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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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A vergonha do Metro Mondego

02.06.17

metro-mondego

 

E quem diz “vergonha”, poderia dizer canalhice, corrupção, falta de senso, criminoso, etc.

 

Sou de Coimbra e há muito que o Metro Mondego é tema em Coimbra, tendo sido inclusive apelidado de Questão Coimbrã.

Em 1996, começou a ideia, criando-se inclusive uma fundação com uma catrafilada de presidentes, porque nestas coisas, um não chega - a fundação foi criada em 1996, e segundo a Wikipédia “Em Maio de 1996 foi constituída a Metro-Mondego, S.A.. A maioria do capital da empresa pertencia às três autarquias no seu conjunto com 66 milhões de escudos (cerca de 330.000 euros, correspondentes a 66%). Os outros accionistas eram a CP com 29 milhões de escudos (cerca de 145.000 euros, 29%) e o Metropolitano de Lisboa com cinco milhões de escudos (cerca de 25.000 euros, 5%)” - alguém que fala as contas! 

Mais, acabou-se com o comboio da Lousã, deixando alternativas de transporte medíocres às pessoas que iam a Coimbra (muitos para trabalhar, outros para estudar). Começaram-se obras nas estações de comboio, que ainda hoje lixam a vida a toda a gente. Pelo meio, na rua da Sofia, junto à Câmara Municipal, foi montado um escritório  - o Espaço Metro - e posso estar errada, mas nunca vi tal coisa aberta. Existe até um site. E uma página de Facebook da coisa!

 

Houve também gente forçada a vender casas. Demolições ilegais. Houve estudos e mais projectos - onde obviamente também se gastava dinheiro. A ideia sempre foi ligar a Lousã e Serpins a Coimbra e ainda ter um metro entre os dois hospitais da cidade - o Hospital Novo e os Covões.

 

No meio disso, as pessoas de Coimbra torciam o nariz ao metro. Faz mesmo falta um metro em Coimbra? Não seria de maior utilidade reforçar os transportes públicos da cidade. Quem se queixa de um autocarro da Carris, nunca andou num 22 até Fala ou teve de ir para Antanhol de autocarro. Aqueles que dizem que os horários da noite dos autocarros de Lisboa, não sabem o que é ter o último autocarro para casa às 19h25! O mesmo com os comboios, em particular a linha da Lousã. Por que não haver mais comboios em vez de se destruir tudo, como se fez! e colocar um metro.

 

Mais uma vez, os interesses políticos ou talvez seja melhor dizer, os interesses dos politicos não estavam alinhados com os da população!

Em 2011 a coisa parou, porque não havia dinheiro. Abriram-se mais concursos… e agora parece que o metro vai virar eléctrico e que se vão gastar mais 89,3 milhões na coisa e com uma frota de 43 autocarros eléctricos.

 

Eu juro-vos, eu só queria que alguém parasse para investigar esta gente. Os milhões que já foram gastos, esta pseudo-fundação… enfim! Que por uma vez haja responsabilização. 

Fui a Portugal uma semanita e pensei:

28.12.16

No Porto

Porto.jpg

 Os Jamigos!

Os croissants do Porto são os melhores!

E este sol?

Francesinha ou arroz de polvo?

Make Porto podre again!

Reconhecer a seriedade de quem (ainda) vende minis a 50 cêntimos no centro do Porto.

Ir ao S. João ver o Climas do Circolando. Muito bom. Muito bom.

Pessoas que são o Porto e sentem o Porto. Pessoas de Ermesinde.

As pessoas estão mais felizes.

 

 

Em Coimbra

 

Casa. 

Coimbra continua a mais linda!

Lençóis polares. Pijama polar. 87 mil cobertores e botija de água quente.

E este sol?

Os croissants da Arco Íris são os melhores!

O Mandarim abriu? O quê? É um bar de "shots"?

Perguntaram-me se era caloira e disseram que era lovely.

Ir beber café e acabar a ouvir fado de Coimbra. 

Ir ao Salão Brasil ver um espectáculo e continuar tudo igual.

Nunca mais é Natal. Estou cheia. O Natal já passou.

A minha avó é a rainha do Snapchat.

As pessoas estão mais felizes.

 

 

Em Lisboa

E este sol?

As pessoas estão mais felizes.

Miss Japa fechado oooooooooooh!

