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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

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Um Departamento de Felicidade para todas as empresas, sff

10.08.23

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Recentemente, apanhei no Goucha, o CEO do Grupo Bernardo da Costa, Ricardo Costa,  a falar sobre a criação de um Departamento de Felicidade na sua empresa. Parece que o foi pioneiro em Portugal e foi muito interessante escutá-la. E diria até refrescante!

Acho que é cada vez mais claro que, sobretudo, as novas gerações não estão interessadas em viver para trabalhar. Trabalhar é parte da vida, do dia a dia, mas está longe de ser o mais importante. Por mim falo que trabalho por dinheiro - acreditem, fosse eu herdeira e ninguém me apanhava a trabalhar.

A ideia de criar um Departamento de Felicidade que se preocupa com a satisfação dos colaboradores e trabalha nesse sentido parece-me, por isso, muito refrescante. Além disso, este tipo de iniciativas parece-me essencial se se quer não só contratar os melhores, mas também manter os bons profissionais. Hoje em dia, já não há empregos para a vida e dificilmente alguém na casa dos 30 ou 40 anos está na mesma empresa onde começou. E não acho que seja por falta de compromisso, como muitos apontam. A meu ver está apenas relacionado com a necessidade de fazer mais e melhor e, principalmente, com melhores condições. Afinal, para melhor muda-se sempre, não é?

O que faz um Departamento de Felicidade?
Por curiosidade, fui ler mais sobre este assunto, até para perceber como na prática "a coisa" funciona. E é interessante ver que desde atividades mais triviais (massagens ou idas ao spa), há também proposta como. seguro de saúde, formação, etc. Afinal, da mesma forma de que a felicidade é subjectiva, aquilo que satisfaz um funcionário também o é.

Pessoalmente, só ver as empresas motivadas neste sentido e cada vez mais preocupada com o colaborador e com o seu bem-estar (e saúde mental) já é uma mais-valia. As pessoas não podem, nem são, só números. Tratá-las humanamente é essencial e melhor ainda se há cuidado e respeito pela individualidade de cada um.

 

Reformas laborais na Alemanha

06.02.18

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A IG Metall é um dos mais importantes sindicatos na Alemanha - representa quase 4 milhões de trabalhadores no país! Depois de umas quantas greves, que custou à economia alemã qualquer coisinha como 200 milhões de euros e cinco reuniões, eis as conclusões:

  • um aumento salarial de 3,5% que entra em vigor em Abril
  • aqueles que têm filhos menores deixam de trabalhar 35 horas semanais e passam a fazer 28 horas. E quem diz crianças, diz familiares doentes ou dependentes, inclusive idosos! Esta medida é válida por dois anos!
  • para compensar e pelo primeiro trimestre, recebem 100€
  • em 2019, passarão a receber um pagamento único de 400 euros por ano + um pagamento anual extra, que corresponderá a 27,5% do salário mensal. O interessante é que este valor pode ser convertido e trocado por menos horas de trabalho! Ou seja, os trabalhadores poderão trocar dinheiro por tempo útil.

 

Já este ano, na Alemanha avançou uma nova lei, que visa combater as desigualdades salariais entre homens e mulheres. Segunda a nova lei, as empresas com mais de 500 funcionários são obrigadas a divulgar quanto ganha cada funcionário. Nas empresas com mais de 200 funcionários, um colega pode perguntar quanto ganha um colega, se ambos executarem as mesmas funções.

 

O ano passado foi a Suécia a reduzir o horário laboral das 40 horas para 35 horas semanais, algo que já ocorre em muitas empresas francesas. Será que as empresas estão, por fim, a entender que os empregados não devem viver para trabalhar, nem que o trabalho comanda a vida?

Trabalhar em Portugal

12.01.18

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Devez emquando, dá-me para isto! Estava eu tranquila da vida a pesquisar trabalhos na Internet para tentar perceber melhor como  ia o mercado de trabalho em Portugal! Não porque esteja a pensar voltar e trabalhar em Portygal, mas simplesmente porque gosto de vez em quando dar uma vista de olhos no mercado laboral em Portugal e de ver como vai a coisa, no que toca a oportunidades, assim como condições de trabalho. Curiosidade apenas!

 

 

Não foi precisamente uma surpresa ver que é em Lisboa e no Porto que se encontram grande parte das oportunidades, mas não deixa de ser incrível notar a discrepância de resultados e de ofertas de trabalho nestas duas cidades e o resto do país, no que toca a oportunidades de emprego! Sobretudo em cidades mais pequenas e do interior, como Viseu ou Beja as oportunidades são poucas e escassas. Já para não falar das ilhas!

