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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Viagem pelo mundo: locais a visitar

11.01.17

Esqueçam o top do Trip Advisor, as listas do Lonely Planet ou os rankigs do Condé Nast Traveler! Esta é a verdadeira, a única e a mais espectacular lista de todos os locais que TEM MESMO de visitar antes de morrer. E "que tem esta lista de locais para visitar tão especial?" perguntam vocês - e muito bem, diga-se de passagem. Ora amigos, porque é MINHA lista de locais para ver. Feita com base na minha experiência e enorme sabedoria.  Sabem que eu nunca vos minto, não é verdade?  Vamos a isto - pelo menos para já.

 

1. Machu Picchu, Peru

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Tudo é perfeito. A caminhada da Hidroeletrica a Aguas Calientes, com uma paisagem de cortar a respiração. Fui dessas que sofreu com a altitude, onde só me faltava cuspir um pulmão (ou dois!!). No entanto, nunca me vou esquecer de chegar antes das 7h00 com tudo nebulado e de assistir ao sol a abrir em Machu Picchu. Que sítio incrível: as vistas, o verde, a arquitectura (que espertos eram os Incas). Machu Picchu é um parque aberto, ou seja, não há pressas, guias ou horários a comprar. Deu até para dormir uma sesta! Aqui, há um sentimento de profunda gratidão que nos acompanha, seja por sítios como aquele existirem e por podermos visitar-los. Acreditam que não tenho nem uma fotografia má de Machu Picchu? Mais dicas para visitar Machu Pichu AQUI.

 

 

2. Taj Mahal, Índia

 

Agra a cidade onde está o Taj Mahal, é das cidades mais feinhas que vi na vida. E não há céu azul. O Forte de Agra, outra das atracções de Agra, cheira a esgoto. Quanto à comida foi a menos boa que comi na Índia - e isso é dizer muito! Todavia, nada disso importa, porque o Taj Mahal é perfeito, quando ouvia gente que andava a viajar na Índia e que dizia que não tinha ido ao Taj, por ser demasiado turístico, juro, davam-me pena! Acho que nunca vi nada feito só pelo homem tão perfeito. Tão harmonioso. Tão simétrico. Tão bonito e tão delicado ao mesmo tempo - mais info AQUI.

 

 

3. Jemaa el-Fna, Marrocos

 

Acho impossível alguém visitar Marraquexe e não ficar completamente hipnotizado por esta praça. Eu, assumo, estava viciada! Tão vibrante, tão cheia de cor e de movimento. Aqui há cobras e macacos. Espremem-se sumos na hora. Arrancam-se dentes. Pintam-se as tatuagens henna. Há lojas de sapatos, bijuterias,tapetes,… eu sei lá! Ouve-se a mesquita. Entra-se nas souks. Havia na praça um café com uma esplanada no telhado e, sempre que dava, e a diferentes horas, passava por lá, bebia um chá e ficava a olhar. Só a olhar.

 

 

4. Capadócia, Turquia

 

Istambul está no meu coração, mas a Capadócia é algo único! Esta região tem uma geologia própria, derivada a vulcões, erosões e mais diabo a sete. Moral da história, uma areia bastante resiste, que pode ser também trabalhada e que originou a construção de casas - ainda hoje os habitantes da região o fazem, para construir anexos, garagens, etc. Desde Alexandre, o Grande que a zona é habitada. O Parque de Goreme é uma das principais atracções da Capadócia está tão bem preservado, que ainda é possível ver antigos frescos do século XIAs construções caracterizam-se pela sua forma alta e esguia, assemelhando-se a cogumelos, as tais chaminés das casas das fadas, como lhes chamam os turcos. Andar por ali é como fazer parte de um conto de fadas, apesar da aridez da região.

 

 

5. Floresta de Bambus, Japão

 

Fui tão feliz a viajar no Japão é tudo tão impressionante, que escolher apenas um sítio é uma injustiça. Só de pensar no Japão, sinto-me feliz. Lembro-me sempre do verde, tão verde, tão limpo. Parecia mesmo que alguém tinha andado a polir folha por folha. Em Kyoto, adorei a floresta dos bambus. Ainda mais alugamos uma bicicleta e foi... uma alegria. A zona é ainda muito rural, com diversas casinhas e jardins (todos zen, bem a la Japão). No entanto, é aquele aglomerado de bambus que saem do chão e parecem furar as nuvens e continuar por ali acima, que mais impressiona. LINDO!

