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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Serão os Alemães melhores a educar crianças?

15.10.17

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De certeza que já aqui comentei isto: se há coisa que os alemães ou os Berliners fazem bem é educar cães e criancinhas. Todos educadinhos, pouco ou nenhum berreiro. Dá gosto.

 

Mas falemos da criançada.

Faça menos frio, frio ou muito frio, andam na rua. Numa versão de bonecos Michelin, mas na rua. Ninguém se preocupa muito se andam bem vestidinhos ou arranjadinhos. As crianças andam cómodas. As roupas bem que podiam ser dos pais e as mochilas dos tempos dos avós - juro, vejo putos a ir para a escola com modelos de mochilas que já no meu tempo seriam consideradas ultrapassadas. São crianças que ainda brincam na rua, descem escorregas sem um adulto a segurá-las e vão para a escola de bicicleta. Se vos disser que até os que andam no infantário vão de bicicleta/triciclo para a escola, asseguro-vos que não estou a mentir. Vão com os pais, mas vão. Dá-me sempre a ideia que às crianças aqui é-lhes dada a liberdade para ser crianças. Um luxo.

 

Quando comento estas coisas em Portugal, pais dizem-me “pois, eu sei que é melhor assim, mas eu não consigo” e eu dou muitas vezes a tentar que simplesmente é falta de paciência. Paciência para ensinar como se faz. Paciência para ver a criança tentar, errar e corrigir. Afinal, chegar e "fazer por" é mais fácil, mais rápido e menos arriscado. 

Muitas vezes esta falta paciência, é apresentada como um medo - “ai que o menino cai, bate a cabeça e morre” ou “ai que o menino mete isso à boca, tem veneno e morre” ou “ai que o menino apanha frio, fica constipado, logo vira pneumonia e morre”!

A minha avó aos 5 anos conseguiu que eu conseguisse parar de roer as unhas, porque me diziam que tinham veneno e eu poderia morrer. Eu aos 5 anos sabia pouca coisa da vida, mas tinha claro que não queria morrer.

A minha avó dizia a minha irmã para não se aproximar dos animais de rua, porque eles mordiam - possivelmente foi bem mais chata com ela do que comigo, para evitar que ela levasse tanto bicho moribundo lá para casa. Resultado? A minha irmã ainda hoje mal toca num bicho - seja coelho, gato ou cão.

 

Quando eu digo estas coisas em Portugal, sobre a educação na Alemanha, outra contra-resposta comum é o “mas eles são muito frios com os putos”! Oi? E isso quer dizer o quê? Quer dizer que não beijam? Quer dizer que não abraçam? Quer dizer que não amam ou exprimem amor? Qual é a relação entre promover a autonomia de uma criança e ter uma relação afectiva em modo Polo Norte?

 

Mea-culpa

Eu não tenho filhos, atirem essas pedras! Sei que há coisas que não são as melhores práticas e que se um dia os tiver, possivelmente farei: pô-lo a ver desenhos animados para me deixar em paz, dar-lhe o telemóvel para a mão para que coma e afins, mas em algumas coisas, espero ser, nem que seja só um bocadinho, mais alemã! Dar asas, espaço e espaço para que caia e se volte a levantar.

 

Para as mães que se arrependem de ter tido filhos

07.08.17

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Um dos posts mais lidos neste casa, foi um onde eu perguntava se havia alguém que já se tivesse arrependido de ter filhos.

Eu não tenho putos, penso em tê-los… um dia… lá para a frente! E há sempre duas coisas que me apoquentam: a primeira é, se tiver mais do que um, como é que gostamos dos filhos de forma igual? Afinal, também eles são pessoas, com tudo de bom e mau que isso implica.

A segunda coisa que mais me deixa nervosa é: “E se depois me arrependo?” Tenho claro que não posso enviar a criança pela cegonha para Paris de volta. E la la la, passarinhos, unicórnios e arco-íris sobre a maternidade, mas também aqui, cada criança é uma criança. E nem todas são fáceis e há putos problemáticos, fora mais 837 mil coisas menos boas associadas. Mas hoje não quero falar dos meus dramas.

