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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Amanda Knox na Netflix

04.11.16

Quando descobri o caso da Amanda Knox, foi algures em 2009, porque vi uma notícia sobre um dos julgamentos. Lembro-me de na altura ter ficado perplexa e toca a mergulhar no incrível mundo da Internet a absorver, a colher, a mastigar e a reler mil informações e comentários. O caso é macabro e bem sensacionalista, eu sei, mas na altura acho que mexeu muito comigo, porque no ano anterior estava eu a fazer Erasmus e no naquele momento, estava a estagiar e a fazer o papel inverso, a receber Erasmus. A ideia de que um período, tão feliz para mim, se pudesse converter num show de horrores, impactou-me verdadeiramente.

 

Para quem não sabe, Amanda Knox é uma norte-americana, que aos 20 anos foi fazer um intercâmbio na Itália, tipo Erasmus. Ela partilhava casa com uma estudante inglesa, Meredith Kercher. Meredith acabou morta de forma brutal e o corpo foi encontrado no quarto dela. O alarme foi dado por Amanda Knox e pelo namorado italiano, que mais tarde passaram a suspeitos de assassinato, tendo sido, inclusive considerados culpados em 2007 e tendo chegado a cumprir os primeiros anos pena. Depois de vários apelos, foram libertados, porque o tribunal considerou que as provas forenses tinham erros graves. Pelo meio, um traficante da Costa de Marfim, Rudy Guede, foi e continua preso e outro homem, que chegou a ser indevidamente acusado por Knox, que era afinal inocente. Para mais detalhes leiam AQUI, porque todo o processo é uma verdadeira telenovela.

 

Apesar do horror do homicídio, o que tornou o caso tão mediático era toda a atenção dada a Knox: branca, bonita e empática. Escrutinou-se ao mínimo a sua vida, inclusive as relações sexuais, o que vestia, os locais que frequentava, etc. O diário dela chegou à imprensa. Discutia-se porque sorria, porque usava maquilhagem, por isto e por aquilo. Exploraram-se e seguramente inventaram-se vários detalhes detalhes sórdidos sobre o caso, com historias de orgias, sexo louco, sadomasoquismo, drogas e o diabo a sete!

 

A Netflix lançou há pouco tempo, um documentário, onde alguns dos envolvidos falam o caso: um jornalista, o policia, Amanda e o, agora, ex-namorado, em separado, tecem as suas considerações sobre o caso e a contam o seu lado da historia, para a camera. Sem grandes produções ou cenários. Tudo muito cru. Os autores deram espaço a estas pessoas para falar sobre elas. O que me continua a surpreender é o pouco que se fala da vítima, de Meredith.

 

Tal como na altura, também no documentário da Netflix, é assustador o desinteresse que a vitima gera. Como se ela fosse um mero detalhe! O tema é sempre se Knox é ou não culpada, se é um “lobo em pele de cordeiro”, como ela diz; se é como nós. No documentário, o inspector da Policia Italiana é verdadeiramente vergonhoso. Cheio de constatações ridículas baseadas em Deus e na Igreja, que se baseia em conclusões ridículas para provar que Amanda é culpada! A sério, há um momento no documentário, que ele diz que ela é culpada, porque um homem jamais faria algo assim! Como? Talvez até seja, mas depois de ver as imagens do crime e os argumentos deste homem, fica muito, muito fácil de acreditar na inocência dela. E depois há um jornalista, que conta sem pudor, tudo o que escreveu e inventou e tudo o que fez, para conseguir manchetes de jornal. Houve momentos que, juro, senti nojo... e a certeza que fiz muito bem, em não seguir a via de jornalista.

 

Houve uma jovem que morreu. Pais que perderam a filha, irmãos que perderam uma irmã e, claramente, uma vida interrompida! A vida continua, mais ou menos torta, para todas estas pessoas - o namorado italiano, que ainda está em Itália, agora é tipo o Moita Flores e comenta crimes na TV Italiana. Enfim!