 

 

6. Angkor, Camboja

 

No século I, um senhor declarou-se o "monarca universal”, o “deus-rei" - só para vermos que esta coisa dos espanhóis e Portugueses dividirem o mundo em dois e do rei Sol em França é brincadeira de meninos! E, foi assim, que até ao século XIV (julgo) que o Império Angkoriano cresceu. Para o recordar, ficou uma área enorme, com mais de mil ruínas e Angkor Wat, o maior templo do mundo e também considerado o maior monumento religioso do mundo - acabei de ler agora na Wikipédia. Se isto não impressiona... isso, e as gigantescas escadas que os pobres dos monges tinham de subir e descer!

 

 

7. Coliseu de Roma, Itália

Roma foi a minha primeira grande viagem, tinha eu 18 anos. Acho que também por isso, o Coliseu me impressionou tanto: que EMOÇÃO!!! Aquilo que vemos hoje do Coliseu de Roma é uma mera amostra, já que vários aros foram destruídos e todos os ouros e mármores foram pilhados é, para mim, o que torna tudo ainda mais incrível! Isso e quando pensamos em romanos, césares, lutas com leões, teatros de naufrágios, lutas de homem contra homem. Voltei lá o ano passado e continua a ser impressionante.

7 Mitos sobre viagens

26.09.16

1. Fico em Portugal, porque lá fora é tudo mais caro

Esta ideia de que Portugal é barato é um mito e tem que morrer e JÁ! Lisboa, por exemplo, já está ao preço (de supermercado e de hostel) de Paris ou Londres. O Porto está a caminho e se pensarmos que na maioria das localidades não existem opções de hostel, então, viajar em Portugal não é assim tão barato.

Ainda este Agosto, fiz férias na Costa Alentejana e paguei mais aqui numa noite, do que na minha viagem ao Japão, por exemplo. Reservar o alojamento com antecedência ajuda (muito) a quem viaja com orçamento reduzido.

 

 

2. Viajar é caro

Obviamente que o conceito de caro e barato varia de pessoa para pessoa. Mas será mesmo caro? Há muitos países bem mais baratos do que Portugal - Tailândia, Marrocos, Indonésia (só para dar alguns exemplos de países bem turísticos e a bom preço) e hoje em dia com a loucura dos voos baratos é bem, bem fácil encontrar voos a preços bem económicos. E se falarmos dentro da Europa, hoje em dia sai mais barato apanhar um voo Lisboa Londres, do que ir de Lisboa a Beja.

 

 

3. O alojamento é caro

Acredito que sim, acredito que possa ser. A questão aqui é: quanto queres gastar? E depois pensar: como posso fazer para gastar menos? Precisas menos de um hotel XPTO e de um buffet com kilos de comida?

Opta pelo Coach Surfing, uma forma gratuita e simpática de arranjar hospedagem. Ficas em casa de locais, conheces mais da loucura local e ainda fazes amigos. Eu até no Irão fiz coach surfing e fui bem, bem feliz.

 

 

4. Isso de organizar viagens não é para mim

Vamos ser honestos: agências de viagens são caras e faz todo o sentido que assim o seja. Estamos a pagar a profissionais para que nos orientem a vida: do autocarro shuttle, ao hotel; sem esquecer da comida e de um guia. Entendo perfeitamente o bom das comodidades de viajar assim; no entanto, além do preço, há coisas que se perdem! Que coisas? O espirito de aventura. A capacidade de seres TU a organizar a tua viagem, definindo os teus tempos - é tão bom, estar num sítio onde somos felizes e dizer “que se dane, fico mais uns dias!”.

Hoje em dia há tantas ferramentas online para organizar viagens: o Trip Advisor, o SkyScanner, o Booking, que fica tudo mais facilitado.

 

 

5. Não tenho companhia

Entendo, mas (e eu acredito mesmo nisso) é bom que comeces a gostar de estar contigo! Carradas de gente vai entrar e sair na tua vida, mas tu serás a única constante na tua vida… brega? Um pouco! Mas é um facto.

Além disso, de viagem nunca estamos sós. Há sempre quem meta conversa, há outros viajantes e há em nós o maior disponibilidade para falar e contactar com os outros. Hoje em dia existem também mim fóruns online e grupos de Facebook sobre viagens, onde facilmente encontras companhia. Deixa os medos e os macaquinhos no sótão e VAI! Viajar sozinho é bom!

 

 

6. Só tenho férias quando tudo é mais caro, ou seja, Agosto

Sim, na Europa, Agosto é o mês das férias, logo, o mês mais caro. Mas não no resto do mundo ;) No Brasil, por exemplo, é Inverno. E há países onde nem existem as quatro estações, ou seja, há muito para explorar.