 

 

Esse post que escrevi foi dos mais lidos e dos mais comentados aqui no blog, como eu dizia. Na altura, algumas mães escreveram-me sobre o assunto e o que mais me deixou triste, foi ver como se sentiam sozinhas no seu arrependimento. Acredito, que todas elas gostem muito dos seus filhos, que os ponham em primeiro lugar e que as suas crias são, certamente, os mais bem alimentados e fofinhos da escola; mas foi triste ver como tantas se sentiam sozinhas. Porque “ser boa mãe”, aliás ser a melhor mãe do mundo e “estar arrependida de ter filhos” são estados que podem coincidir numa mesma pessoa, ok?

Falamos de pessoas que se pudessem voltar atrás, não teriam filhos. Não falamos de mãe negligentes ou abusadores, ok? Claro?

 

Esta semana encontrei este artigo da Visão, a propósito do livro “Mães arrependidas” de Orna Donath, que foi agora editado pela Bertrand e resolvi partilhá-lo, a pensar nas mães arrependidas. Para que saibam, que pode acontecer, que está tudo bem e que não estão sozinhas - que me parece ser o mais importante!

 

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Aproveito para partilhar alguns testemunhos, para aqueles que não querem ler o artigo:

"Perguntou-me se eu pudesse voltar atrás... sem dúvida alguma quem não teria tido filhos. Embora eles sejam fantásticos e amorosos e as suas dádivas sejam incríveis. Não desvalorizo isso. Eles acrescentam uma dimensão à minha vida que não existiria de outro moda Mas se eu pudesse voltar atrás sem sentir culpa e todas estas obrigações? Não teria optado por este caminho.”

Debra (mãe de dois filhos entre os 10 e os 15 anos):

 

“(…) não tive um único dia na vida que fosse fácil. E eu não venho de uma família com dificuldades. Não é uma questão de dinheiro. Nunca houve um dia em que fosse fácil criar os meus filhos. Nunca.”

Erika (mãe de quatro filhos entre os 30 e os 40 anos, e também avó):

 

“"Acho que não o faria [ter filhos]. Nunca diria isto aos meus filhos, e eles sabem que faço tudo por eles (…)”

Sunny (mãe de quatro filhos, dois entre os 5 e os 10 anos, e dois entre os 10 e os 15 anos):

 

Pais e mães na Alemanha

06.04.17

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Cheguei àquela idade fo.... chata, onde invariavelmente a conversa descamba para o "ter filhos", "os filhos dos outros" ou um "quando eu tiver filhos"! Como vivo na Alemanha, a coisa vai mais longe e recai muito no "ter filhos na Alemanha", sendo o tópico mais interessante para os demais, "os Alemães enquanto pais"!

 

Obviamente que são conversas cheias de observações empíricas, até porque conheço pouca gente com filhos nesta terra. No entanto, o que mais me surpreende (e irrita um pouco, tenho que admitir) são perguntas de não-Alemães como "mas eles não são nada carinhosos, pois não?" ou "eles são muito frios, certo?" 

Quanto ao "ELES", referem-se aos Alemães, numa ideia implícita de que são com certeza péssimos pais. Vamos lá ver se entendemos uma coisa, os Alemães são fofinhos com os filhos. Dão abracinhos e beijinhos. Dão-lhes a mão e, uma grande prova de afecto a meu ver, é a paciência descomunal que têm para acompanhar os filhos em passeios de bicicleta. Falamos de putos com pernas com menos de 50 cm e lentos, muito lentos! As crianças parecem bem alimentadas e vão à escola. E, espanto!, aqui também há miúdos que berram, amuam e fazem birras!