 

 

O bidé

06.09.16

 

Durante os tempos que vivi em Madrid, de vez em festa, falava-se do bidé. Sobretudo porque uma amiga italiana se queixava da ausência dos ditos nas casas de Madrid, seguindo-se à queixa o gesto de um chap-chap, ou seja, das mãos a abanar e agitadas no entre-pernas - sim, amigos, isto é um chap-chap ou se preferirem, um tudo abana, tudo areja. Eu concordava, falava do bidé, essa pela comum dos sanitários de Portugal e que noutros países que vivi/visitei também não era comum.

 

Adiante.

Recentemente, em Berlim, o bidé foi tema de conversa - aqui também não são muito comuns. Perguntaram-me se em Portugal se usava o bidé e eu disse que sim, sim senhora, claro que em Portugal os bidés são uma coisa comum. Assim que o disse, atacou um italiano:

- Vocês em Portugal têm bidé, mas não compreendem para que serve!

 

Como? Pára tudo! Como assim não compreendemos? Nós Portugueses tantas vezes considerados dos mais limpinhos da Europa, gente que toma dois banhos por dia e lava bem atrás das orelhas... como assim não entendemos o bidé?

E foi assim que eu descobri que não, o bidé não é para limpar e lavar os pés, nem serve apenas para a pedicure (e que jeitão que dá!) e também o seu uso inicial não se limita à lavagem das partes lá de baixo ou a pôr os putos entretidos, enquanto brincam com barquinhos.

O bidé serve (preparados?) para lavar o rabiosque cada vez que se faz o cocozinho. Ou seja, um italiano caga e lava-se no bidé - raça de gente limpa! A cada caquinha, ala, lá vão eles ao bidé. Isto, porque o papel higiénico não é suficiente, mais: o papel higiénico não é higiénico o suficiente. Todos os Italianos presentes confirmaram-me que sim, que usam o bidé com esse intuito e que fora de Itália, lhes custa não ter um. E esta, hein?

E vocês, sabiam disto?

Viajar e mandar quecas

09.06.16

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Um dia o namorado de há mais de seis anos de Laura Jane (Williams), de 30, disse-lhe: "adieu, adios... Laurinha, acabou tudo! A gente vê-se por aí!" e depois acrescentou "Ah, e tal, tudo isto porque já não te curto, mas sim, porque gramo bués a tua melhor amiga!"

Imaginem a Laura, aos 30 e depois de uma relação de seis anos, ficou sem namorado e sem melhor amiga. O que é que ela fez:

  1. Matou o estupor e a amiga

  2. Chorou baba e ranho e foi fazer terapia

  3. Foi viajar

Ora nem mais, a Laura Jane foi viajar por esse mundo fora.

E se há uns que se dedicam ao ioga, ao voluntariado, a ver todos os museus ou a experimentar mil comidas estranhas, a Laura Jane foi em busca de sexo. Sexo casual. Casos de uma noite. Com gajos. Com homens que acabava de conhecer. E uma vez, até com uma mulher. Isso, choquem-se: ela viajou e pinou, mandou quecas, fodeu! Sempre com preservativo!

Recentemente, lançou um livro, "Becoming" onde conta que muitas vezes, um homem não era suficiente, que se sentia excitada e que desde estranhos a amigos, todos eram potenciais amantes. As quecas no primeiro encontro eram comuns e algumas vezes, bastavam 35 minutos após o primeiro contacto. Pelo meio, ela viajou pela Itália, França, Indonésia,... e, espero eu, que sem culpas, vitimizações ou remorsos, apenas numa imensa viagem de prazer, como aliás, devem ser todas as viagens.

 

 

10 locais para visitar antes de morrer - segundo os utilizadores do TripAdvisor

17.05.16

Machu Picchu, Peru

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Sem dúvida, um dos lugares mais bonitos onde já estive! É daqueles locais que não paramos de fotografar e de admirar. Todos os angulo são perfeitos, a  construção incrível e de um beleza única - saiba mais como chegar a Machu Pichu AQUI.