 

 

7. Tenho filhos, viajar com putos é um inferno

Eu, sem filhos, arrisco-me aqui a levar uma tareia dos pais e mães deste mundo. No entanto, não me parece que as crianças sejam uma razão para não ir. Pelo contrários. Vejamos. Os putos adaptam-se super bem às mais variadas situações. Mesmo no Camboja há hospitais e crianças que ficam doentes. Relativamente, àquele argumento do “ai a criancinha não se vai lembrar de nada” a minha resposta é sempre: “E?”. Os pais não contam? As memórias de família?

Há cada vez mais casais a viajarem com crianças, mesmo na Índia onde há problemas com água, era comum ver casais de viajantes com os miúdos atrás. Entendo que tem de haver uma maior logística, mas sim, pode-se e deve-se fazer. As crianças agradecem.

 

 

8. Não tenho dinheiro. Viajar é um luxo e coisa de rico

Seja, porque não se tem trabalho ou se recebe pouco, é normal que viajar não seja sempre uma prioridade. Todavia, muitas vezes, custa-me ouvir pessoas dizer que querem muito fazê-lo, mas não podem, por falta de dinheiro. No final do dia, é tudo uma questão de prioridades e ter objectivos bem definidos - aqui ficam umas dicas para poupar para viajar e também sobre como poupar durante as viagens.. Acreditem, eu, infelizmente, estou tão, mas tão longe de ser rica! 

Guia para viajar na Tailânida

31.08.16

Foi há uns quatro anos que fiz a mochila e lá fui eu viajar pelo Sudeste Asiático. Na altura não tinha blogue e como desde o ano passado que parece que toda a gente quer ir e vai viajar para a Tailândia, resolvi escrever sobre a minha experiência e responder a todos de um vez, num post só.

 

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Tailândia: Quando ir?

Eu fui em Julho e Agosto, o mês das monções, ou seja das chuvas. Por aquelas bandas, não há Primavera, nem Outono, ou seja, ou chove e faz calor, ou faz calor ou faz um calor do caraças, daquele chato e húmido, bem desconfortável. As monções vão de Junho a Outubro e são meses de época baixa, o que significa menos turistas e preços mais baratos. É certo que chove (e bem), mas meus amigos o clima da Tailândia é tropical, ou seja, chove uma hora e meia hora depois já está tudo seco.  A melhor altura é entre os meses de Novembro e Fevereiro, mas as coisas são mais carotas. De Março a Maio é mesmo de evitar: CALOR!

 

 

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É caro?
Não, não é. A Tailândia é um destino barato. Há aqueles resorts fantásticos e de revista a menos de 30 euros por noite - e como tudo na vida: planear e reservar antecipadamente ajuda sempre. Todavia, sobre isso eu sei pouco. Eu sou pessoa que dorme em qualquer canto e mata baratas corajosamente e amiga do barato. Pobre.

Há quatro anos, em Pai paguei por um bungalow só para mim, com WC e uma cama de rede num terraço, 80 cêntimos. Em Bangkok, na rua dos mochileiros, Khaosan Road e sem nada reservado, consegui um quarto com casa de banho por seis euros - isto porque os mais baratos já estavam ocupados. Nos destinos paradisíacos, as ilhas do Golfo da Tailândia ou as famosas Phi Phi as coisas ficam um pouco mais caras, mas mesmo aí há mais opções de hostels e possibilidade de pagar 8 euros por noite, numa camarata com mais dez almas, por exemplo.

 

 

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Come-se bem?

Muito!. Eu comia quase sempre em restaurantes de rua, com mesas montadas no passeio, toalhas de plástico, uma cozinha ambulante montada no passeio e voilà: um delicioso Pad Thai, uma sopa quentinha, umas panquecas incríveis, uma carne beeem picante... por um euro (ou menos ou mais, o prato!). A comida de rua, não varia muito dos restaurantes, pelo que vi.

O meu critério? Cheira bem? Sim. Tem gente? Tem. Há Tailandeses a comer aqui? Há! Boooooora, se eles sobrevivem, eu também. Sem dramas, sem horrores ou indisposições e sempre feliz. Sobretudo com os sumos de fruta e a fruta vendida na rua - era incrível como a manga ou a papaia tinham outro sabor! Delícia.

 

 

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Viajar na Tailândia é difícil?

