bem, bem em conta.

 

2. Londres, Inglaterra

Que surpresa, não é? Mais uma vez, Londres no ranking das cidades mais visitadas! A Londres, volta-se sempre!

 

3. Paris, França

Correcção: a Londres e a Paris, claro está! Mas se Londres ultrapassa os 19 milhões, Paris fica-se pelos 18 - coisa pouca! 4.

 

 

4.Dubai, Emirados Árabes

Centro de negócios, cidade megalomania das luzes e das 76 mil construções modernas. Nunca estive no Dubai, sem ser no aeroporto, mais imagino sempre como uma espécie de Disney para adultos. No entanto, o Dubai estará sempre no meu coração, pois nunca me vou esquecer da alegria que foi viajar na Primeira Classe da Emirates,de Bangkok para o Dubai.

 

5. Nova York, Estados Unidos

 

 

Para já, Nova York continua na lista de cidades que quero MUITO visitar. Até um dia, amiga!

 

 

6. Singapura, Singapura

Parece que já recebeu cerca de 12 milhões de habitantes este ano… e não, eu não conto!

 

 

7. Kuala Lumpur, Malásia

Mais uma cidade asiática na lista!

 

 

8. Istambul, Turquia

Apesar do aumento de ataques terrorista, Istambul continua no top 10 das cidades mais visitadas. Eu já lá vivi e, para mim, Istambul continua a ser uma das cidades mais bonitas, mas incríveis, mais espectaculares de sempre! Há uma empresa que se atribui a Napoleão, que resume a coisa: “se o mundo tivesse uma capital, Istambul seria a cidade escolhida”… esta é capaz de ser a única coisa com a qual eu e o Napoleão estamos de acordo!

 

 

9. Tokyo, Japão

… e agora estou nostálgica! Que saudades do Japão, da comida, daquele verde!

 

10. Seoul, Coreia do Sul

Um amigo falou-me tão bem, mas tão bem de Seoul, que desde aí uma cidade que me dava um pouco igual ao litro passou para a minha lista de viagens. Definitivamente, um dia irei ou espero poder contribuir para o número de viajantes em Seoul.

As 50 cidades mais bonitas do mundo

11.01.16

Segundo a Condé Nast Traveler estas são as cinquenta cidades mais bonitas do mundo. Eu acho que faltam duas!

 

Veneza, Itália

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Veneza é o paradoxo do turismo. Todos querem vê-la, mas ninguém suporta os "todos" que a querem ver. Tropeçar em turistas é o prato do dia e, nos dias de hoje, conseguir sair ileso de Veneza e sem levar com um pau de selfie na cara, é quase um milagre - isso e tirar uma fotografia sem que haja algum desconhecido nela. Mesmo assim, Veneza vale a pena. Vale sempre a pena e é, sem dúvida, uma das cidades mais bonitas do mundo - ou do mundo que eu conheço!

 

Hong Kong, China
Istambul, Turquia

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É difícil explicar Istambul! Istambul é uma das minhas cidades favoritas. Quando penso em Istambul penso em andar de barco nos Bósforo; no pôr-do-sol; em comer peixe fresco no pão com limão; o som das mesquitas, que para mim soa a uma canção de dedicada a quem está na cidade; na ponte repleta de pescadores; na Haghia Sophia; nas ruas labirínticas do bazar; nos bares de Taksim; em pãezinhos com azeitonas e chá, às sete da manhã e nos mexilhões frescos com limão, às cinco da manhã! Penso na cordialidade das pessoas, nos minaretes e em Sultannamet. Napoleão disse que se o mundo tivesse uma capital, Istambul seria a capital. E eu acho que ele tinha razão! Que saudades!

 

Nova York, EUA
Londres, Reino Unido

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Todos gostamos de Londres quando a visitamos. Os museus, os mercados, Camdew Town, etc. etc! Mas eu acho que só quando se volta a Londres é que se pode realmente apreciá-la. Beber cervejas nos pubs, almoçar nas escadaria da National Gallery, apanhar sol no parque, ficar no Tate a olhar para as vistas da cidade. 