 

Deu por mim a pensar, como é que os habitantes destas cidades fazem? Como é que se orientam? Entendo que há menos gente, mas há certamente serviços e necessidade de gente, não?

Trabalhar numa startup! Ou o mundo incrível das startup!

31.10.16

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Portugal, a Europa e o mundo andam maravilhados com as startups: que maravilha! Todos tão jovens e empreendedores e motivados! Uma revolução! A Internet veio para ficar e revolucionar, este mundo sem barreiras e global. Tudo muito brainstorming, muito fazer update e upgrade e dar inputs! Mas tal como no convento, também na startups só quem está dentro, sabe o que vai dentro!

 

Todos somos managers

Quem trabalha numa startup, sabe bem que não existem secretárias ou recepcionistas! Existem, sim, Office Managers. Também não há Atendimento ao Cliente, há Hapiness Leaders. Muitos managers são pessoas que: acabaram o curso, estagiaram naquela mesma startup e que depois de dois meses como júnior, passaram logo a managers e a gerir equipas! Ou seja, experiência acima de tudo!

 

Os workaholics 

Como é tudo gente jovem e fresca, sem filhos e grandes responsabilidades, o trabalho gere a vida e vive-se para trabalhar! Alguém que trabalha até às 20h00 é dedicado! O que responde a um email ao sábado, um exemplo a seguir! O que come na secretária em 5 minutos, leva o título de trabalhador do mês! Numa startup não há tempo a perder, pois a empresa “é de todos”! “Ter paixão” é pôr a empresa em primeiro lugar, porque amigos, família e hobbies…  o que é isso mesmo?

 

Os salários das startup

Apesar de terem recebido milhões do investidor X e Y, de serem a empresa que mais cresceu e a número 1 do mercado, a startup continua a preferir estagiários ou, de uma forma geral, gente a quem possa pagar pouco, poucochinho!. Os salários são maus, péssimos e, por vezes, até roçam o humilhante! Mas não faz mal, porque a empresa faz eventos de equipa, dá fruta e até café! E se for uma empresa à séria, até providencia aulas de ioga, porque já se sabe, se alongarmos muito e inspirarmos e expirarmos, esticar o ordenado é sempre mais fácil! Namasté a isso!

 

Os (não) processos da startup

Digo não processos, porque (na maioria das vezes) são inexistentes. Compreende-se, a empresa é nova e muitas coisas ainda estão ainda a ser criadas. Tudo muito certo. Por isso, ou nos habituamos e adaptamos a um novo processo a cada dois minutos ou “adeus sanidade mental”. Mas não faz mal, porque no universo startup, isto chama-se “inovação” e “coragem para desafiar limites”! O bom profissional startupiano, acredita-se, não necessita estabilidade, nem confiança para desenvolver o trabalho. Ele que se desemerde, “pardon my french”!

 

Porque a tua opinião conta! Ou não!

Dentro deste espírito, trabalhar numa startup é quase como fazer terapia. Como te sentes? Quais são as tuas frustrações? Do que gostas? Do que não gostas? Estas feliz? Sentes-te satisfeito? Que queres aprender? Onde achas que podes melhorar? O que é que pode melhorar? Onde é que a empresa pode melhorar? Qual foi o melhor elogio? Algo te deixou triste?

Perguntar é de valor, obviamente, mas ver a empresa a possuir informação e a não agir é cansativo e desgastante! Enfim, aborrece…mata os nervos! Porque daí, a aceitar o “mau” como normal é um passinho bem pequeno - e isso, numa empresa, tal como na vida, é do pior que há!

 

Para quando? Para ontem, obviamente!

Numa stratup, todas as tarefas são para ontem. O que devia sair amanhã, afinal foi planeado para daqui a duas semanas. Ou simplesmente, abortado. Dizem que é importante saber priorizar, mas como? Como? Se numa mesma hora recebemos seis tarefas prioritárias. Aí, é fácil, dizem-nos os mestres de gestão da startup! Aí decide-se em função da hierarquia: quem manda mais, pode!

 

Mas há hierarquias no mundo maravilha da startup?

Oficialmente, não. Isto é, nos anúncios de trabalho, por exemplo, não há, o termo aqui é “flat hierarchies”. Também nas entrevistas nos dizem que "não, não senhor", pois aqui "somos todos um todo, estamos todos unidos, somos uma família" - como se eu precisasse de ter família no trabalho! No entanto, vai-se a ver e as coisas são geridas à base do “porquê? Porque eu mando”! Ou com palmadinhas nas costas, numa tradução de: “tens razão, mas não!”