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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Guia para viajar na Índia

21.08.18

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Da Índia ou se gosta e se quer voltar ou não. Não acho possível haver meios termos, indecisos ou encolher de ombros. A Índia, mais do que um país, é um continente! De uma região para a outra, tudo muda: muda o idioma, o clima, as tradições, a forma de vestir e até a religião!

Quem vai viajar na Índia, tem de se preparar mentalmente para a pobreza, os maus cheiros, a sujidade, o caos, o barulho infernal ou o trânsito sem fim. Quem vai viajar na Índia, tem de se preparar mentalmente para  o colorido das ruas, uma das melhores comidas do mundo, a simpatia das pessoas e para um país de imensa beleza. É a terra do Bollywood, dos saris coloridos, do Hinduísmo e eu quero muito voltar, sobretudo para explorar o Rajistão.

 

Índia: Quando ir?

O clima na Índia varia muito entre as vária regiões. De um modo geral, os meses de Novembro e Abril são os melhores para viajar, pois corresponde ao inverno Indiano - e, sim, o Inverno é bom, pois o Verão na Índia corresponde àquele calor chato e húmido! No entanto,em Goa ou Kerala, há sempre calor e como o clima aqui é seco, as monções (chuvas) não são comuns. O período de monções na Índia vai de Junho a Setembro. 

 

 

Índia: Como viajar? Como são os transportes na Índia?

 

Acho que qualquer pessoa pode passar horas (a serio, horas!!) a olhar para uma estrada, pois é impossível cansar-se! Pessoas e mais pessoas, que se misturam com carros, tuk-tuk, motas, riquexós, bicicletas, cavalos, autocarros, táxis, burros, cavalos, carroças… e vacas - sim, aquela história das vacas serem sagradas na Índia e de andarem por todo o lado, corresponde à verdade! Os cães são muito maltratados e enquanto para nós, o cavalo é visto como um animal nobre, aqui é mero bicho de carga. E, sejamos honestos, uma família que usa um cavalo, em vez de um carro, por exemplo, tem prioridades económicas! Ou seja, alimentar os filhos será bem mais importante, que cuidar (bem) dos animais.Voltemos aos transportes. 

 

Na cidade

Nas cidades, o mais comum é usar tuk-tuk. Um conselho: negociar SEMPRE o preço antes de subir. Algo que ajuda muito, é criar empatia com o condutor e abrir o jogo. Passo a explicar. A Índia é uma teia comercial, como um polvo, onde todos são familiares e as negociatas são o prato do dia. Um condutor que leve uma pessoa a uma loja ganha comissão; se a pessoa compra, ganha um pouco mais… moral da história: usem isso a vosso favor. Imensas vezes, eu  barata dizia: “Ok, eu vou, entro na loja, MAS não compro nada” e com isso ganhava uma viagem mais barata! 

Em viagem, devemo-nos sempre lembrar de que uns euros a mais ou a menos fazem toda a diferença, quer para os local, mas também para quem viaja. No entanto, isso não significa que devemos aceitar todos os preços, sem regatear! Na Índia é comum um estrangeiro pagar mais do que a um local, mesmo em museus!

 

Voos domésticos na Índia:

Para viajar na Índia, existem várias companhias com voos domésticos e a bons preços. Sobretudo, para quem viaja com pouco tempo esta é uma boa opção - eu fiz uns quantos e nunca tive problemas. Importante: façam-se acompanhar pelo cartão (de crédito ou débito) com que compraram o voo. Como há muitas burlas com cartões por vezes, há que apresentá-lo no momento do check in.

 

O comboio na Índia:

Numa palavra: espectacular! Impecável! Pontual, com uma rede extensa e bem barato. Os Indianos viajam muito dentro do próprio país, sobretudo para visitar a família e durante as várias celebrações. Por norma, quanto maior a viagem, mais barato é o bilhete.