 

Chefchaouen, Marrocos
Está tãooooooooooo na minha lista!

 

Paris, França

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Paris é a cidade dos clichés! Em Paris, entendemos o que significa "à grande e à francesa" e sem dúvida que é a cidade do amor, porque nenhuma outra cidade foi tão amada por quem a visita. Por isso, é que "teremos [todos] sempre Paris". E podemos sempre voltar, pois nunca será igual. E tal como os verdadeiros amores, com o passar do tempo e quanto melhor nos vamos conhecendo, mais gostamos!

 

Cape Town, África do Sul
Amesterdão, Holanda

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É uma cidade bonita e fácil, que se visita de um fôlego de bicicleta, de barco ou a pé. A Holanda ensinou-me o que era a "qualidade de vida". Aprendi-o quando via os pais a irem buscar os filhos à escola às cinco, de bicicleta. Ou quando, os parques estavam cheios de barbacues domésticos e de cerveja. Amesterdão é demasiado rápida e nem todos aprenderam ainda este conceito, que torna a Holanda tão especial, pelo menos para mim. 

 

São Petersburgo, Rússia
Está tãaaaaaaaaao na lista de cidades que eu quero conhecer!

 

Beirute, Líbano
Kyoto, Japão

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 Durante a II Guerra Mundial, enquanto todo o Japão foi bombardeado, Quioto não. Nem uma bombinha. Talvez por isso, seja a cidade que melhor reflecte a cultura japonesa. Com as suas casas baixas, pequenas ruelas, canais e restaurantes, com capacidade para apenas seis clientes. É claro que há os edifícios megalómanos que são já a imagem de marca do Japão, mas em Quioto são diferentes. São mais harmoniosos. E depois, nos arredores há zonas absolutamente deslumbrantes, como a Floresta de Bamboo e, a poucos horas dali, Nara. Sem dúvida, que Quioto merece estar na lista. Aliás, o Japão merece tudo, sobretudo uma viagem! Várias.

 

Queenstown, Nova Zelândia
Barcelona, Espanha

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A primeira vez que visite Barcelona devia ter 17 anos e sei que disse aos meus pais que queria viver ali um dia. Era também a primeira vez que estava fora de Portugal, sem contar com as cidades galegas - que são como estar em casa. Barcelona impressionou-me muito. As pessoas deslocavam-se de bicicleta, tinha praia e montanha, a arquitectura superava as imagens dos livros, as pessoas de cadeiras de rodas saíam à rua, etc. Era uma cidade com espaço, ampla. Depois disso, já lá voltei, como turista e senti-me nervosa, com tanta gente à minha volta. Da última vez, tirando um passeio nas Ramblas, estive em Barcelona com quem lá vive e foi totalmente diferente. Voltei a amar a cidade e a querer viver lá. De preferência, na Barceloneta, por favor!

 

Singapura
Havana, Cuba
Florença, Itália

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Uma das recordações mais bonitas que tenho de Florença, foi o pôr-de-sol na Puente Vechio. Em uma das margens, o céu ficou azul. Um azul claro pastel, mas com tons escuro. E do outro, no meio do azul, havia rosa e roxo. Recordo-me de pensar, de como um céu e umas cores daquelas, justificavam a devoção de Florença às artes. Como não ficar inspirado? 

 

Sydney, Austrália
Salzburg, Áustria
Abu Dhabi, UAE
Lisboa, Portugal

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 Lisboa! Lisboa! Lisboa!

Entre muitas outras, uma das coisas que mais gosto em Lisboa é do castiço da cidade. No fundo, Lisboa é uma aldeia. Eu sei que muitas pessoas ficam ofendidas ou acham que isso inferioriza a cidade, como se deixasse de ser menos cosmopolita. A meu ver, é precisamente o oposto. Num mundo de grandes cidades e metrópoles, arranha-céus e auto-estradas, o charme de Lisboa está nas suas ruelas, na roupa estendida ao sol e nos miúdos a jogar à bola na praça.

