Hoje largava tudo e ia viver para a quinta
Daqui a menos de 3 semanas vou de férias. Ando com uma neura. Só penso em sol e calor (aqui não há cá disso), mariscos e feijoadas, dias sem fazer nada, a ouvir a minha avó falar das varizes e da minha mãe a queixar-se dos pássaros, que comem os morangos todos, os sacanas. Quero amigos, berreiro à mesa, abraços e parar um bocadinho.
É por isso que hoje, se pudesse, deixava tudo e comprava uma casa na quinta. Arranjava uma vaca e duas galinhas, numa casinha fofa, toda caidinha de branco e lá me entretinha a plantar flores e hortaliças - eu que até um cacto já matei - sim, um cacto. Um cacto bebé. Dizem que foi do sol. Muito sol - sol de Madrid, note-se. Paz à sua alma.
Na minha quinta, tinha uma piscina, alugava dois quartos e ao pequeno-almoço servia pão, quentinho, com manteiga - da salgada, não dessas margarinas lambidas, que não sabem a nada. Era ou não era? Bem, vou trabalhar!