Nadinha. Há 87 mil agências, com os quais vale a pena negociar e viajar. O meu conselho é: definir uma rota, mas ser flexível, pois há sempre durante a viagem quem aconselhe o sítio A ou B ou há a vontade de passar mais dois dias de papo para o ar na praia ou a explorar a Natureza. Depois, procurem umas três agências LOACIS, informem-se e inclusive, tentem regatear um pouco. O turismo na Tailândia é.... massivo, digamos. E um dos pontos positivos é que viajar com uma agência LOCAL, sai mais em conta, além de que é mas prático.

 

 

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O que ver na Tailândia? O que fazer na Tailândia? O que visitar na Tailândia? Onde ir na Tailândia? Quantos dias?

Caaaalma. O primeiro é: do que gostas tu? As praias são lindas e a água é mesmo daquele azul. Todavia, a Tailândia é mais do que isso: há imensos templos (Budistas) para ver e onde se pode falar com os monges, aprofundar a religião, etc. No norte, a paisagem muda radicalmente. Um Brasileiro ou um Peruano, por exemplo, olham e encolhem os braços; mas um europeu, na minha opinião, não fica indiferente. Aquelas selvas tropicais, árvores enormes, folhas maiores do que eu...

Pessoalmemte, achei o Norte da Tailândia beeeem especial - e é bem mais barato do que o Sul e com menos gente! Eu visitei Chiang Mai, Chiang Rai e Pai e destas três, Chiang Mai foi a minha favorita. Todavia, foi em Pai, nos arredores, que pude explorar e dormir a selva, fazer rafting, nadar nos rios... incrível!

Se gostas de mergulho, aconselho tirar a licença de mergulhador em Ko Samui. Primeiro, porque sai mais barato na Tailândia do que em Portugal e depois porque há imensas escolas que se gerem pelos valores do turismo sustentável e nas quais se pode confiar. E, claro, o local: LINDO!!

 

 

 

Turismo e bichos

Falando em fazer bem as coisas: pelos vossos santinhos não montem em elefantes. Não vão ao Zoo fazer festinhas aos tigres, nem tirar selfies com macacos acorrentados. De uma vez por todas, não é suposto animais selvagens serem montados, fazerem truques de magia ou deixarem-se acariciar. Mais, a Tailândia tem um looongo historial de abusos de animais.

O meu local favoritos na Tailândia, foi perto de Chiang Mai e era um santuário de elefantes, que os compra aos donos que os destratam, proporcionando-lhes uma vida melhor. Aqui cada elefante tem a sua história: há-os cegos devido a agressões; coxos porque pisaram minas ou deficientes, devido a partos forçados,... No Elephant Nature Park, os elefantes andam por todo o lado, sem correntes e parecem realmente felizes! Foi aqui que descobri como são domesticados e é de uma violência extrema todo o processo, com o bicho ainda bebé a ser constantemente agredido. Sim, a tour de elefantes na Tailândia, foi possivelmente a actividade mais cara que fiz na Tailândia (e para os padrões tailândeses), cerca de 60 euros por um dia, mas valeu cada euro e é bom saber que estamos a pagar para um projecto com mérito.

 

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Turismo e crianças

É verdade que é muito difícil resistir a um puto a pedir-nos dinheiro - ainda mais, porque os putos são mesmo fofos e muitos deles até falam melhor inglês do que eu! No entanto, sejamos pragmáticos: lugar de criança é na escola. Sim, o dinheiro faz falta à família, mas quando é assim, apoiem uma ONG ou instituição(LOCAL) de apoio a menores; ofereçam-lhes uma refeição; comprem arroz, leite, fruta,... Caso contrário, será sempre mas proveitoso ter uma criança a trabalhar do que a estudar. Além disso, as crianças mentem (muitas são instruídas a fazê-lo) e nem sempre pela família, mas sim, por redes e pessoas que as exploram, ficando-lhes com o dinheiro.

 

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A Full Moon vale a pena?

Quem começa a planear uma viagem para a Tailândia, rapidamente se descobre a Full Moon Party. E "o que é a Full Moon Pary?" perguntam. Ora, mais não é que uma festa na praia. Uma festa enorme, que reúne os vários viajantes, sobretudo, mochileiros que andam a viajar pelo Sudeste Asiátic. É quase um ponto de encontro. A festa é na ilha de Ko Pha Ngan e celebra-se na noite de... Lua Cheia. É giro e é divertido, mas sinceramente não é nada do outro mundo. Ainda mais, porque uma grande parte dos viajantes que anda a mochilar na Tailândia e que vão a esta festa são gaiatos de 20 anos, alemães, canadianos, australianos, etc. que estão no seu Gap Year. E Ko Pha Ngan tem imensas festas, que se não apanhar a Full Moon, pode certamente ir à pré-Full Moon ou à Half Moon ou à New Moon - entenderam o esquema da coisa?|

 

 

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É seguro? Posso ir sozinho(a)?