Também o país merece uma visita, com praia, floresta, imensa história e uma das melhores gastronomia do mundo - sim e nã sou só eu que digo. Ainda hoje quando penso no Peru, dá-me uma saudade imensa. Fui tão feliz lá!

 

 

Grande Mesquita Sheikh Zayed
Abu Dabi, Emirados Árabes

 

Esta vai para a lista dos must see, que ainda faltam ver. Estava à procura de fotos para ilustrar o artigo eeee: minha nossa! Que beleza! A arquitectura, as formas, o branco imenso,... lindíssima!

 

 

Angkor Wat
Siem Reap, Camboja

 

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Este complexo de quase 6 km, é o maior espaço religiosos do mundo - primeiro hindu e depois budista. Dizem que são necessários três das para o explorar inteiramente. Eu, infelizmente, só pude fazer um dia e é lindíssimo.

Há partes, onde a Natureza como que domou o espaço e envolveu-o em raízes, ramos e arbustos. É sem dúvida um lugar muito especial e apesar do zumzum louco de turistas, dá perfeitamente para aproveitar o(s) dia(s) para uns passeios de bicicleta e para explorar o complexo. Um aviso já: fazem falta perninhas, pois há muitas escadas para subir e descer - e valem completamente a pena!

 

 

Basílica de São Pedro
Cidade do Vaticano, Itália

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Sabem aquele "sentimento" de que tanto se fala e que é suposto experimentar-se no Vaticano? Aquela comoção espirtual? Pois bem, fui lá duas vezes e não a senti. Sou completamente fascinada por religiões e pelas suas histórias e ensinamentos, sejam elas cristãs, muçulmanas, judaicas, etc.; mas tal como outras instituições religiosas, também a Igreja Católica me dá um pouco de alergias.

Assim sendo, aquele misticismo, aquela magia divina... sinceramente, não a senti. Mesmo assim, entendo a razão pela qual a Basílica está na lista. Arquitectonicamente é uma praça perfeita, com todo o esplendor Renascentista. Eu entendo quem vá a Roma e não veja o Papa, mas não ir ao Vaticano, independentemente de se ser crente ou não, acho que seria uma lástima.

 

 

Taj Mahal
Agra, Índia

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É daqueles sítios que sabemos que não vai ser tão perfeito como as fotos: o céu não é azul claro (culpem a poluição); as vistas estão longe de ser bonitas (para um rio sujo e para umas mesquitas bastante banais, quando comparadas com o Taj), mas mesmo assim o Taj Mahal não desilude. 

O Taj respira harmonia, é perfeito, é simétrico, é verdadeiramente apaixonante - e, acredite, eu posso ser uma cínica do pior!
Quanto a obras construídas pelo Homem, o Taj é das mais bonitas, se não a mais bonita, que já vi. Acredite, vale mesmo a pena visitar o Taj Mahal.

 


Mesquita Catedral
Córdoba, Espanha

Que vergonha: cinco anos a viver em Madrid e nunca fui a Córdoba. Agora vou ali punir-me e já volto. 

 


Catedral do Sangue Derramado
São Petersburgo, Rússia

A Rússia é outro daqueles países que me fascina e onde tenho mesmo que ir um dia. Adora toda aquela trapalhada, cheia de intrigas, da vida dos czares e desde que li Anna Karenina de Tolstoi, que sonho em viajar de comboio na Rússia - sem a parte do suicídio, obviamente. Rússia, amiga, até breve.

 


Alhambra
Granada, Espanha

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Eu tentei, juro que tentei, visitar Granada. Todavia, conseguir bilhetes para a Alhambra para ser mais difícil do que conseguir bilhetes para uma dessas coisas do futebol onde nunca há entradas e se as há, custam todas milhares. Fica aqui a dica, reserve antecipadamente se quer bilhetes para Alhambra. Uma amiga com três meses de antecedência já não conseguiu!

Granada é uma cidade lindíssima, onde se come tãooooo bem e quando lá estive, tive a oportunidade de visitar apenas os jardins de Alhambra e são de facto, muito, muito bonitos.
Perto de Madrid, existe o Palácio de Aranjuez, um dos mais bonitos que já visitei na Europa. Neste palácio, é possível visitar a sala que o Príncipe usava para fumar... que é cópia de uma divisão de Alhambra. Na altura fiquei a babar só com aquela divisão! Imaginem se pudesse ter visto tudo er em versão original.