Existem três classes e por norma, a 1ª Classe está sempre cheia e tem de reservar com bastante antecedência - não me perguntem como é, porque nunca entrei. A 3ª Classe, segundo me disseram, é tipo "tudo ao molho e fé em Deus". Eu só viajei na 2ª Classe, não porque fizesse questão, mas porque na hora de comprar os bilhetes, era onde me metiam e eu não piava  Na 2ª Classe há lugares marcados, mas os bancos são corridos, tipo sofá, sem divisórias. Na hora de dormir, viram beliche. Como as viagens são longas, é normal os Indianos levarem comida - faça o mesmo. Leve comida sem vergonhas, porque os Indianos superam até aqueles Portugueses que fazem picnics à beira da estrada, com garrafões de vinho e comida para uma semana!

Para comprar os bilhetes, deve dirigir-se à estação e, por norma, há uma fila só para comprar bilhetes em inglês. Leve consigo umas fotocopias do passaporte, pois o processo é bem burocrático! Tente também comprar todos os bilhetes de uma só vez - o que implica planear a viagem MUITO bem e com antecedência. 

 

Na Índia, muitas famílias dormem na estação, enquanto esperam o próximo comboio. Aliás,as estações são um mundo: de gente, de cor, cheiros, mas também de pedintes e, é um facto, de ladrões. Olho aberto! 

 

 

A Índia é cara?

 

Não, não é! Apesar de ser uma das mais sólidas economias mundiais, existem graves problemas de desigualdades e falar de pobres na Índia, não é o mesmo que falar de pobres em Portugal. Apesar de ser ilegal, o sistema de castas continua a prevalecer e continua a haver uma forte preferência pelo sexo masculino. 

 

 

Índia: Onde dormir?

Há muitas, muitas opções de hospedagem na Índia. E encontrar sítios baratos é bem fácil e pode fazê-lo tranquilamente através de sites como o Booking ou o Hostel World. Por norma, há saída do comboio há um mundo de gente a querer impingir 2387 mil sítios onde ficar. Como as cidades são grandes, aconselho a ter um hostel/hotel/o em mente ou, pelo menos, definir previamente a zona onde quer ficar, tendo em conta o seu orçamento - há quartos por menos de 5 euros e há hotéis de sonho, sim, bem mais caros! Peça sempre para ver o quarto antes de pagar. Regateie sempre e ver três ou quatro quartos mais, é também algo que deve fazer. Cada um de nós tem coisas que considera o “mínimo e o essencial”: uma janela, água quente, lençóis limpos,… Em momentos de desespero, porque os há, lembre-se, encontrar alojamento na índia faz também parte da aventura!

 

 

A comida na índia é boa?

Ai amigos, se é! O meu homem diz que tenho estômago de aço e talvez tenha razão. Passei a vida a comer em restaurantes em plena rua e em sítios de higiene bastante suspeitisa; e sempre impecável! Basicamente, o meu critério é: há locais a comer? Há mais do que três pessoas? Então, vamos! Se eles sobrevivem, nós também. A comida é, obviamente picante, peçam sempre sem picante nenhum, que assim só pica um bocadinho ;)  Quanto à água, bebia sempre engarrafada. Em alguns sítios, até para lavar os dentes usava a água da garrafa, porque a da torneira sabia tão mal, que nem a pasta de dentes tirava a sensação.  Aqui ficam mais algumas dicas para comer na India, que vão gostar!

 

 

O que ver na Índia? O que visitar na Índia? Onde ir na Índia? O que fazer na Índia? Locais inperdiveis na Índia? O melhor da Índia?

Há tantos locais, palácios, museus, natureza, monumentos,… que ver tudo há primeira, é complicado. Estes foram os locais que eu visitei, durante quase um mês que estive a viajar na Índia.