Os Tailandeses são amorosos, educados e cordiais. Eu nunca senti medo e, acreditem, que eu até numa rua recta me perco. As pessoas são naturalmente curiosas e metem conversa. Além disso, há imensa gente a viajar sozinho na Tailândia e é muito fácil arranjar companhia para jantar, alguém para partilhar um tuk tuk e até para dividir a despesa do quarto do hostel. E para matar o tempo há livros para ler, passeios de bicicleta e MASSAGENS!!!!!  O pior da Tailândia é o turismo sexual - está por todo o lado, mas é ainda mais triste saber que o mais grave está entre portas, nem à vista está!

 

 

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Os países vizinhos

Além das praias UAU, o clima bom, os preços baratos, as pessoas fofinhas; a Tailândia está geograficamente bem posicionada, com o Cambodja mesmo ao lado (amei, amei) e também Laos - foi dos meus favoritos, possivelmente por ter estado muitos anos fechado a estrangeiros, é menos turístico e mais misterioso. E também mas desafiantes para um viajante. O mesmo acontece com a Birmânia. Aqui nao estive, mas parece que depois de anos de guerra civil e de instabilidade, começa a abrir portas e a receber cada vez mais turistas. E há ainda o Vietname, que não visitei por falta de tempo, mas que está na lista de países a visitar. Mover-se entre estes países é bem fácil, além de voos baratos das companhias low cost, há as viagens baratas das agências que atravessam fronteiras, seja de barco ou autocarro ou ferry ou minivan.

 

 

10 locais para visitar antes de morrer - segundo os utilizadores do TripAdvisor

17.05.16

Machu Picchu, Peru

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Sem dúvida, um dos lugares mais bonitos onde já estive! É daqueles locais que não paramos de fotografar e de admirar. Todos os angulo são perfeitos, a  construção incrível e de um beleza única - saiba mais como chegar a Machu Pichu AQUI.

Também o país merece uma visita, com praia, floresta, imensa história e uma das melhores gastronomia do mundo - sim e nã sou só eu que digo. Ainda hoje quando penso no Peru, dá-me uma saudade imensa. Fui tão feliz lá!

 

 

Grande Mesquita Sheikh Zayed
Abu Dabi, Emirados Árabes

 

Esta vai para a lista dos must see, que ainda faltam ver. Estava à procura de fotos para ilustrar o artigo eeee: minha nossa! Que beleza! A arquitectura, as formas, o branco imenso,... lindíssima!

 

 

Angkor Wat
Siem Reap, Camboja

 

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Este complexo de quase 6 km, é o maior espaço religiosos do mundo - primeiro hindu e depois budista. Dizem que são necessários três das para o explorar inteiramente. Eu, infelizmente, só pude fazer um dia e é lindíssimo.

Há partes, onde a Natureza como que domou o espaço e envolveu-o em raízes, ramos e arbustos. É sem dúvida um lugar muito especial e apesar do zumzum louco de turistas, dá perfeitamente para aproveitar o(s) dia(s) para uns passeios de bicicleta e para explorar o complexo. Um aviso já: fazem falta perninhas, pois há muitas escadas para subir e descer - e valem completamente a pena!

 

 

Basílica de São Pedro
Cidade do Vaticano, Itália

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Sabem aquele "sentimento" de que tanto se fala e que é suposto experimentar-se no Vaticano? Aquela comoção espirtual? Pois bem, fui lá duas vezes e não a senti. Sou completamente fascinada por religiões e pelas suas histórias e ensinamentos, sejam elas cristãs, muçulmanas, judaicas, etc.; mas tal como outras instituições religiosas, também a Igreja Católica me dá um pouco de alergias.

Assim sendo, aquele misticismo, aquela magia divina... sinceramente, não a senti. Mesmo assim, entendo a razão pela qual a Basílica está na lista. Arquitectonicamente é uma praça perfeita, com todo o esplendor Renascentista. Eu entendo quem vá a Roma e não veja o Papa, mas não ir ao Vaticano, independentemente de se ser crente ou não, acho que seria uma lástima.