 

Rio de Janeiro, Brasil
Jaipur, Índia

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Nunca vou entender, todo este zum-zum à volta de Jaipur. É certo que o forte é magnífico, mas com tantas cidades na Índia incríveis, não entendo o porquê de Jaipur estar sempre na lista das mais populares e visitadas. Mesmo ali ao lado, está Udaipur que é tão, mas tão bem mais bonita! Se fizessem um filme do Aladino, seria Udaipur a cidade. De Jaipur só me recordo da confusão. Da dificuldade que foi, para conseguir quarto, comprar as viagens de comboio, relacionar-me com as pessoas ou simplesmente, visitar os locais. Das cidades na Índia que visitei foi sem dúvida, a que menos me seduziu. 

 

Lucerne, Suíça
Shanghai, China
São Francisco, EUA
Roma, Itália

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Caminhar por Roma é dar pontapés na história. Olha o Coliseu; ups, umas ruínas; aaaaaaaaah, que fonte bonita! Roma é uma capital especial, cheia de história e, tal como todas as cidades italianas, onde sempre cheira bem. Sinceramente, se me perguntarem se Roma, Veneza ou Nápoles, cheiram ao mesmo que Palermo ou Sardenha, eu direi que sim. Itália cheira bem. Cheira a comida: a pizza acabada de sair forno. A parmesão ralado. A massa a ser servida no prato. A café fresco. Desculpa Lisboa, mas Itália  também cheira bem!

 

Estocolmo, Suécia

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Quando visitei Estocolmo não estava em mim! Vinha de um Inverno rigoroso, com a noite a começar às 16h00. Meses num país de gente pouco dada a simpatias ou a sorrisos. Ir a Estocolmo em Abril, foi literalmente ver o sol. E pessoas super educadas. E giras. Ainda hoje tenho Estocolmo no coração e seique adoraria vier aqui. Não sei se pelo contexto, acabei por elevar a cidade ou se ela merece na verdade todo este meu amor. Mas eu estou convicta que sim, até porque Estocolmo comi as melhores cerejas da minha vida. Sabiam a felicidade. 

 

Bruges, Bélgica
Cartagena, Colombia


Budapeste, Hungria

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Budapeste foi sem dúvida uma surpresa. Sempre ouvi falar de Praga como sendo a mais bela cidade da Europa Central e tenho que assumir, depois de visitar Budapeste, as minhas expetativas para Praga subiram ainda mais.Budapeste é uma cidade lindíssima.

 

Valparaiso, Chile
Praga, República Checa

Em Fevereiro, logo saberei.


Edimburgo, Escócia
Busan, Coreia do Sul
Vancouver, Canadá
Cidade do México, México
Charleston, EUA
Jerusalem, Israel
Dubrovnik, Croácia
Riga, Letónia

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Riga, assim como a maioria das cidades do Báltico, têm um centro muito fofinho. Há vários edifício de Art Deco, todos de várias cores, o que confere um carisma único aos centos. Sobretudo no Inverno, quando chega a neve. O cenário fica  ainda mais mágico, em Dezembro, com as decorações natalícias. Apesar de ter vivido em Riga e ter um enorme carinho pela cidade, acho Talim, a capital da Estónia, mais bonita. A foto de cima é da Embaixada Francesa em Riga, um dos meus edifícios favoritos em Riga.


Quito, Equador
Quebec City, Canadá
Buenos Aires, Argentina
Luang Prabang, Laos

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É das cidades mais fofinhas que visitei, enquanta viajava sozinha pelo Sudeste Asiático. Um misto de vila francesa, cheia de charme, com um estilo asiático bem marcado, seja na arquitectura ou na decoração. E isto no meio de montanhas de selva pura. Bem ao lado, umas lagoas de água azul clara, densa (ver na foto acima), fazem de Laos uma cidade imperdível.

 

Viena, Austria
Isfahan, Irão

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É sem dúvida uma cidade incrível. Mesmo que a cidade não o fosse, bastava a praça central, a Praça de Naqsh-e Jahan, para colocar a Isfahan na lista. Vale também a pena uma visita ás pontes do rio Zayandeh. Quando fomos chovia a potes, mas diz-se que é comum os homens encontrarem-se nas pontes e cantarem - sim, cantarem, assim e só porque sim, só porque podem. Ah e para quem torce o nariz sobre o Irão, aqui ficam umas dicas.