 

 

Varanasi: Varanasi é tipo a Fátima lá do sítio. Por causa do rio Gangues, Ganges ou Ganga, milhares de pessoas visitam a cidade todos os anos. Ou seja, se há muita gente, há caos, sujidade, pedintes - sobretudo velhinhas viúvas, etc. Morrer em aqui é um privilegio e não se espante se no seu hotel/hostel em Varanasi, existirem famílias que aqui vivem, literalmente à espera que o familiar morra. Todos os dias há cerimonias junto ao rio e atravessar o rio de barco, só mesmo se fizer bom tempo, fora isso, é um pouco suicídio - a corrente é forte e o rio denso. Ainda assim, se fizer bom tempo, um passeio de barco pelo Ganges para ver o sol nascer tem de ser qualquer coisinha muito boa! Fiquei com pena de não o fazer, mas tinha havido tempestade, nem os indianos se aventuravam.

Pareparem-se também, porque verdade seja dita, o Ganges é muito, muito sujinho - os Indianos insistem em dizer que não, que o Ganges está só "doente"! Nos arredores há uns jardins budistas bonitos, a cidade tem muito por onde explorar, com macaquinhos por todo o lado e, digo eu, quem sobrevive a Varanasi na Índia, aguenta tudo. 

Eu fiquei numa pensão incrível e a melhor comida indiana que comi na vida, comia-a aqui - quase sempre regressava ao hostel, só para puder comer aqui.

 

 

Agra: a cidade do Taj Mahal: Primeira coisa, TÊM e DEVEM visitar o Taj Mahal! É dos monumentos mais bonitos, mais perfeitos e harmoniosos que eu já vi! Conheci alguns viajantes que “passavam” o Taj, porque diziam “era muito turístico”! Sim, é, obviamente que é! No entanto, ainda hoje quando penso no que elas perderam, quase me dá pena dessas pessoas! Entenderam: ver oTaj Mahal é essencial.

Fora isso, Agra tem um forte, onde não entrei, porque pediam muito dinheiro e, sinceramente, não tinha vontade de pagar um dinheirão por um forte, onde a água cheirava a ovo podre de tão suja que estava! Sinceramente, vão ao Taj e vão-se embora.

 

Jaipur: O forte é verdadeiramente incrível, mas acho que foi das cidades na Índia que me deu menos prazer. Achei as pessoas muito metidas e até mais agressivas - houve um grupo de estudantes adolescentes, que num momento estava a tirar fotos connosco e no seguinte, a atirar-nos coisas! Valeu-nos, quando já estamos a desesperar, um condutor de tuk tuk , que se apresentou como “Beautiful” e que nos levou a imensos sítios, como os palácios aquáticos das redondezas, fábricas de prata e de encharpes - ele sabia que nunca íamos comprar nada e obviamente que no final levou uma boa gorjeta, mas passamos um dia feliz com ele. Ele até nos deixou conduzir o tuk tuk e ainda nos apresentou à família. Como dizia, abram o jogo com as pessoas e deixem-se ir! 

 

 

Udaipur: Foi das minhas cidades favoritas. Conhecida como a cidade do Adelino, é fácil acreditar que ele poderia ter vivido aqui! Udaipur está cheia de palácios, rodeada de água e, como é mais pequena (para as dimensões indianas), é mais tranquila! Sentia-me muito confortável e as pessoas convidavam-nos para tudo: cerimonias nos templos (às quais fomos); casamentos (onde também fomos) ou simplesmente a beber chá e a falar da aura. Muito bom.

 

 

Goa: Em Vasco da Gama vimos pouco, porque nos metemos logo em uma, duas e três mini-vans, ao bom estilo “tudo ao molho e fé em deus”, para chegar a umas praias no norte de Goa, em Arambol. Lindíssimo, uma paz, praias desertas… e aquele pôr-do-sol! Depois, fomos a Pangim, que dizem ser a cidade mais portuguesa da Índia… o que é bem capaz de ser verdade, pois até feijoada havia e, no fim da avenida, lá estava a igreja! Em Goa, os mais velhos ainda falam português e possuem até nacionalidade Portuguesa. Mesmo os habitantes continuam a identificarem-se como Goeses e não como indianos. Aqui, por favor, comam bebinca, um bolo de camadas…. delicioso!