Gente que compra casa. Gente que se vai casar. Gente.

Não me lembrar onde fica o Purex.

Ficava mais uns dias.

E se eu voltasse para Portugal?

Pensamentos Portugueses durante as férias

08.08.16

Fui à terrinha passar semana e meia de férias, com direito a boda e peixe e praia pelo meio, eis alguns dos pensamentos que voaram pela minha cabeça durante estes dias:

 

No Porto

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12 horas depois de chegar ao Porto: - Raios, que saudades disto! Que se lixe tudo, vou voltar!

- Francesinha!!!!!! Francesinha! Francesinha!

- Que riqueza de sol!

- Quero um café, por favor.

- Ar condicionado no metro do Porto é mito... menos mal, que estão só 40 graus lá fora e Portugal a arder.

 

 

Em Coimbra

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- Coimbra continua a mai-linda!

- Como? 70 cêntimos por um café! Está tudo doido?!

- A Ferreira Borges é a nova capital da cortiça?

- Nãããããão!  Fecharam a Coimbra Editora!

 

 

Em Lisboa:

- P"#$ que pariu o trânsito, as obras e as estradas de Lisboa! Raça de cidade!

- Mas como é que é possível? Agosto e esta cidade cheia de gente!

- Epa! Tantos turistas! Sacanas dos tuk-tuks!

- A sério metro de Lisboa: 3, três, TRÊS CARRUAGENS (apenas)?

 

 

Na Arrábida

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Oh! A Arrábida!! É desta! É desta, é desta que largo tudo e venho para aqui viver. Monto um turismo rural e acabou-se. Vou ser feliz aqui! Adeus escritório, adeus vida de computador!

 

 

Em Grândola:

Será que os habitantes de Grândola sabem que o Zeca Afonso não nasceu, nem viveu, nem morreu aqui?!

 

 

Pela costa Vicentina

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- Mesmo lindo!

- F#"&-se que água fria! Raios partam, nem o aquecimento global aquece isto!

- Como??? 60 euros por uma noite no quarto de hóspedes da sua casa? Estão todos loucos na Costa Alentejana?!?!

- Férias em Agosto, nunca mais!!

- Sol bom.

 

- Tens o protector?

- Raios, que sol mais quente! Está que queima!

- Abençoado ar condicionado!

- ... e o peixe grelhado. E os mariscos e a sapateira!

Há Baixa! Há Coimbra - parte II

18.07.16

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Foto de: Há Baixa 

 

- e já à espera da terceira!

aqui tinha falado há uns tempos do projecto de recuperação da baixa de Coimbra, levado a cabo por alguns estudantes de Arquitectura, da Universidade de Coimbra, o Há Baixa. Este grupo de estudantes juntaram-se com o objectivo de reabilitar algumas casas e lojas das baixa de Coimbra, mas também por melhorar a qualidade de vida dos habitantes da cidade.


Desde que soube do projecto, que o tenho acompanhado como posso no Facebook do Há Baixa e mais uma vez, parabéns a todos os envolvidos! Mesmo estando longe e não podendo participar, foi de coração cheio que fui acompanhando o trabalha dos voluntários, nas últimas duas semanas. Foi bonito ver a forma como se envolveram com a comunidade e como as pessoas se interessaram pelo projecto. E agora que acabou, já se fala em mais: bravo, foguetes e palminhas!

E duas semanas depois, entre outras conquistas, a dona Glória já não pensar em reformar-se, mas sim em continuar o seu negócio de costura. Viva!

 

 

 

 

Há Baixa! Há Coimbra!

30.05.16

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Sou de Coimbra. Por mais sítios que conheça, por mais que viaje, jamais conseguirei dizer que há uma cidade/local mais bonito do que Coimbra - e eu sei que os há. É a minha cidade e são poucos os cantos e recantos que não têm para mim alguma história ou significado.


