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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Ora, ora, ora: vamos lá falar do flagelo das creches. Creches em apartamentos. Creches em moradias. Creches em casas. Creches onde os miúdos brincam e dormem na mesma sala. Creches sem espaço exterior.

Sobretudo este último: creches sem espaço interior, sendo que ter dois metros quadrados de varanda ou de terração NÃO conta como espaço exterior! 

 

Agora a sério, expliquem-me em que momento é que estar na rua, ao ar livre e ter contacto com a Natureza deixou de ser crucial para o desenvolvimento e crescimento de uma criança - independentemente da idade ou fase de desenvolvimento! 

“Ai aqui os meninos cantam e dançam!”, sim, ok, mas e o resto: o espaço para correr? E para cair? O sujar? O poderem gritar no exterior? Onde é que fica isso?

“Ai nós cuidamos bem dos meninos. É tudo limpinho!” Claro que sim, ninguém coloca isso em causa! Mas e onde é que se brinca apanhada e às escondidas? Onde é que estão os baloiços?

“Ai levar os meninos ao parque nem pensar, porque é uma responsabilidade!" Obviamente que é, mas não deveria fazer isso também parte do trabalho de cuidar?

 

Notem que falo de creches legais, apoiadas pelo estado e pela Segurança Social. Não me refiro nem a amas, nem à creche clandestina da vizinha, no vão de escada.

Não consigo conceber a ideia de que crescer não passe pela rua e pela natureza. Ter - e ver - crianças tão pequenas já fechadas em quatro paredes parece-me quase criminoso! A sério que isto é legal e que é assim que queremos educar futuros adultos?