 

Ainda assim, continuo a achar que se há algo que os Alemães fazem bem é educar cães e crianças! As principais diferenças que eu encontro, comparando com Portugal ou com Espanha, onde vivi cinco anos é que há uma noção clara de limites. Há reconhecimento e respeito do espaço do outro, da sua privacidade, do seu silêncio, etc. Algo que me parece ser incutido às crianças desde muito cedo. Apesar de já ter visto berros e birras aqui, Portugal e Espanha, ou melhor, as criancinhas de Portugal e Espanha continuam a ganhar aos pontos!

 

Outra coisa que se valoriza muito na Alemanha são as actividades ao ar livre. Mesmo se faz frio, os putos andam na rua. É comum vê.-los tipo bonecos da Michelin a saltar em poças, a mexer na terra, a ir de bicicleta (mesmo que mal caminhem) e, loucura das loucuras, a brincar na rua. Quando crianças do infantário ou da primária saem do espaço escolar para ir algum lado, não há autocarros escolares. Usam os transportes públicos. É comum vê-los no metro ou no autocarro todos felizes.

 

Isso reflecte-se também na forma de vestir. Aqui parece que ninguém liga muito a isso - aliás, em Berlim, até os adultos são relaxados! Nota-se que há muita preocupação com o conforto e às vezes é com cada combinação que "jazus"! O mesmo com coisas como os brinquedos ou mochilas. Não há muita extravagância. Já vi miúdos com mochilas de modelos tão antigos, que parecem herança paterna. Vendo isto assim, parece-me que estão no bom caminho.

Alguém por aí já se arrependeu de ter filhos?

15.02.17

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Eu que não tenho filhos, e possivelmente vou levar umas pauladas depois de escrever este artigo, pergunto a vós, mães: estão arrependidas de ter filhos? Se voltassem atrás, teriam feito o mesmo?

Atenção, não vos estou a perguntar se gostam ou não dos vossos filhos, nem a colocar em causa o amor maternal e incondicional que sentem pelas vossas crias. Podem ser (e possivelmente são) as melhores mães e sentirem-se também arrependidas. Sim, ambas as coisas andam muitas vezes de mãos dadas.

 

Recentemente, li um artigo no The Guardiam que falava disso mesmo. Mães, boas e competentes mães, com filhos saudáveis e bons alunos na escola, que se diziam arrependidas. Muitos dos testemunhos eram de mulheres que tinham planeado a gravidez, ou seja, não eram casos de “ups”!

As razões eram várias. Umas porque sentiam que a maternidade, a verdadeira, não a das redes sociais, era demasiado dura e que tinham idealizado demais a coisa. Algumas diziam que ser mãe resultava bastante aborrecido. Outras, porque não se sentiam nem mais realizadas, nem mais felizes - pelo contrário. Ou simplesmente, porque não viviam aquela realização materna, que os outros dizem ser suposto uma mãe viver. Outras, porque se sentiam sozinhas e abandonadas, com a carreira estagnada e com opções de vida mais limitadas. Quase todas sentiam falta da vida pré-filhos e das antigas rotinas. Por mais que se fale de igualdade, acabam por ser elas a ficar em casa com os filhos e também mais condicionadas em termos financeiros.

 

Sejamos objectivos, há mais de cem anos atrás, um filho era um herdeiro, mão-de-obra. Nas famílias ricas, as mães nem amamentavam as crianças e havia uma hora marcada para pais e filhos se encontrarem. Só no século XX, com a introdução dos Direitos das Crianças e muita psicologia infantil e muito marketing, é que os cachopos passaram a ser vistos de outra forma. A transformação foi tal que hoje em dia, um filho virou o centro do universo. Os pais adaptam-se á vida das crianças e deixam de ir à exposição X, porque vão antes ao aniversário do amiguinho de 3 anos, com quem o filho anda no infantário.

Cada vez mais, parece-me, os pais vêem os filhos como uma extensão deles mesmos e não como indivíduos, com personalidade e direito à sua autonomia - veja-se a relação que a maioria dos pais têm com as redes sociais, onde todas as conquistas e desenvolvimentos da criancinha são partilhados até à exaustão. A competição entre pais é feroz, com direito a definição e tudo: os helicopter parents.