O meu infantário era no Portugal dos Pequenitos e eu ainda me lembro das brincadeiras nas casinhas, com passeios na Quinta das Lágrimas. Mesmo ao lado havia uma padaria que fazia pães de leite com açúcar e com forma de pessoas. Comia sempre a cabeça no fim.
Mais tarde, fui para as Almas de Freire e ainda hoje, me sinto mais em casa em Santa Clara, do que no meu bairro. Lembro-me das brincadeiras e de quando não havia grades, nem muros - aliás, o muro só foi aumentado, depois de eu cair e partir os dentes! Obviamente que era boa menina e todos os sábados ia à catequese, na Rainha Santa. E enquanto esperava pela missa, porque depois ia para os escuteiros, brincava no Museu Militar, nos canhões e jipes "dos tropas". Mais tarde, íamos para trás da Capela, mas isso já são outras histórias... Ainda hoje, me consigo lembrar das pedras frias do Claustro.
Não muito longe dali, está o Convento S. Francisco, que apesar de agora estar eternamente em obras, houve um tempo em que mais não era do que um edifício abandonado. Devia ter 11 anos, quando com uns amigos, entrámos pela janela. Apesar de miúdos tínhamos sensibilidade suficiente para saber o triste que era um espaço daqueles tão sujo e tão abandonado.

Também era costume brincar no Ruela. A casa ainda hoje lá está, erguida, caiada de branco e mais sozinha do que nunca. Parece que já ninguém brinca mais na rua. Na altura, também era comum ir à noite, ao cemitério, mas xiiiiu, é segredo! Os pais não sabiam.

Como menina da margem esquerda, fui para o Silva Gaio e, como sou antiga, tive aulas nos míticos galinheiros. Aliás, a minha primeira greve escolar foi para pedir aquecedores na sala de aula! Sou inclusive do tempo em que as aulas de Educação Física eram no Estádio Universitário. Antes de construírem a faculdade de Desporto, tínhamos que passar por um atalho cheio de lama para fazer o caminho entre o estádio e a escola (e vice-versa). Chegava a Latada e já sabíamos, durante uma semana, ninguém tinha Educação Física. O Silva Gaio era também a loja Verde e o dar voltas aos blocos e as bancadas.


Quando era miúda, íamos de autocarro, alguns de camioneta, porque os horários da manhã eram reservados para os alunos de Antanhol e os outros que vinham de longe. Fiz tantas vezes aquele caminho do Silva Gaio para a paragem. Depois dos 13, o destino comum era a baixa. E lá íamos, juntos, "atravessar a ponta". Esta era a pergunta que fazíamos "vais atravessar a ponte?". Depois da ponte e já na baixa, o programa era variado. ÍComíamos gelados e panikes com chocolate - os do Toledo eram os melhores. Às vezes dávamos passeios na baixa, outras atravessávamos a Rua da Sofia até ao Palácio da Justiça, íamos às lojas... eu sei lá! Também era na Baixa, na Fátima, que eu cortava o cabelo.


Chegou o secundário, já no D. Duarte e nós continuávamos a "atravessar a ponte". Ainda fui à Ti Arminda, mas poucas, porque fechou. No D. Duarte, comia sandes de rissol. E muitas vezes, ia a pé para a escola e encontrava cães e gatos abandonados que levava depois comigo. Também fiz canoagem, dancei salsa e aprendi a jogar à Sueca. Às quartas ia almoçar ao Continente. Ou ao Chinês atrás da antiga Zara, onde aprendi a comer com pauzinhos. Por vezes, ia também ao Itália. Também era comum faltarmos ás aulas para ir tomar banho ao Mondego ou ao Choupal.
Nestes tempos, íamos à piscina no Verão e a casa uns dos outros, quando os pais não estavam e sobretudo às quartas à tarde: Cernache, Alto dos Barreiros, Ingote, Santa Clara,... tantos sitos. E alugávamos filmes. Quando íamos ao cinema, que saudades do Avenida!, terminávamos no MacDonalds a comer gelados.


Só quando chegou a universidade é que explorei mais a Praça (da República) e os seus cafés - antes, achava eu, eram para gente adulta. Sim, quando eu era miúda achava que quando fosse estudante universitária seria adulta! Foram muitos anos de cafés e a beber Moscatel no Tropical. Noites no Noites, noites de treta na Alta, sextas loucas na Via, traçadino na Alta e, raios, muitas horinhas naquela associação - não no bar, que eu fazia "coisas". Se por um lado, passei a puder ir a toooodas as noites da Queima e da Latada, acho que uma queima nunca me soube tão bem como quando ia no secundário. E ao contrário de muita gente que estuda em Coimbra, eu sei que os Gaiteiros eram mesmo uma coisa. Desde os 6 anos, que todas as terças esperava a chegada dos Gaiteiros à escola e, com eles, o fim das aulas. Era dia de cortejo!