 

 

Taj Mahal
Agra, Índia

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É daqueles sítios que sabemos que não vai ser tão perfeito como as fotos: o céu não é azul claro (culpem a poluição); as vistas estão longe de ser bonitas (para um rio sujo e para umas mesquitas bastante banais, quando comparadas com o Taj), mas mesmo assim o Taj Mahal não desilude. 

O Taj respira harmonia, é perfeito, é simétrico, é verdadeiramente apaixonante - e, acredite, eu posso ser uma cínica do pior!
Quanto a obras construídas pelo Homem, o Taj é das mais bonitas, se não a mais bonita, que já vi. Acredite, vale mesmo a pena visitar o Taj Mahal.

 


Mesquita Catedral
Córdoba, Espanha

Que vergonha: cinco anos a viver em Madrid e nunca fui a Córdoba. Agora vou ali punir-me e já volto. 

 


Catedral do Sangue Derramado
São Petersburgo, Rússia

A Rússia é outro daqueles países que me fascina e onde tenho mesmo que ir um dia. Adora toda aquela trapalhada, cheia de intrigas, da vida dos czares e desde que li Anna Karenina de Tolstoi, que sonho em viajar de comboio na Rússia - sem a parte do suicídio, obviamente. Rússia, amiga, até breve.

 


Alhambra
Granada, Espanha

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Eu tentei, juro que tentei, visitar Granada. Todavia, conseguir bilhetes para a Alhambra para ser mais difícil do que conseguir bilhetes para uma dessas coisas do futebol onde nunca há entradas e se as há, custam todas milhares. Fica aqui a dica, reserve antecipadamente se quer bilhetes para Alhambra. Uma amiga com três meses de antecedência já não conseguiu!

Granada é uma cidade lindíssima, onde se come tãooooo bem e quando lá estive, tive a oportunidade de visitar apenas os jardins de Alhambra e são de facto, muito, muito bonitos.
Perto de Madrid, existe o Palácio de Aranjuez, um dos mais bonitos que já visitei na Europa. Neste palácio, é possível visitar a sala que o Príncipe usava para fumar... que é cópia de uma divisão de Alhambra. Na altura fiquei a babar só com aquela divisão! Imaginem se pudesse ter visto tudo er em versão original.

 


Lincoln Memorial
Washington, EUA

Ui! O que se passou aqui, utilizadores do TripAdvisor? A sério que isto está no Top 10...? Ok, ok, eu nunca estive, mas depois das fotos, não fiquei louca de curiosidade. Bem, talvez indo lá. Um dia, espero!

 


Catedral de Milano
Milão, Itália

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Conta a história, que durante a II Guerra Mundial, o padre/bispo/cardeal fez um acordo para que a catedral não fosse bombardeada, devido á sua beleza e património. O trato foi respeitado e apenas uma bala fez ricochete na fachada da catedral. Bala essa, cuja marca ainda hoje se pode ver. Contaram-me esta história e não sei se é ou não verdade, mas eu gosto dela. Gosto de pensar que num mundo de guerra e ódio, há coisas tão preciosas, que ninguém ousa atacar. Se visitarem a Catedral de Milão, não deixem de subir até lá acima e apreciar as vistas.

O amor e uma cabana

29.12.15

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Para ele, não havia nada mais fácil do que ser feliz! É melhor retirar o ponto de exclamação, pois, para ele, não havia nada mais fácil do que ser feliz.
Anos antes de nos conhecermos, foi de férias com a namorada, para o mesmo local no sul de Camboja. O local para onde todos vão. Os mesmos hotéis. O mesmo sol. As mesmas pessoas. O mesmo mar. A mesma comida. Não podia dizer que não era agradável. Era.
Todavia e talvez inspirado pela ousadia dos apaixonados, sem saber como, foi dar a um lugar deserto. Uma pequena baía, com casas de pescadores, com estrada (se é que se podia chamar estrada àquilo!), a quatro metros da praia.
Como para ele, ser feliz era fácil, decidiu ali que o "amor e uma cabana eram suficientes". E eram. E foram. E são. 
Compraram uma velha casa. Restauraram. Notava-se que em cada tábua pregada havia amor. Uns quartos para receber hóspedes. Um bar. E acrescentaram uma cozinha. Umas espreguiçadeiras e já estava. Fácil. Os primeiros hospedes chegaram e sem serem precisas campanhas publicitarias, placas com setas ou fazer acordos com agencias, vários hospedes iam chegando todos os dias.


