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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

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Ich bein ein Berliner

 

O moço é uma jóia de senhor, mas raios o parta, quando temos que ir os dois de bicicleta saca o demo dentro dele e, sinceramente, só não o deixo e vou sozinha, porque haveria grandes possibilidades de me perder. Posto isto, aqui ficam umas coisinhas que esta paz de alma deveria considerar, quando vamos os dois de bicicleta juntos:

 

1. A nossa diferença de alturas

Ele é menino para chegar quase ao 1,90 metros e eu 1,60. Pessoas inteligentes entendem que isso implica pernas mais curtas, logo pernas que pedalam menos, logo menos velocidade. E mais, enquanto tu, meu menino, levantas a cabeça e vês logo o carro lá atrás, eu não! Eu sou baixa. Pequena. Minorca. Mínima.

 

2. As bicicletas

Como disse, sou pessoa pequena. Significa também que tenho uma bicicleta pequena. O senhor que ma vendeu, bem me queria enfiar numa maior, mas eu fiz questão de ter uma em que chego com os pezinhos ao chão, não vá o diabo tece-las. Isso significa, que há putos em Berlim com 10 anos que andam em bicicletas maiores do que a minha, mas com isso posso eu bem! No entanto, obviamente que uma bicicleta pequena também não é capaz de saltar grandes passeios ou uma volta à França... bem, capaz é, não chegará é em primeiro.

 

3. Tu vais à frente e eu atrás

Normalmente, quando vamos juntos, vais tu à frente. E está bem. Todavia há coisas que se passam pelo meio que tu não sabes: um carro, um semáforo, um peão, etc. O mundo não para, porque vamos os dois de bicicleta.

 

4. Eu sou cega

Tu sabes bem que eu sou cega (e surda, diga-se de passagem), ou seja, vejo pouca coisa à frente! Gosto que me aceites assim, tão cheia de defeito de fabrico. Mas entende, que às vezes, uma pessoa, só naquela da precaução vai mais devagarinho, ok? Sim? Pode ser? Boa? Obrigadinha!

 

5. As minhas bailarinas

Ok, eu admito que a culpa é minha. Eu sei que devia andar com sapatos em condições - isto, porque agora que chegou o calor (aleluia, aleluia), por vezes e com a transpiração as sabrinas caem-me dos pés, enquanto eu pedalo. Mas não me lixem, quantas vezes é que em Berlim uma pessoa pode andar assim? De sabrina, fofa e fresca? Daqui a nada voltam as botas e o frio, assim, que-sa-foooooooda: vou continuar a parar a bicicleta para apanhar os sapatos que me caem no chão.

 

 

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