 


Lincoln Memorial
Washington, EUA

Ui! O que se passou aqui, utilizadores do TripAdvisor? A sério que isto está no Top 10...? Ok, ok, eu nunca estive, mas depois das fotos, não fiquei louca de curiosidade. Bem, talvez indo lá. Um dia, espero!

 


Catedral de Milano
Milão, Itália

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Conta a história, que durante a II Guerra Mundial, o padre/bispo/cardeal fez um acordo para que a catedral não fosse bombardeada, devido á sua beleza e património. O trato foi respeitado e apenas uma bala fez ricochete na fachada da catedral. Bala essa, cuja marca ainda hoje se pode ver. Contaram-me esta história e não sei se é ou não verdade, mas eu gosto dela. Gosto de pensar que num mundo de guerra e ódio, há coisas tão preciosas, que ninguém ousa atacar. Se visitarem a Catedral de Milão, não deixem de subir até lá acima e apreciar as vistas.

Cantinho da Leitura

18.04.16

Comer, Rezar e Amar | Elizabeth Gilbert

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Vi o filme já há algum tempo, gostei, mas não o suficiente para despertar o interesse e ler o livro.

A história é bem ligeirinha, mulher divorciada e de coração partido, deixa tudo e passa um ano em Itália, a aprender italiano (e a comer); na Índia a meditar e em Bali, ora a aprender meditação balinesa, ora a fazer amigos, ora a apaixonar-se por um brasileiro. Muito justo. Com o principal mérito de não ser ficção, mas sim alguém que O FEZ de verdade!

Há livros que fazem sentido serem lidos num sítio e ler o Comer, Rezar e Amar de Elizabeth Gilbert, fez bastante sentido para mim, lê-lo na minha viagem a Bali. Como disse, a história em si não é nada de espectacular, nem a escrita; o principal ponto positivo é ser uma história verdadeira. 
Uma coisa que me assusta no livro é que quando se deu clique na vida da autora, ela tinha 30 e poucos. Tinha acabado de comprar uma casa e estava a tentar engravidar, quando percebeu que não era nada daquilo que queria. É assustador ver como para uma mulher que ainda não tem filhos é/foi tão difícil quebrar com rótulos e com todas as pseudo-regras estabelecidas. Ok, ela estava casada, mas mesmo assim... Eu entendo a ansiedade quando há crianças pelo meio. Afinal, não se pode simplesmente ir quando há um pai/mãe do outro lado. Agora no caso dela... faz-me pensar na capacidade de começar tudo de novo. De nos soltarmos. De sermos livres. Na coragem de ir e criarmos para nós mesmos um "novo princípio" - não que seja necessário ir até à Itália para isso, mas sem dúvida que se come melhor!

Aliás, apesar de ser dinâmico, as partes relativas as angustias amorosas e dramas existenciais, sinceramente, aborreciam-me um pouco. Muitas mensagens do livro soam a cliché ("tu consegues", "não desistas", "o tempo que cura todo", bla bla bla). 


Foi só quando li o livro, que me apercebi de todo o buzz que há à volta do livro, a ser recomendado pela Oprah e pela Hilary Clinton. Os feedbacks positivos foram quase tão intensos como os negativos. Nos últimos anos, parece que o livro passou a ser a Bíblia de mulheres de todo o mundo, que procuram incentivo para a "tal" mudança. Mulheres infelizes, presas a casamentos sem sentido, vidas ocas, etc. Da minha parte só posso dizer: se incentiva a quem quer mudar para melhor e a ser mais feliz? Leiam-no, então!