Foi também nesta altura que descobri, com alguma tristeza, que mesmo aqueles estudantes que tanto cliché soltam sobre Coimbra, o Mondego e a saudade, nunca passavam do Avenida! Poucos conheciam a Baixa ou tinham bebido um café no Santa Cruz ou estado na incrível esplanada das Galerias de Santa Clara. Posto isto, ter algum que conhecesse Santa Clara ou Conímbriga era quase um mito. Para a maioria, a margem esquerda era a Queima e pouco mais!

Esta Coimbra de agora, do Fórum e do Dolce Vita, já é um pouco estranha para mim. Até porque eu sei várias coisas sobre a cidade que poucos sabem. Sei, por exemplo, que o melhor chocolate quente se bebia no Tovim, no Café com Arte. Sei que bastava saltar o muro a caminho de Santa Clara para entrar na Quinta das Lágrimas sem pagar. Sei também que as melhores baguetes de Coimbra são as dos Grelhados. E que o Vasco da Game e a Vénus são muito boas, mas nada bate um croissant (branquinho) com queijo do Arco Íris.

Quando há uns anos, passei a ver a Baixa vazia, fiquei triste. O primeiro golpe foi ver a Coimbra Desporto fechar, mas o meu coração chorou quando o Marthas desapareceu e passou a ser uma loja chinesa e igual a tantas outras - tantas horas a ver cadernos e caderninhos, agendas, papel de cor! Mas o pior, foi passar a ver aquela baixa sempre vazia. 

Agora está cheia de turistas e com 67 mil lojas lojas todas iguais. Coimbra é a nova capital da cortiça - parece-me! Até a Body Shop fechou! Também já não existe a Almedina, onde comprava os livros da escola; nem a Valentim de Carvalho, onde comprei o meu cd dos Ornatos. Raios! Falta tanta coisa. É por isso que sempre que vou a Portugal, compro os meus livros na Bertrand da Portagem.

 

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Foi por isso também que me comovi este fim de semana quando li no Público, que existe em Coimbra um colectivo de estudantes a reabilitar a baixa de Coimbra. Chama-se Há Baixa e é composto por vários estudantes universitários, comprometidos a reabilitar o centro, sem que este perca o seu cariz tradicional e, mais importante, melhorar a qualidade de vida dos habitantes da Baixa e recuperar a dinâmica da zona.
Para já, as obras agendadas são em três espaços comerciais, uma casa e uma cozinha económica. Raios, fiquei mesmo feliz com isto.

Parabéns aos responsáveis pelo projecto! Vocẽs são os maiores - mesmo!

 

Sobre o "quem me dera voltar atrás", a nostalgia e a Queima das Fitas - e o Facebook

11.05.16

 

"Aproveita agora!"
"Estes são os melhores anos da tua vida!"
"Olha que depois..."

Aos 13 anos já ouvia isso. Mais tarde, durante os tempos da universidade, ui,... o discurso intensificou-se e já era ladainha.

Sempre que ouvia alguém a dizer-me isso pensava "caramba, então, e depois?" Se já estava a viver os melhores anos, se não iria haver nada melhor do que "aquilo" na minha vida, para quê continuar? Melhor ficar por ali e poupar-me a dramas e horrores e dissabores que iam chegar depois. Nunca ninguém me falou do valor da independência, de poder andar nua em casa, de poder comer gelado ao jantar, laurear a pevide o quanto queria, enfim: nunca ninguém me falava bem da vida adulta. Parecia que ser uma jovem/estudante/adulta/maior de 18 anos, a viver à custa dos pais, é que era!

 

E por que razão falo disto?
Porque, amigos, começou há uns dias a Queima das Fitas de Coimbra - cidade onde nasci, cresci e estudei. E se para uma boa parte da população, isso não interessa nada; outra anda claramente a beber copos, enquanto a outra... anda a morrer de saudades, chorando lágrimas de sangue e traçadinho, pelos "melhores anos da vida" (deles).
Digamos que todos os anos, quando começa a Queima, o meu Facebook inunda nostalgia. Fotografias antigas. Frases e escritos sentimentais.

"Ai a saudade!"

"Minha Coimbra do Mondego!"

"Os bons velhos tempos!"