Quando eu lá cheguei, ela já tinha ido. Já ele, ele recusava-se a sair dali e a deixar de viver a felicidade. O "amor e uma cabana" existiam mesmo e ele tinha tudo para ser feliz. Um outro amor chegou: a irmã e a respectiva família. Juntos geriam o paraíso, pois também eles se tinham mudado com a ânsia de viver o paraíso no paraíso. A irmã cozinhava e levava os hóspedes com ela para a cozinha. Quando não estava ali, espreguiçava-se na areia. O cunhado arranjava aqui e ali. Pelo meio, dava passeios pela praia com as filhas. O cão também sabia que vivia no paraíso. Nunca foi enxotado dos sofás, enquanto ressonava de barriga para o ar, nem quando os hóspedes ficavam sem sítio para se sentar. Também não foi repreendido por comer as minhas sapatilhas e eu não me importei. Ele aninhava-se na minha espreguiçadeira, enquanto eu fazia a sesta, depois dos meus mergulhos. As miúdas eram as únicas obrigadas a sair do paraíso, pois iam à escola.
Soube, mais tarde, que ele tinha um acordo com os vizinhos. Outros locais e estrangeiros que vieram atrás do "amor e uma cabana" e que conspiravam contra "aqueles" que queriam invadir o paraíso com cimento e hotéis cheios de estrelas. Todos se recusavam a vender.

Eu cheguei lá, depois de conhecer umas alemãs, no meio da floresta Tailandesa, em Pai. Elas fizeram-me ir até ao fim do Camboja. E comigo foram mais três pessoas. Como não havia quartos livres, ficamos de favor, no sótão, nuns colchões e a dormir no chão. No dia seguinte concordamos em ficar lá mais um dia. E outro. E o dia seguir e o próximo. E "só" mais um. Ainda hoje, não sei como consegui ir embora dali. Onde é que eu vou agora mergulhar à meia-noite?

Viajar sozinho?

08.07.15

Cada vez são mais as pessoas que vão viajar por esse mundo fora sozinhas! Porém, viajar sozinho ainda é um bicho de sete cabeças na cabeça de muita gente! Vamos?

 

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Istambul, Turquia 

 

Ir ou não ir?

Sempre ir! A minha primeira viagem sozinha foi à Polónia. Era suposto encontrar-me com amigos, mas no último momento, não puderam ir. Depois, foi Marraquexe, porque uma amiga teve problemas com o passaporte. Mais tarde, viajei pela Tailândia e por Laos sozinha. Se nas primeiras foi por obra do acaso, a última não! Estava eu no drama vou-não-vou!-Ai-Buda-que-vou-sozinha, quando um amigo que já lá tinha estado me disse para não ser tonta e ir! E tinha razão! Ir é sempre a melhor opção!

 

 

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 Paris, França

 

Estar sozinho não é para ti?
OK, eu compreendo essa parte. Compreendo que partilhar e ter com quem falar é bom, mas a verdade é que um viajante nunca está sozinho, seja metafórica ou literalmente. Aproveita a viagem não só para conhecer outras pessoas, mas sobretudo para te conheceres melhor. É tão raro estarmos sozinhos nos dias de hoje, que nem que seja por isso, uma viagem é sempre estimulante.

 

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 Marraquexe, Marrocos

 

Como assim, vou sozinho e conheço mais gente?!
Não é frase feita, é facto! É também facto, que quando estamos acompanhados, temos tendência a fechar-nos um pouco mais. Também quem está de fora se sente menos cómodo para meter conversa, conversar ou convidar.
Claro que também depende do país - no Japão, por exemplo, não senti que fosse muito fácil socializar, mas mesmo assim aconteceu! Por vezes, até os viajantes mais solitários, têm alguma dificuldade em estar sozinhos.
E lembra-te: também tu podes meter conversa, conversar ou convidar! O não está sempre garantido e depois disso, o céu é o limite!

 

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 Bangkok, Tailândia

 

E se EU não conheço ninguém? Se comigo é diferente? E se ninguém gosta de mim? E se...!
Conheces, vais ver que sim! São cada vez mais os hostels que promovem actividades com outros viajantes. E opções de hospedagem como o AirBnb ou CoachSurfing asseguram amigos ou uma cara conhecida na hora.

 

 

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 Índia

 

Para onde ir?
O mais importante é escolher um destino onde TU TE SINTAS SEGURO! A segurança é relativa e para que nos aconteça algo só é preciso estarmos vivos, não é assim? Lembro-me que, por causa dos meus amigos Peruanos, fui para o Peru cheia de cautelas e nada aconteceu! Quando fui para a Índia, o tema das violações a mulheres (inclusive estrangeiras) era o tema do momento e mesmo ali, sempre me senti segura. O mesmo no Irão! A verdade, é que a única vez que foi assaltada, foi em Madrid!
Concordo que é importante ir-se preparado e consoante o país tomar precauções, mas mais importante é estar confiante no país que se escolhe e isso, mais do que rankings de segurança e estatísticas policiais, é uma escolha que cabe a cada um! Caso contrário, os medos e os preconceitos vão ser sempre uma barreira.