 

Washington, EUA
Sevilha, Espanha
Muscat, Oman

 

 

 

Cidades que eu acho que faltam aqui:

San Sebastian

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Situada no País Vasco, no norte de Espanha, esta é sem dúvida uma das minhas cidades favoritas. As praias são belíssimas, assim como a arquitectura da cidade. Viveria aqui, sem dúvida.

 

Coimbra

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Só porque é a minha cidade e jamais haverá para mim uma cidade tão bonita como esta.

Esta não é a minha Europa

03.09.15

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 #KiyiyaVuranlnsanlik

 

Eu nasci em 1986 e poucos meses depois, Portugal entrava na União Europeia. Eu faço parte de uma geração, que sente ou talvez seja eu, que a Europa é também parte da minha identidade e que ser europeia, mais do que uma referência territorial, é também fazer parte deste grupo de estados-membros diversos, mas unidos entre eles.

Não é um namoro perfeito - não os há! Poderíamos estar aqui a falar de quotas, subsídios que pararam culturas agrícolas, de fábricas que fecharam, muita corrupção e dinheiro mal investido, etc., etc. Não sou naif, nem uma total desinformada.
Apesar do "somos todos amiguinhos e unidos na diversidade", não nos podemos esquecer que a base da União Europeia são os acordos económicos e de comércio livre.

 

O facto de estar na UE, permitiu-me viver algumas das melhores experiências da minha vida. Fiz Erasmus (e num país que não é membro), mais tarde fiz o Leonardo da Vinci (num país que tinha recentemente aderido à UE) e ainda pude viajar muito, conhecer pessoas incríveis, explorar para lá do meu umbigo, conhecer e partilhar histórias. Permitiu-me também sair do meu país e encontrar um melhor trabalho sem grandes problemas ou dramas burocráticos.


Recordo-me de há uns anos, ler uma notícia sobre o corte que ia ser dado às bolsas Erasmus e de ler um comentário contra, que alegava que são esse tipo de programas que eventualmente evitam uma terceira guerra mundial. Extremo? Sim, muito! Um pouco! Mas não deixa de ter um fundo de verdade. Todas as minhas experiências, desde as académicas, profissionais ou de lazer, permitira-me mais do que tudo conhecer pessoas. Quando pensou na Alemanha, nem o Holocausto, nem a Merkel são a minha primeira referência. Penso no meu amigo Johan a dançar salsa. E por aí fora!
Quem é que no futuro, partilhando e vivendo estas e outros experiências, poderia defender ideias nacionalistas ou apoiar qualquer tipo de conflito, que eventualmente magoaria um amigo?

 

Foi por tudo isto e pelo idieal romântico da UE, que nos últimos tempos, mesmo contra tudo e todos, eu ia defendendo a Europa. Não era fácil, mas nem todos os amores o são!
Apesar da figura controversa que é, doeu-me muito ver quando porque sim, tiraram Berlusconi do poder. É um tonto? É! Corrupto? De certeza! Criminoso? Não duvido! Mas no final do dia, foi nele que os italianos votaram de forma democrática. Quem são os mercados, os FMI's, as troikas ou os conselhos europeus, para mudarem isso?

 

Depois, veio a Grécia e a prova clara de que nesta Europa de dinheiro, o David nunca ganha.
Também há Portugal. Mesmo estando longe, dói-me ver as medidas tomadas. Uma Troika indiferente às pessoas e às suas necessidades e um governo submisso, sem respostas à altura e de fazer as mudanças necessárias - enfim, outros assuntos com pano para mangas e palavras para vários pots.

No meio de tudo isto, dei por mim a sentir que esta/aquela não era a minha Europa! Não foi para isto que me inscrevi e não foi isto que defendi!