"Esses bons tempos que já não voltam!"

"Quem me dera voltar atrás!"

 

Se era bom não fazer grande coisa na vida e passar os dias (e as noites) com os amigos? Era, pois! Era do caraças! Ia-se, atenção que falo de mim, às aulas de vez em quando; estudava-se na véspera; saía-se de segunda a domingo; bebia-se vinho de 80 cêntimos; o ir tomar um café" terminava às 6 da manhã, hora a que se ia tomar o pequeno-almoço; dormir até ao meio-dia, enfim, acho que já deu para entender o meu ponto! Sim, era bom, mas daí a voltar para trás, a preferir esta velha vida à actual, isso não.

Também não acho que a vida era melhor antes - e olhem que se há pessoa que aprecia estar no choco até à uma da tarde, essa pessoa sou eu.

Como diz a minha avó, "cada coisa a seu tempo e cada coisa tem um tempo". E também ajuda gostar da vida que tenho. Gosto muito, mas mesmo muito, das coisas que fiz depois da universidade - os amigos que fiz, as pessoas que conheci, as amizades que mantive, as viagens, trabalhos (mesmo os caca!), experiências, etc.
A vida muda todos os dias. Mudar não é sinal de evoluir ou de regredir, nem de estagnar. As coisas são simplesmente diferentes e até do menos bom, é importante tirar proveito. Além disso, eu acredito sempre que o melhor está para vir, está para acontecer.

Obviamente, que pelo meio faço muita merda e se voltasse atrás, faria muita coisa nova e/ou diferente, mas mesmo assim, olho para o passado com alguma tranquilidade e com o sentimento de que o aproveitei e vivi bem.

 

 

Bem, esperem! Há, sim, uma coisa de que sinto falta.

Na universidade, sabem aqueles dias em que dizemos "amanhã tenho mesmo que ir às aulas"? Aquela aula que não podem mesmo perder, à qual não podemos MESMO faltar? E depois, no dia, acordar e pensar "aaaaaaaaaaaaaah, foda-se", virar para o lado e voltar e dormir! Isso sim, isso, era poder!

As 50 cidades mais bonitas do mundo

11.01.16

Segundo a Condé Nast Traveler estas são as cinquenta cidades mais bonitas do mundo. Eu acho que faltam duas!

 

Veneza, Itália

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Veneza é o paradoxo do turismo. Todos querem vê-la, mas ninguém suporta os "todos" que a querem ver. Tropeçar em turistas é o prato do dia e, nos dias de hoje, conseguir sair ileso de Veneza e sem levar com um pau de selfie na cara, é quase um milagre - isso e tirar uma fotografia sem que haja algum desconhecido nela. Mesmo assim, Veneza vale a pena. Vale sempre a pena e é, sem dúvida, uma das cidades mais bonitas do mundo - ou do mundo que eu conheço!

 

Hong Kong, China
Istambul, Turquia

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É difícil explicar Istambul! Istambul é uma das minhas cidades favoritas. Quando penso em Istambul penso em andar de barco nos Bósforo; no pôr-do-sol; em comer peixe fresco no pão com limão; o som das mesquitas, que para mim soa a uma canção de dedicada a quem está na cidade; na ponte repleta de pescadores; na Haghia Sophia; nas ruas labirínticas do bazar; nos bares de Taksim; em pãezinhos com azeitonas e chá, às sete da manhã e nos mexilhões frescos com limão, às cinco da manhã! Penso na cordialidade das pessoas, nos minaretes e em Sultannamet. Napoleão disse que se o mundo tivesse uma capital, Istambul seria a capital. E eu acho que ele tinha razão! Que saudades!

 

Nova York, EUA
Londres, Reino Unido

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Todos gostamos de Londres quando a visitamos. Os museus, os mercados, Camdew Town, etc. etc! Mas eu acho que só quando se volta a Londres é que se pode realmente apreciá-la. Beber cervejas nos pubs, almoçar nas escadaria da National Gallery, apanhar sol no parque, ficar no Tate a olhar para as vistas da cidade. 

 

Chefchaouen, Marrocos
Está tãooooooooooo na minha lista!