Sítios que é melhor não visitar

07.03.16
Cinque Terre, Itália
 
Expectativa

Realidade

 
Desde Fevereiro, que quem quer visitar Cinque Terre, em Itália tem que pagar. Acabaram-se as borlas. Porquê? Só o ano passado a região foi visitada por mais de 2,5 milhões de turistas. Além das pessoas que vivem lá e que devem querer uma vidinha tranquila, sem ter que tropeçar num turista a cada dois passos, é também a paisagem que está em risco. Para ajudar a vida aos visitantes será também criada uma app. onde poderemos saber que ilhas visitar, quanta gente está na ilha, etc. 
 
 
 
Veneza, Itália
 
Expectativa

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Realidade

Continuemos em Itália. Quem já visitou Veneza poderá dizer bla-bla a cidade do amor, dos apaixonados e... dos 78 mil turistas. Tirar fotos sem turistas, paus de selfie ou excursões tornou-se impossível. À custa disso, o centro virou uma cidade fantasma. Ponto um, caríssimo. Ponto dois, o centro já não é habitável, há falta de comércio, lojas ou supermercados. As casas vão-se também degradando, as praças perdendo vida. Quem vive em Veneza não tem vizinhos, tem turistas. 

 
 
 
Barcelona, Espanha
 
Expectativa

 
Realidade

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Manifestação contra a proliferação do turismo em Barcelona e a especulação imobiliária.
 
Barcelona não quer ser a nova Veneza. Este ano, com Ada Colau vários (e alguns bem megalómanos) investimentos turísticos têm sido parados. A ideia? Devolver a cidade aos habitantes. Não é drama, nem conversa de loucos, o tema é sério. Aconselho vivamente, o documentário Bye Bye Barcelona, que fazendo também referência a Veneza, mostra como é viver numa cidade de turistas. 
O excesso de turistas chega mesmo a incomodar os turistas, já que frequentem-te a cidade, que é uma das mais visitadas no mundo é também considerada uma experiência de viagem pouco agradável.
 
 
 
Machu Picchu, Peru
 
Expetativa

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Realidade
 

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Uma das sete maravilhas. E é-o de verdade. Um parque onde podemos andar soltos e livres e explorar à nossa medida e velocidade. Perfeito. Mas cá vamos nós, milhares de turistas, pouco ou nenhum controlo e uma das relíquias munidas mais preciosas de sempre, a ser diariamente atacada.
Quando estive lá, vi alguns habitantes de  Águas Calientes a protestarem contra a invasão massiva. "Ai-o-turismo-traz-dinheiro" dirão alguns. Traz, mas não para todos. E, amigos, o dinheiro não é mesmo tudo na vida - mas sim, vale muito a pena viajar para o Peru e viistar Machu Picchu.

 

 

Antárctida

Expectativa

 Realidade

Não é só porque o Leonardo DiCaprio diz que é um problema, que é um problema. È mesmo um problema. O aquecimento global também é um problema e, claramente, a relação Homem/Natureza tem várias imperfeições. A Antárctida começa a desaparecer, os 500 visitantes permitidos na região passaram a 100 e apenas através de agências e operadores devidamente autorizados. Justo.

 

 

Seicheles

Expectativa

 

Realidade

 

E quem diz as Seicheles, poderia dizer tantas outras ilhas paradisíacas, onde a prática de mergulho é comum que são exploradas para fins turísticos, sem qualquer preocupação sustentável e ambiental.

Recordo-me na Tailândia, quando fui fazer mergulho em Ko Samui e na hora de mergulhar, eu e quem estava comigo saltou do barco para a água.Os responsáveis não nos avisaram de como os corais estavam tão próximos da superfície. Este "ataque" constante aos corais, assim como a poluição, que acarreta o turismo de massas é responsável pela morte dos corais e com eles, morre também muita da diversidade marinha. Vários estudos alertam que a maioria dos recifes de corais estão ameaçados e que num prazo de cem anos, poderão deixar de existir. Vale a pena ler este artigo sobre o impacto e a poluição dos oceanos.

 

 

Não se trata de deixar de viajar, nem de deixar de visitar. Trata-se, sim, de se ser consciente e respeitador da Natureza e do meio ambiente. É imperativo que viajar, conhecer, explorar seja feito de forma sustentável e consciente.