Muitas das mães do artigo não se encaixam neste perfil, sentindo-se (talvez) um falhanço por isso. Daí a frustração, daí o arrependimento. Será?

 

Continuando: não será natural que uma mãe se arrependa? E um pai? Mesmo que não seja num estado permanente, como muitas das mulheres do artigo comentam, não é normal ter momentos? Tipo quando o puto passa noites sem dormir ou a miúda faz birra no supermercado, porque quer um chocolate? Ou até mesmo quando os vossos amigos vão jantar fora e vocês não podem, porque não encontraram uma ama? Ou simplesmente, porque se acabaram as viagens, porque as fraldas são caras?

Vá, contem-me tudo.

Ovários com prazo de validade

20.01.17

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Ontem fui à ginecologista fazer revisão à máquina - está tudo bem, obrigadinha, não se apoquentem. Foi a minha primeira visita à ginecologista na Alemanha - tudo muito bom, muito eficiente, sim senhora, assim vale a pena. No meio das perguntas do costume, lá vem o e “um dia vai querer ter filhos?”. Vou sim, sim senhora. Um dia. Lá para a frente. No futuro.

Ao que ela atira, com o mesmo profissionalismo como quem diz “pratique mais desporto” ou “cuidado com alimentação”, “fale com o namorado e não adie muito mais” e que ela era médica e via cada vez mais casos de mulheres gravidas depois dos 35 e que via muitas coisas. Não entrou em detalhes. Eu também não perguntei, que a ignorância às vezes é uma bênção.

 

Até a biologia nos lixa, a nós, mulheres. Até aos 20 e 30, os nossos ovários e corpos estão fofos e frescos, abertos e sedentos de reprodução. Até aos 35 a coisa ainda se tolera, mas de sobrolho franzido, seguindo-se um “olhe que depois disso, fodeu”. Putos com três olhos e tentáculos em vez de braços. Em contrapartida, os homens lá andam férteis, confiantes e é vê-los a ser aplaudidos por serem papás aos 60 anos. Ok, pelo menos disto eles não têm culpa, mas deixem-me dramatizar um pouco mais.

Esta pressão, e não falo da social, mas do corpo, chateia-me.  Saber que o meu próprio corpo não tem as vontades alinhadas com as minhas deixa-me zangada. E, sim, eu sei que a Janet Jackson foi (ou vai ser?) mãe aos 50, mas lá no fundo eu sei que o (meu) caminho não é bem por ali.

Manual de redes sociais para pais

13.12.16

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Muita coisa é bom senso puro, outras são mesmo recomendações de quem trabalha na área, com marketing digital e redes sociais! Lembre-se uma vez online, para sempre online - além de que, tudo tem a sua consequência!

 

1. Cuidado com as fotos que publica

Que fotografias? Fotos com a farda do colégio. Fotos à porta de casa. Fotos de crianças nuas e muito mais! Os putos vão crescer, a adolescência é fodida (e os colegas de escola também) e uns anos mais tarde, os vossos filhos vão andar à procura de trabalho e, quem sabe, ser o novo Presidente da República e, aí, aquela fotografia fofinha do menino com os sapatos da mãe ou da menina no bacio, fora do contexto, pode-se converter numa outra coisa e trazer problemas.

 

 

2. “Ah e tal, mas eu só partilho com amigos”

Amigos, amigos, não sejam ingénuos. Mais de metade de vocês, aposto, que não tem nem as definições de segurança ativas no Facebook e mesmo os que têm, sabem que basta um amigo vosso não ter, que logo um outro amigo já poderá aceder às vossas coisas?! E quantos amigos não tem aquele vosso amigo que aceita tudo e todos e já vai nos dois mil amigos, apesar de só conhecer realmente um décimo?!

Quanto ao “ai e tal, eu apaguei!” vamos ver se entendemos uma coisa: uma vez publicado, algo online, para sempre online. Mesmo que apague, se alguém já viu, guardou, comentou, partilhou, etc. Isso, é o suficiente para a coisa ficar eternamente online e viva na Internet.