 

E agora, os refugiados.
Como é que é possível que uma organização como a UE, não tenha capacidade para organizar 27 estados membros e receber de forma digna estas pessoas?
Sim, digo receber. A UE, em particular as ditas grandes potencias, tem muita responsabilidade naquilo que está acontecer com a Síria, a culpa não é todo do ISIS e mesmo que fosse, ONU, NATO, etc. onde andam vocês?
Estas pessoas entram na condição de refugiados, ou seja, não é apenas em busca de um novo trabalho (e esse seria novo tópico a merecer outro post), mas sim em busca de protecção, porque a vida corre perigo. Muitos destes refugiados já o eram na Síria.


E que anda a UE a fazer? A Europa constrói muros, impede-lhes a passagem e muitos ainda são mal-tratados e roubados pelas autoridades. Poucos se chegam à frente, não há uma solução comum... A sério, o que é isto?

 

Entendo que a solução não é fácil e que o tema é delicado. Mas num continente que já sofreu duas grandes guerras, entre outros conflitos e que teve os seus próprios refugiados e se caracterizou por colonizar meio mundo, onde é que está o espírito de humanidade e solidariedade? Onde é que está a empatia no meio disto?

 

21 pessoas vão ser acolhidas em Penela.
Se outras localidades fizessem o mesmo, multiplicando, quantas vidas Portugal poderia salvar? E a Espanha? E a França? E a Itália? E a Alemanha? Etc. etc. etc. A sério, que Europa é esta?! Como dizem os turcos, este é o naufrágio da humanidade (#KiyiyaVuranlnsanlik).

Óbvio que algo mais tem que ser feito, há um problema sério na Síria, que necessita de resposta urgente. Mas enquanto quem manda neste mundo não mete as pilhas, há gente a chegar... e a morrer! Sonhos e vidas que literalmente morrem na praia.

 

 

Viajar sozinho?

08.07.15

Cada vez são mais as pessoas que vão viajar por esse mundo fora sozinhas! Porém, viajar sozinho ainda é um bicho de sete cabeças na cabeça de muita gente! Vamos?

 

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Istambul, Turquia 

 

Ir ou não ir?

Sempre ir! A minha primeira viagem sozinha foi à Polónia. Era suposto encontrar-me com amigos, mas no último momento, não puderam ir. Depois, foi Marraquexe, porque uma amiga teve problemas com o passaporte. Mais tarde, viajei pela Tailândia e por Laos sozinha. Se nas primeiras foi por obra do acaso, a última não! Estava eu no drama vou-não-vou!-Ai-Buda-que-vou-sozinha, quando um amigo que já lá tinha estado me disse para não ser tonta e ir! E tinha razão! Ir é sempre a melhor opção!

 

 

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 Paris, França

 

Estar sozinho não é para ti?
OK, eu compreendo essa parte. Compreendo que partilhar e ter com quem falar é bom, mas a verdade é que um viajante nunca está sozinho, seja metafórica ou literalmente. Aproveita a viagem não só para conhecer outras pessoas, mas sobretudo para te conheceres melhor. É tão raro estarmos sozinhos nos dias de hoje, que nem que seja por isso, uma viagem é sempre estimulante.

 

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 Marraquexe, Marrocos

 

Como assim, vou sozinho e conheço mais gente?!
Não é frase feita, é facto! É também facto, que quando estamos acompanhados, temos tendência a fechar-nos um pouco mais. Também quem está de fora se sente menos cómodo para meter conversa, conversar ou convidar.
Claro que também depende do país - no Japão, por exemplo, não senti que fosse muito fácil socializar, mas mesmo assim aconteceu! Por vezes, até os viajantes mais solitários, têm alguma dificuldade em estar sozinhos.
E lembra-te: também tu podes meter conversa, conversar ou convidar! O não está sempre garantido e depois disso, o céu é o limite!

 

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 Bangkok, Tailândia

 

E se EU não conheço ninguém? Se comigo é diferente? E se ninguém gosta de mim? E se...!
Conheces, vais ver que sim! São cada vez mais os hostels que promovem actividades com outros viajantes. E opções de hospedagem como o AirBnb ou CoachSurfing asseguram amigos ou uma cara conhecida na hora.