 

 

Kerala: Esta região no sul da índia é sobretudo conhecida pelos campos de chá… e apesar da pobreza, vale a pena alugar um carro e explorar, pois é algo verdadeiramente deslumbrante! E, claro, pela imensa costa e aldeias de pescadores. Gostei muito.

 

 

Delhi: O primeiro erro que fizemos, foi ir pelo nome e ficar em Old Deli, "ah e tal é antigo", pois, antigo é a cair de podre. Depois, achávamos que já tínhamos visto tudo, mas Deli, a capital é outro mundo: mais veloz e mais caótico... e mais extremo! Além disso, apanhamos o Diwali, que é tipo o Natal hindu. Agora imaginem-se a caminhar nas ruas, como quem anda na véspera de Natal no Colombo... entenderam o esquema?

 

 

E ser mulher e viajar na Índia, como é?

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Não sejamos hipócritas, a Índia é um país, onde as meninas são preteridas à nascença, os feminicídios são comuns, assim como casos de violações, onde os culpados, muitas vezes, nem chegam a tribunal. Resumindo: ser mulher na índia é uma merda. Recomenda-se roupinha um pouco mais composta e tapadinha, não porque seja lei; mas porque te sentirás, caso sejas mulher, mais confortável. Há olhares, umas mãos que roçam e até comentários. Eu senti-me segura, mas por exemplo à noite, não me aventurava por ruas sem luz. 

E muitas vezes o machismo funciona de outra forma, já que muitos homens tomam por principio que somos parvinhas, a precisarem de salvação. Nestes casos, tirem partido disso, seja para arranjar uma boleia ou para que alguém vos compre os bilhetes, passando à frente dos restantes. Quando a coisa não cheira bem ou simplesmente estão desconfortáveis, virem as costas e vão-se embora, afinal não têm que dar justificações a ninguém. 

 

 

É fácil viajar sozinho na Índia?

 

Sinceramente, acho que sim - eu não o fiz, mas conheci viajantes solitários e estavam contentes. Quando precisavam, colavam-se a alguém e a coisa funcionava. Os Indianos são também muito afectuosos com os estrangeiros, gostam de meter conversa e acho que na Índia, estar sozinho é uma missão impossível. E viajar sozinho tem muitas coisas boas!

 

 

Então, achas que as pessoas na Índia são simpáticas?

 

Sinceramente, acho. Além disso, são extremamente curiosas e sempre ansiosas por meter conversa e perguntam, sem pudores, quanto é o nosso salário. Gostam de comparar e de saber mais. Nós fomos convidadas a um casamento, fizemos amigos no comboio, conhecemos gente que nos abordava espontaneamente e nos recomendava ir ao sitio A e B ou a aproveitar o horário gratuito do monumento Y. Sem queixas.

 

 

Ou seja, na Índia não há coisas más?

Claro que há! E muitas! Como disse antes, vêem-se coisas que não deveriam existir neste mundo. Quando fui para a índia há três anos, houve um caso de violação de uma jovem num autocarro, que se tornou mega mediático - super recomendo este documentário. Todos os dias os meus amigos me falavam disso,, enviavam noticias horríveis de acontecimentos similares. Quando cheguei, admito, estava muito ansiosa. Cheguei a Deli e calor, calor. Apanhei voo para Varanasi no mesmo dia e foi um choque tremendo. Podem-nos contar mil coisas, ler mil textos, ver mil filmes…. na hora da verdade, quando vemos com os nossos olhos crianças ou idosos a mendigar e mal alimentadas; cheiramos a latrina nas ruas ou caminhamos na sujidade, tudo mudo em nós! Não digo que nos tornam melhores pessoas, atenção. Tornamo-nos mais conscientes do mundo. É por isso que digo que se ama ou se odeia a Índia. O país, obriga-nos a um extremo e intenso exame de auto-consciência, em que diariamente vamos confrontando a nossa vida e escolhas. Mas no meio disto tudo, há mil cores, sorrisos, cheiros e uma amabilidade incrível. VAI!