 

 

3. Uso indevido das (SUAS) fotografias

Além das consequências que essas fotos podem vir a ter na vida dos vossos filhos no futuro, existe outra questão importante e com a qual se deveriam preocupar: o uso indevido das imagens que publica - há muita gente má neste mundo cibernético! Será que acha giro a que alguém use uma foto do seu filho para uma campanha publicitária sem lhe pedir autorização? Ou até em esquemas de dinheiro - ou nunca recebeu aquela mensagem com a criancinha lindinha e muito doente, que ficará curada se partilhar mil vezes o email/notícia ou se conseguir muitos Likes? Há esquemas que vão mais longe e pedem dinheiro - já sei que você é muito esperto e não cai nessa, mas os que sim.

 

 

4. Tem mesmo de dizer onde está e com quem está e a fazer o quê?

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Já nem vou pela parte do “a quem é que isso interessa”?! No entanto, num mundo tão paranóico, onde os putos já não podem ir para a rua brincar, por que raio é que tem de dar toda a informação da sua vida? Diga apenas que está no Algarve de férias ou tem mesmo de tirar uma foto, onde se reconheça a rua e a porta de casa onde está? Obviamente, que roubar a Kardashian em Paris é 87 mil vezes mais interessante e lucrativo, mas pense bem antes de deixar os seus filhos numa situação tão vulnerável!

 

 

5. Crianças de 7 anos não têm maturidade para usar a Internet sozinhos. Nem para ter Facebook. Nem Instagram. Nem…

Comecemos pelo básico e pela lei, estes são serviços para maiores de 12 anos. No entanto, mais do que a idade, seja crítico e pense se o seu filho tem mesmo maturidade para lidar com tanta informação. Já sabemos que a sua criança é melhor e mais esperta do que todas as outras, MAS acha que ele tem mesmo idade para sugar toda a informação que existe online? É que isso implica pornografia, exposição à violência, etc. etc. Se diariamente, nós adultos, já somos expostos a um sem fim de imagens e informação, que mexem connosco, imagine uma criança! Controle ao máximo, use e abuse dos filtros e bloqueios que a Internet lhe dá.

 

6. Vigiar não é proibir

Atenção, não estou de velho de Restelo, onde os putos não podem fazer nada, porque em 1950 é que era e havia respeito. Nada disso! A tecnologia está em todo o lado e faz parte (cada vez mais) da vida. É um facto e, claro, tem 2837 mil coisas boas, sendo espectacular para entreter os miúdos e ter um pouco de paz, certo? E quem diz entreter, diz educar também.

Apenas digo que acompanhe o seu filho nesta fase. Além disso, esta é daquelas coisas em que o velho argumento dos pais encaixa como uma luva, afinal“não é por os outros terem, que tu vais ter” ou “os filhos dos outros não me interessam!”

 

 

7. Respeite a intimidade do seu filho… e deixe-o viver!

Entendo: o puto é seu, os pais é que mandam e ele come e cala. No entanto, lembre-se que a criancinha é também um ser humano com direitos e deveres. E a verdade é que tem direito à sua intimidade, ao seu espaço e a não ver/ter todos os almoços, cocós e notas escolares escarrapachadas numa rede social.

Mais, dê-lhe espaço para viver os momentos em pleno, sem cameras ou paus de selfie. Não interrompea uma brincadeira para pedir uma pose. O mesmo com o “dá lá um beijinho ao avô” que eu quero eu filmar. E, claro, os míticos vídeos, com crianças a serem filmadas enquanto são castigadas. Não será isso um pouco confuso? É suposto fazer contacto visual com quem? Com quê?

 

Novamente, as redes sociais, os blogues e a Internet são coisas fixes. É um mundo do caraças e ainda com tanto por explorar. No entanto, pais e mães deste mundo, sosseguem o periquito e deixem os putos SER. E respeitem-nos.