 

 

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 Budapeste, Hungria

 

Importante: estar sozinho é bom!
Essa pressão da companhia, é muitas vezes fruto da cabecinha de cada um! Ou daquilo que achamos que os outros esperam! Alguém que viaja sozinho, janta sozinho ou está na praia sozinho, não tem que ser um anti-social ou um infeliz, ok? E aprende: estar sozinho é bom!
Recordo-me que com uma amiga minha em Paris, havia coisas que fazíamos separadas, simplesmente porque tínhamos interesses diferentes - e sim, continuamos amigas e eu gosto mesmo muito dela!

 

 

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 Shiraz, Irão

 

E se me acontecesse alguma coisa?
Pois, pode acontecer e nada melhor do que ter um seguro de viagens - há-os a vários preços. Mas também ir relaxado com o tema, há sempre algum hospital e em todos os países, as pessoas ficam doentes e se curam. Contigo será igual! Umas aspirinas, um Fenistil e um Betadine são sempre bons amigos  - isso e verificar antes os cuidados a ter em cada país (vacinas, comprimidos para a malária, repelente, protector solar, etc.).

 

 

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 Perto de Luang Prabang, Laos 

 

 

Sozinho não gasto mais dinheiro?

Bem, isso é relativo! Afinal, se vais com um(a) namorado(a) também divides as despesas, assim como com amigos, não é? E, acredita, um quarto para dez pessoas sai mais barato do que um de duas pessoas. E tal como tu, há mais gente a viajar e podem sempre partilhar gastos de transporte ou até quartos. Aqui ficam umas dicas para poupares dinheiro enquanto viajas.

 

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 Cracóvia, Polónia

 

 

O meu inglês não é muito bom
Bem, tens aqui uma motivação para o melhorar! O inglês ajuda sempre, se bem que a mímica e os gestos são o melhor meio de comunicação em muitos sítios. Viajar é também uma forma de aprender idiomas, afinal, nada como ter que falar, para aprender, right?

 

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 Tóquio, Japão

 

Eu sou mulher, não é pior?
Não, nada! Primeiro, exactamente por seres mulher, que és tão capaz como qualquer homem e que ninguém te convença do contrário! E verdade seja dita, muitas vezes somos um pouco beneficiadas pelo machismo. Segue a lógica: como somos mulheres, somos mais tontas/frágeis, logo necessitamos de ajuda! Muitas vezes, o machismo expressa-se em forma de paternalismo! E pensa, só o facto de estares ali, sozinha e a viajar, já estás a mudar mentalidades! Go girl!

E sim, a vida nem sempre é boa ou fácil para uma mulher que viaja (usar lenços, evitar decotes, homens que nos passam à frente, olhares indiscretos, etc.), mas isso também nos permite conhecer mais sobre o universo feminino e respeitar (ainda mais) as mulheres por esse mundo fora! Acredita, uma mulher tem muitas vezes acesso a coisas que um homem não possui, nem que seja pela cumplicidade feminina! Senti muito isso no Irão, por exemplo.

 

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 Madrid, Espanha

 

Liberdade! Autonomia!
Sim, podes ir onde quiseres, quando quiseres! Não precisas de fazer fretes, nem esperar por ninguém! Recordo-me em Chiang Mai (Tailândia) estar à espera de umas miúdas inglesas que tinha conhecido nessa tarde, que se estavam a arranjar! Demorei meia hora para cair em mim e pensar: "Deixa-me ir mas é à minha vida!"

 

 

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 Algures no Camboja

 

O que é eu ganho em viajar sozinho?
Hora do clichés E se é cliché ,é porque tem fundo de verdade. É inevitável que não acabes a viagem com um grande sentido de confiança e de realização! Mas mais importante: é também uma viagem de auto-conhecimento, não só porque passamos mais tempo connosco e nos conhecemos melhor, mas porque diariamente nos colocamos à prova e vamos testando limites!

 

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 Praia Jumala, na Letónia

 

E sabes qual é a melhor parte?
Depois da primeira, na próxima viagem estas dúvidas desaparecem. E podes passar directamente à fase de organizar a tua viagem. Só custa começar!