 

Paris, França

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Paris é a cidade dos clichés! Em Paris, entendemos o que significa "à grande e à francesa" e sem dúvida que é a cidade do amor, porque nenhuma outra cidade foi tão amada por quem a visita. Por isso, é que "teremos [todos] sempre Paris". E podemos sempre voltar, pois nunca será igual. E tal como os verdadeiros amores, com o passar do tempo e quanto melhor nos vamos conhecendo, mais gostamos!

 

Cape Town, África do Sul
Amesterdão, Holanda

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É uma cidade bonita e fácil, que se visita de um fôlego de bicicleta, de barco ou a pé. A Holanda ensinou-me o que era a "qualidade de vida". Aprendi-o quando via os pais a irem buscar os filhos à escola às cinco, de bicicleta. Ou quando, os parques estavam cheios de barbacues domésticos e de cerveja. Amesterdão é demasiado rápida e nem todos aprenderam ainda este conceito, que torna a Holanda tão especial, pelo menos para mim. 

 

São Petersburgo, Rússia
Está tãaaaaaaaaao na lista de cidades que eu quero conhecer!

 

Beirute, Líbano
Kyoto, Japão

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 Durante a II Guerra Mundial, enquanto todo o Japão foi bombardeado, Quioto não. Nem uma bombinha. Talvez por isso, seja a cidade que melhor reflecte a cultura japonesa. Com as suas casas baixas, pequenas ruelas, canais e restaurantes, com capacidade para apenas seis clientes. É claro que há os edifícios megalómanos que são já a imagem de marca do Japão, mas em Quioto são diferentes. São mais harmoniosos. E depois, nos arredores há zonas absolutamente deslumbrantes, como a Floresta de Bamboo e, a poucos horas dali, Nara. Sem dúvida, que Quioto merece estar na lista. Aliás, o Japão merece tudo, sobretudo uma viagem! Várias.

 

Queenstown, Nova Zelândia
Barcelona, Espanha

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A primeira vez que visite Barcelona devia ter 17 anos e sei que disse aos meus pais que queria viver ali um dia. Era também a primeira vez que estava fora de Portugal, sem contar com as cidades galegas - que são como estar em casa. Barcelona impressionou-me muito. As pessoas deslocavam-se de bicicleta, tinha praia e montanha, a arquitectura superava as imagens dos livros, as pessoas de cadeiras de rodas saíam à rua, etc. Era uma cidade com espaço, ampla. Depois disso, já lá voltei, como turista e senti-me nervosa, com tanta gente à minha volta. Da última vez, tirando um passeio nas Ramblas, estive em Barcelona com quem lá vive e foi totalmente diferente. Voltei a amar a cidade e a querer viver lá. De preferência, na Barceloneta, por favor!

 

Singapura
Havana, Cuba
Florença, Itália

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Uma das recordações mais bonitas que tenho de Florença, foi o pôr-de-sol na Puente Vechio. Em uma das margens, o céu ficou azul. Um azul claro pastel, mas com tons escuro. E do outro, no meio do azul, havia rosa e roxo. Recordo-me de pensar, de como um céu e umas cores daquelas, justificavam a devoção de Florença às artes. Como não ficar inspirado? 

 

Sydney, Austrália
Salzburg, Áustria
Abu Dhabi, UAE
Lisboa, Portugal

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 Lisboa! Lisboa! Lisboa!

Entre muitas outras, uma das coisas que mais gosto em Lisboa é do castiço da cidade. No fundo, Lisboa é uma aldeia. Eu sei que muitas pessoas ficam ofendidas ou acham que isso inferioriza a cidade, como se deixasse de ser menos cosmopolita. A meu ver, é precisamente o oposto. Num mundo de grandes cidades e metrópoles, arranha-céus e auto-estradas, o charme de Lisboa está nas suas ruelas, na roupa estendida ao sol e nos miúdos a jogar à bola na praça.

 

Rio de Janeiro, Brasil
Jaipur, Índia

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Nunca vou entender, todo este zum-zum à volta de Jaipur. É certo que o forte é magnífico, mas com tantas cidades na Índia incríveis, não entendo o porquê de Jaipur estar sempre na lista das mais populares e visitadas. Mesmo ali ao lado, está Udaipur que é tão, mas tão bem mais bonita! Se fizessem um filme do Aladino, seria Udaipur a cidade. De Jaipur só me recordo da confusão. Da dificuldade que foi, para conseguir quarto, comprar as viagens de comboio, relacionar-me com as pessoas ou simplesmente, visitar os locais. Das cidades na Índia que visitei foi sem dúvida, a que menos me seduziu. 