Viagem pelo mundo: locais a visitar

11.01.17

Esqueçam o top do Trip Advisor, as listas do Lonely Planet ou os rankigs do Condé Nast Traveler! Esta é a verdadeira, a única e a mais espectacular lista de todos os locais que TEM MESMO de visitar antes de morrer. E "que tem esta lista de locais para visitar tão especial?" perguntam vocês - e muito bem, diga-se de passagem. Ora amigos, porque é MINHA lista de locais para ver. Feita com base na minha experiência e enorme sabedoria.  Sabem que eu nunca vos minto, não é verdade?  Vamos a isto - pelo menos para já.

 

1. Machu Picchu, Peru

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Tudo é perfeito. A caminhada da Hidroeletrica a Aguas Calientes, com uma paisagem de cortar a respiração. Fui dessas que sofreu com a altitude, onde só me faltava cuspir um pulmão (ou dois!!). No entanto, nunca me vou esquecer de chegar antes das 7h00 com tudo nebulado e de assistir ao sol a abrir em Machu Picchu. Que sítio incrível: as vistas, o verde, a arquitectura (que espertos eram os Incas). Machu Picchu é um parque aberto, ou seja, não há pressas, guias ou horários a comprar. Deu até para dormir uma sesta! Aqui, há um sentimento de profunda gratidão que nos acompanha, seja por sítios como aquele existirem e por podermos visitar-los. Acreditam que não tenho nem uma fotografia má de Machu Picchu? Mais dicas para visitar Machu Pichu AQUI.

 

 

2. Taj Mahal, Índia

 

Agra a cidade onde está o Taj Mahal, é das cidades mais feinhas que vi na vida. E não há céu azul. O Forte de Agra, outra das atracções de Agra, cheira a esgoto. Quanto à comida foi a menos boa que comi na Índia - e isso é dizer muito! Todavia, nada disso importa, porque o Taj Mahal é perfeito, quando ouvia gente que andava a viajar na Índia e que dizia que não tinha ido ao Taj, por ser demasiado turístico, juro, davam-me pena! Acho que nunca vi nada feito só pelo homem tão perfeito. Tão harmonioso. Tão simétrico. Tão bonito e tão delicado ao mesmo tempo - mais info AQUI.

 

 

3. Jemaa el-Fna, Marrocos

 

Acho impossível alguém visitar Marraquexe e não ficar completamente hipnotizado por esta praça. Eu, assumo, estava viciada! Tão vibrante, tão cheia de cor e de movimento. Aqui há cobras e macacos. Espremem-se sumos na hora. Arrancam-se dentes. Pintam-se as tatuagens henna. Há lojas de sapatos, bijuterias,tapetes,… eu sei lá! Ouve-se a mesquita. Entra-se nas souks. Havia na praça um café com uma esplanada no telhado e, sempre que dava, e a diferentes horas, passava por lá, bebia um chá e ficava a olhar. Só a olhar.

 

 

4. Capadócia, Turquia

 

Istambul está no meu coração, mas a Capadócia é algo único! Esta região tem uma geologia própria, derivada a vulcões, erosões e mais diabo a sete. Moral da história, uma areia bastante resiste, que pode ser também trabalhada e que originou a construção de casas - ainda hoje os habitantes da região o fazem, para construir anexos, garagens, etc. Desde Alexandre, o Grande que a zona é habitada. O Parque de Goreme é uma das principais atracções da Capadócia está tão bem preservado, que ainda é possível ver antigos frescos do século XIAs construções caracterizam-se pela sua forma alta e esguia, assemelhando-se a cogumelos, as tais chaminés das casas das fadas, como lhes chamam os turcos. Andar por ali é como fazer parte de um conto de fadas, apesar da aridez da região.