 

 

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 Índia

 

Para onde ir?
O mais importante é escolher um destino onde TU TE SINTAS SEGURO! A segurança é relativa e para que nos aconteça algo só é preciso estarmos vivos, não é assim? Lembro-me que, por causa dos meus amigos Peruanos, fui para o Peru cheia de cautelas e nada aconteceu! Quando fui para a Índia, o tema das violações a mulheres (inclusive estrangeiras) era o tema do momento e mesmo ali, sempre me senti segura. O mesmo no Irão! A verdade, é que a única vez que foi assaltada, foi em Madrid!
Concordo que é importante ir-se preparado e consoante o país tomar precauções, mas mais importante é estar confiante no país que se escolhe e isso, mais do que rankings de segurança e estatísticas policiais, é uma escolha que cabe a cada um! Caso contrário, os medos e os preconceitos vão ser sempre uma barreira.

 

 

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 Budapeste, Hungria

 

Importante: estar sozinho é bom!
Essa pressão da companhia, é muitas vezes fruto da cabecinha de cada um! Ou daquilo que achamos que os outros esperam! Alguém que viaja sozinho, janta sozinho ou está na praia sozinho, não tem que ser um anti-social ou um infeliz, ok? E aprende: estar sozinho é bom!
Recordo-me que com uma amiga minha em Paris, havia coisas que fazíamos separadas, simplesmente porque tínhamos interesses diferentes - e sim, continuamos amigas e eu gosto mesmo muito dela!

 

 

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 Shiraz, Irão

 

E se me acontecesse alguma coisa?
Pois, pode acontecer e nada melhor do que ter um seguro de viagens - há-os a vários preços. Mas também ir relaxado com o tema, há sempre algum hospital e em todos os países, as pessoas ficam doentes e se curam. Contigo será igual! Umas aspirinas, um Fenistil e um Betadine são sempre bons amigos  - isso e verificar antes os cuidados a ter em cada país (vacinas, comprimidos para a malária, repelente, protector solar, etc.).

 

 

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 Perto de Luang Prabang, Laos 

 

 

Sozinho não gasto mais dinheiro?

Bem, isso é relativo! Afinal, se vais com um(a) namorado(a) também divides as despesas, assim como com amigos, não é? E, acredita, um quarto para dez pessoas sai mais barato do que um de duas pessoas. E tal como tu, há mais gente a viajar e podem sempre partilhar gastos de transporte ou até quartos. Aqui ficam umas dicas para poupares dinheiro enquanto viajas.

 

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 Cracóvia, Polónia

 

 

O meu inglês não é muito bom
Bem, tens aqui uma motivação para o melhorar! O inglês ajuda sempre, se bem que a mímica e os gestos são o melhor meio de comunicação em muitos sítios. Viajar é também uma forma de aprender idiomas, afinal, nada como ter que falar, para aprender, right?

 

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 Tóquio, Japão

 

Eu sou mulher, não é pior?
Não, nada! Primeiro, exactamente por seres mulher, que és tão capaz como qualquer homem e que ninguém te convença do contrário! E verdade seja dita, muitas vezes somos um pouco beneficiadas pelo machismo. Segue a lógica: como somos mulheres, somos mais tontas/frágeis, logo necessitamos de ajuda! Muitas vezes, o machismo expressa-se em forma de paternalismo! E pensa, só o facto de estares ali, sozinha e a viajar, já estás a mudar mentalidades! Go girl!

E sim, a vida nem sempre é boa ou fácil para uma mulher que viaja (usar lenços, evitar decotes, homens que nos passam à frente, olhares indiscretos, etc.), mas isso também nos permite conhecer mais sobre o universo feminino e respeitar (ainda mais) as mulheres por esse mundo fora! Acredita, uma mulher tem muitas vezes acesso a coisas que um homem não possui, nem que seja pela cumplicidade feminina! Senti muito isso no Irão, por exemplo.