 

Lucerne, Suíça
Shanghai, China
São Francisco, EUA
Roma, Itália

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Caminhar por Roma é dar pontapés na história. Olha o Coliseu; ups, umas ruínas; aaaaaaaaah, que fonte bonita! Roma é uma capital especial, cheia de história e, tal como todas as cidades italianas, onde sempre cheira bem. Sinceramente, se me perguntarem se Roma, Veneza ou Nápoles, cheiram ao mesmo que Palermo ou Sardenha, eu direi que sim. Itália cheira bem. Cheira a comida: a pizza acabada de sair forno. A parmesão ralado. A massa a ser servida no prato. A café fresco. Desculpa Lisboa, mas Itália  também cheira bem!

 

Estocolmo, Suécia

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Quando visitei Estocolmo não estava em mim! Vinha de um Inverno rigoroso, com a noite a começar às 16h00. Meses num país de gente pouco dada a simpatias ou a sorrisos. Ir a Estocolmo em Abril, foi literalmente ver o sol. E pessoas super educadas. E giras. Ainda hoje tenho Estocolmo no coração e seique adoraria vier aqui. Não sei se pelo contexto, acabei por elevar a cidade ou se ela merece na verdade todo este meu amor. Mas eu estou convicta que sim, até porque Estocolmo comi as melhores cerejas da minha vida. Sabiam a felicidade. 

 

Bruges, Bélgica
Cartagena, Colombia


Budapeste, Hungria

budapeste, hungria.JPG

Budapeste foi sem dúvida uma surpresa. Sempre ouvi falar de Praga como sendo a mais bela cidade da Europa Central e tenho que assumir, depois de visitar Budapeste, as minhas expetativas para Praga subiram ainda mais.Budapeste é uma cidade lindíssima.

 

Valparaiso, Chile
Praga, República Checa

Em Fevereiro, logo saberei.


Edimburgo, Escócia
Busan, Coreia do Sul
Vancouver, Canadá
Cidade do México, México
Charleston, EUA
Jerusalem, Israel
Dubrovnik, Croácia
Riga, Letónia

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Riga, assim como a maioria das cidades do Báltico, têm um centro muito fofinho. Há vários edifício de Art Deco, todos de várias cores, o que confere um carisma único aos centos. Sobretudo no Inverno, quando chega a neve. O cenário fica  ainda mais mágico, em Dezembro, com as decorações natalícias. Apesar de ter vivido em Riga e ter um enorme carinho pela cidade, acho Talim, a capital da Estónia, mais bonita. A foto de cima é da Embaixada Francesa em Riga, um dos meus edifícios favoritos em Riga.


Quito, Equador
Quebec City, Canadá
Buenos Aires, Argentina
Luang Prabang, Laos

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É das cidades mais fofinhas que visitei, enquanta viajava sozinha pelo Sudeste Asiático. Um misto de vila francesa, cheia de charme, com um estilo asiático bem marcado, seja na arquitectura ou na decoração. E isto no meio de montanhas de selva pura. Bem ao lado, umas lagoas de água azul clara, densa (ver na foto acima), fazem de Laos uma cidade imperdível.

 

Viena, Austria
Isfahan, Irão

Isfahan, Iran.png

É sem dúvida uma cidade incrível. Mesmo que a cidade não o fosse, bastava a praça central, a Praça de Naqsh-e Jahan, para colocar a Isfahan na lista. Vale também a pena uma visita ás pontes do rio Zayandeh. Quando fomos chovia a potes, mas diz-se que é comum os homens encontrarem-se nas pontes e cantarem - sim, cantarem, assim e só porque sim, só porque podem. Ah e para quem torce o nariz sobre o Irão, aqui ficam umas dicas.

 

Washington, EUA
Sevilha, Espanha
Muscat, Oman

 

 

 

Cidades que eu acho que faltam aqui:

San Sebastian

San Sebastian, espanha.jpg

Situada no País Vasco, no norte de Espanha, esta é sem dúvida uma das minhas cidades favoritas. As praias são belíssimas, assim como a arquitectura da cidade. Viveria aqui, sem dúvida.

 

Coimbra

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Só porque é a minha cidade e jamais haverá para mim uma cidade tão bonita como esta.