 

 

5. Floresta de Bambus, Japão

 

Fui tão feliz a viajar no Japão é tudo tão impressionante, que escolher apenas um sítio é uma injustiça. Só de pensar no Japão, sinto-me feliz. Lembro-me sempre do verde, tão verde, tão limpo. Parecia mesmo que alguém tinha andado a polir folha por folha. Em Kyoto, adorei a floresta dos bambus. Ainda mais alugamos uma bicicleta e foi... uma alegria. A zona é ainda muito rural, com diversas casinhas e jardins (todos zen, bem a la Japão). No entanto, é aquele aglomerado de bambus que saem do chão e parecem furar as nuvens e continuar por ali acima, que mais impressiona. LINDO!

 

 

6. Angkor, Camboja

 

No século I, um senhor declarou-se o "monarca universal”, o “deus-rei" - só para vermos que esta coisa dos espanhóis e Portugueses dividirem o mundo em dois e do rei Sol em França é brincadeira de meninos! E, foi assim, que até ao século XIV (julgo) que o Império Angkoriano cresceu. Para o recordar, ficou uma área enorme, com mais de mil ruínas e Angkor Wat, o maior templo do mundo e também considerado o maior monumento religioso do mundo - acabei de ler agora na Wikipédia. Se isto não impressiona... isso, e as gigantescas escadas que os pobres dos monges tinham de subir e descer!

 

 

7. Coliseu de Roma, Itália

Roma foi a minha primeira grande viagem, tinha eu 18 anos. Acho que também por isso, o Coliseu me impressionou tanto: que EMOÇÃO!!! Aquilo que vemos hoje do Coliseu de Roma é uma mera amostra, já que vários aros foram destruídos e todos os ouros e mármores foram pilhados é, para mim, o que torna tudo ainda mais incrível! Isso e quando pensamos em romanos, césares, lutas com leões, teatros de naufrágios, lutas de homem contra homem. Voltei lá o ano passado e continua a ser impressionante.

10 locais para visitar antes de morrer - segundo os utilizadores do TripAdvisor

17.05.16

Machu Picchu, Peru

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Sem dúvida, um dos lugares mais bonitos onde já estive! É daqueles locais que não paramos de fotografar e de admirar. Todos os angulo são perfeitos, a  construção incrível e de um beleza única - saiba mais como chegar a Machu Pichu AQUI.

Também o país merece uma visita, com praia, floresta, imensa história e uma das melhores gastronomia do mundo - sim e nã sou só eu que digo. Ainda hoje quando penso no Peru, dá-me uma saudade imensa. Fui tão feliz lá!

 

 

Grande Mesquita Sheikh Zayed
Abu Dabi, Emirados Árabes

 

Esta vai para a lista dos must see, que ainda faltam ver. Estava à procura de fotos para ilustrar o artigo eeee: minha nossa! Que beleza! A arquitectura, as formas, o branco imenso,... lindíssima!

 

 

Angkor Wat
Siem Reap, Camboja

 

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Este complexo de quase 6 km, é o maior espaço religiosos do mundo - primeiro hindu e depois budista. Dizem que são necessários três das para o explorar inteiramente. Eu, infelizmente, só pude fazer um dia e é lindíssimo.

Há partes, onde a Natureza como que domou o espaço e envolveu-o em raízes, ramos e arbustos. É sem dúvida um lugar muito especial e apesar do zumzum louco de turistas, dá perfeitamente para aproveitar o(s) dia(s) para uns passeios de bicicleta e para explorar o complexo. Um aviso já: fazem falta perninhas, pois há muitas escadas para subir e descer - e valem completamente a pena!