 

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 Madrid, Espanha

 

Liberdade! Autonomia!
Sim, podes ir onde quiseres, quando quiseres! Não precisas de fazer fretes, nem esperar por ninguém! Recordo-me em Chiang Mai (Tailândia) estar à espera de umas miúdas inglesas que tinha conhecido nessa tarde, que se estavam a arranjar! Demorei meia hora para cair em mim e pensar: "Deixa-me ir mas é à minha vida!"

 

 

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 Algures no Camboja

 

O que é eu ganho em viajar sozinho?
Hora do clichés E se é cliché ,é porque tem fundo de verdade. É inevitável que não acabes a viagem com um grande sentido de confiança e de realização! Mas mais importante: é também uma viagem de auto-conhecimento, não só porque passamos mais tempo connosco e nos conhecemos melhor, mas porque diariamente nos colocamos à prova e vamos testando limites!

 

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 Praia Jumala, na Letónia

 

E sabes qual é a melhor parte?
Depois da primeira, na próxima viagem estas dúvidas desaparecem. E podes passar directamente à fase de organizar a tua viagem. Só custa começar!

O marido dela está no Iraque

26.08.14
Ancara, Turquia
De pequenina já sabia, ela queria encontrar um homembonito, apaixonar-se, casar-se, termuitos filhos e uma linda casa com jardim nos arredores da capital e ser felizpara sempre.Era um sonho simples e por isso, os cadernos da escola sempre estiveram cheios de corações desenhados por ela.

Apaixonou-se como tinha planeado. Chamava-se Ilker e eraum jovem  bonito, bem falante, ajudantede pasteleiro e logo se casaram.

Em menos de um ano, nasceu a primeira filha e logo depoisveio outra menina. E outra e mais outra e outra. Em todas as gravidezes,tricotou roupinhas azuis, mas parecia que Allah se ria dela e dos sapatinhos de lã que fazia. O marido a cada gravidez, apaixonava-se mais e mais pelas suasmeninas, o que lhe causava uma certa irritação.

Com o tempo e a educação das filhas, vieram as primeirasdiscussões - todas discussões sem palavras ou gritos, que são sempre aquelas que doem mais.
Ela levava as meninas para a cozinha e dizia "sabercozinhar o yufka, deixando a massa estaladiça é um orgulho para qualqueresposa" e logo era interrompida pelo marido, que levava asfilhas ao Mausoléu de Atatürk e lhes falava de liberdade, coragem e progresso naTurquia moderna, que elas, "as suas filhas", iam ajudar a construir.
Quando saíam em família, ela ajeitava o lenço às meninas. Na rua, assim que alguma delas se começava a queixar por causa do calor ou de que olenço apertava o pescoço, o marido logo arranca os lenços das cinco e dizia"voem borboletas, voem", fazendo rir as adolescentes.
Enquanto ela rezava, ele contava histórias de guerreirose dragões. Mais tarde contava-lhes a história de turcas como Sabiha Gokcen.
Levava as filhas a ver futebol, com os amigos homens; incentivava-as a praticardesporto e aprovava os sonhos de cada uma. Aygul queria ser médica. Inci trabalharno banco de Ankara, fazendo muito dinheiro. Fairuza sonhava em ser professora dedesporto na universidade. Eken queria ser jornalista. E Aysel seria modelo ouquem sabe atriz: uma artista.

O divórcio chegou.
E com ele, a vergonha. Muita vergonha. Ela mudou-se paraos subúrbios de Ancara, não falava com os vizinhos e escondia o olhar.
Horroriza-a a ligeireza com que as filhas diziam aosoutros "os meus pais são divorciados!"
"Por Allah" pensava ela, "divórcio: quepalavra mais atroz!" e chorava. 

Não  forampoucas as vezes em que deu por ela a dizer coisas como "o meu marido estáno Iraque a trabalhar" ou "Vou falar com o meu marido e depois dou-lhea resposta".
Em algumas noites, ela esquecia-se e cozinhava para ele.Muitas vezes,  comprou-lhe meias novas e sempre que passava na pastelaria da rua Arjantin, comprava o baklavav que o marido tanto gostava.

Perdão: o ex-marido.