Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Manual de redes sociais para pais

13.12.16

Holiday+Card+Meme.jpeg

Muita coisa é bom senso puro, outras são mesmo recomendações de quem trabalha na área, com marketing digital e redes sociais! Lembre-se uma vez online, para sempre online - além de que, tudo tem a sua consequência!

 

1. Cuidado com as fotos que publica

Que fotografias? Fotos com a farda do colégio. Fotos à porta de casa. Fotos de crianças nuas e muito mais! Os putos vão crescer, a adolescência é fodida (e os colegas de escola também) e uns anos mais tarde, os vossos filhos vão andar à procura de trabalho e, quem sabe, ser o novo Presidente da República e, aí, aquela fotografia fofinha do menino com os sapatos da mãe ou da menina no bacio, fora do contexto, pode-se converter numa outra coisa e trazer problemas.

 

 

2. “Ah e tal, mas eu só partilho com amigos”

Amigos, amigos, não sejam ingénuos. Mais de metade de vocês, aposto, que não tem nem as definições de segurança ativas no Facebook e mesmo os que têm, sabem que basta um amigo vosso não ter, que logo um outro amigo já poderá aceder às vossas coisas?! E quantos amigos não tem aquele vosso amigo que aceita tudo e todos e já vai nos dois mil amigos, apesar de só conhecer realmente um décimo?!

Quanto ao “ai e tal, eu apaguei!” vamos ver se entendemos uma coisa: uma vez publicado, algo online, para sempre online. Mesmo que apague, se alguém já viu, guardou, comentou, partilhou, etc. Isso, é o suficiente para a coisa ficar eternamente online e viva na Internet.

 

 

3. Uso indevido das (SUAS) fotografias

Além das consequências que essas fotos podem vir a ter na vida dos vossos filhos no futuro, existe outra questão importante e com a qual se deveriam preocupar: o uso indevido das imagens que publica - há muita gente má neste mundo cibernético! Será que acha giro a que alguém use uma foto do seu filho para uma campanha publicitária sem lhe pedir autorização? Ou até em esquemas de dinheiro - ou nunca recebeu aquela mensagem com a criancinha lindinha e muito doente, que ficará curada se partilhar mil vezes o email/notícia ou se conseguir muitos Likes? Há esquemas que vão mais longe e pedem dinheiro - já sei que você é muito esperto e não cai nessa, mas os que sim.

 

 

4. Tem mesmo de dizer onde está e com quem está e a fazer o quê?

mme.jpg

Já nem vou pela parte do “a quem é que isso interessa”?! No entanto, num mundo tão paranóico, onde os putos já não podem ir para a rua brincar, por que raio é que tem de dar toda a informação da sua vida? Diga apenas que está no Algarve de férias ou tem mesmo de tirar uma foto, onde se reconheça a rua e a porta de casa onde está? Obviamente, que roubar a Kardashian em Paris é 87 mil vezes mais interessante e lucrativo, mas pense bem antes de deixar os seus filhos numa situação tão vulnerável!

 

 

5. Crianças de 7 anos não têm maturidade para usar a Internet sozinhos. Nem para ter Facebook. Nem Instagram. Nem…

Comecemos pelo básico e pela lei, estes são serviços para maiores de 12 anos. No entanto, mais do que a idade, seja crítico e pense se o seu filho tem mesmo maturidade para lidar com tanta informação. Já sabemos que a sua criança é melhor e mais esperta do que todas as outras, MAS acha que ele tem mesmo idade para sugar toda a informação que existe online? É que isso implica pornografia, exposição à violência, etc. etc. Se diariamente, nós adultos, já somos expostos a um sem fim de imagens e informação, que mexem connosco, imagine uma criança! Controle ao máximo, use e abuse dos filtros e bloqueios que a Internet lhe dá.

 

6. Vigiar não é proibir

Atenção, não estou de velho de Restelo, onde os putos não podem fazer nada, porque em 1950 é que era e havia respeito. Nada disso! A tecnologia está em todo o lado e faz parte (cada vez mais) da vida. É um facto e, claro, tem 2837 mil coisas boas, sendo espectacular para entreter os miúdos e ter um pouco de paz, certo? E quem diz entreter, diz educar também.

Apenas digo que acompanhe o seu filho nesta fase. Além disso, esta é daquelas coisas em que o velho argumento dos pais encaixa como uma luva, afinal“não é por os outros terem, que tu vais ter” ou “os filhos dos outros não me interessam!”

 

 

7. Respeite a intimidade do seu filho… e deixe-o viver!

Entendo: o puto é seu, os pais é que mandam e ele come e cala. No entanto, lembre-se que a criancinha é também um ser humano com direitos e deveres. E a verdade é que tem direito à sua intimidade, ao seu espaço e a não ver/ter todos os almoços, cocós e notas escolares escarrapachadas numa rede social.

Mais, dê-lhe espaço para viver os momentos em pleno, sem cameras ou paus de selfie. Não interrompea uma brincadeira para pedir uma pose. O mesmo com o “dá lá um beijinho ao avô” que eu quero eu filmar. E, claro, os míticos vídeos, com crianças a serem filmadas enquanto são castigadas. Não será isso um pouco confuso? É suposto fazer contacto visual com quem? Com quê?

 

Novamente, as redes sociais, os blogues e a Internet são coisas fixes. É um mundo do caraças e ainda com tanto por explorar. No entanto, pais e mães deste mundo, sosseguem o periquito e deixem os putos SER. E respeitem-nos.

3 comentários

  • Imagem de perfil

    Fátima Bento 13.12.2016

    Obrigada :*
  • Imagem de perfil

    Maria vai com todos 13.12.2016

  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.