 

 

Basílica de São Pedro
Cidade do Vaticano, Itália

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Sabem aquele "sentimento" de que tanto se fala e que é suposto experimentar-se no Vaticano? Aquela comoção espirtual? Pois bem, fui lá duas vezes e não a senti. Sou completamente fascinada por religiões e pelas suas histórias e ensinamentos, sejam elas cristãs, muçulmanas, judaicas, etc.; mas tal como outras instituições religiosas, também a Igreja Católica me dá um pouco de alergias.

Assim sendo, aquele misticismo, aquela magia divina... sinceramente, não a senti. Mesmo assim, entendo a razão pela qual a Basílica está na lista. Arquitectonicamente é uma praça perfeita, com todo o esplendor Renascentista. Eu entendo quem vá a Roma e não veja o Papa, mas não ir ao Vaticano, independentemente de se ser crente ou não, acho que seria uma lástima.

 

 

Taj Mahal
Agra, Índia

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É daqueles sítios que sabemos que não vai ser tão perfeito como as fotos: o céu não é azul claro (culpem a poluição); as vistas estão longe de ser bonitas (para um rio sujo e para umas mesquitas bastante banais, quando comparadas com o Taj), mas mesmo assim o Taj Mahal não desilude. 

O Taj respira harmonia, é perfeito, é simétrico, é verdadeiramente apaixonante - e, acredite, eu posso ser uma cínica do pior!
Quanto a obras construídas pelo Homem, o Taj é das mais bonitas, se não a mais bonita, que já vi. Acredite, vale mesmo a pena visitar o Taj Mahal.

 


Mesquita Catedral
Córdoba, Espanha

Que vergonha: cinco anos a viver em Madrid e nunca fui a Córdoba. Agora vou ali punir-me e já volto. 

 


Catedral do Sangue Derramado
São Petersburgo, Rússia

A Rússia é outro daqueles países que me fascina e onde tenho mesmo que ir um dia. Adora toda aquela trapalhada, cheia de intrigas, da vida dos czares e desde que li Anna Karenina de Tolstoi, que sonho em viajar de comboio na Rússia - sem a parte do suicídio, obviamente. Rússia, amiga, até breve.

 


Alhambra
Granada, Espanha

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Eu tentei, juro que tentei, visitar Granada. Todavia, conseguir bilhetes para a Alhambra para ser mais difícil do que conseguir bilhetes para uma dessas coisas do futebol onde nunca há entradas e se as há, custam todas milhares. Fica aqui a dica, reserve antecipadamente se quer bilhetes para Alhambra. Uma amiga com três meses de antecedência já não conseguiu!

Granada é uma cidade lindíssima, onde se come tãooooo bem e quando lá estive, tive a oportunidade de visitar apenas os jardins de Alhambra e são de facto, muito, muito bonitos.
Perto de Madrid, existe o Palácio de Aranjuez, um dos mais bonitos que já visitei na Europa. Neste palácio, é possível visitar a sala que o Príncipe usava para fumar... que é cópia de uma divisão de Alhambra. Na altura fiquei a babar só com aquela divisão! Imaginem se pudesse ter visto tudo er em versão original.

 


Lincoln Memorial
Washington, EUA

Ui! O que se passou aqui, utilizadores do TripAdvisor? A sério que isto está no Top 10...? Ok, ok, eu nunca estive, mas depois das fotos, não fiquei louca de curiosidade. Bem, talvez indo lá. Um dia, espero!

 


Catedral de Milano
Milão, Itália

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Conta a história, que durante a II Guerra Mundial, o padre/bispo/cardeal fez um acordo para que a catedral não fosse bombardeada, devido á sua beleza e património. O trato foi respeitado e apenas uma bala fez ricochete na fachada da catedral. Bala essa, cuja marca ainda hoje se pode ver. Contaram-me esta história e não sei se é ou não verdade, mas eu gosto dela. Gosto de pensar que num mundo de guerra e ódio, há coisas tão preciosas, que ninguém ousa atacar. Se visitarem a Catedral de Milão, não deixem de subir até lá acima e apreciar as vistas.