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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Regressar a Portugal, ir a um festival e não organizar uma festa de Verão para estar com os amigos, nem sequer é uma hipótese. E se há uns anos atrás as festas eram todas iguais - a mesma comida, as mesmas bebidas, a mesma música - agora já não é assim. Porque também nunca foi tão fácil organizar uma festa de Verão memorável e original

 

O catering

Seja para contratar alguém que vende refeições vegetarianas pelo Facebook, seja para comprar empadas e rissóis em grupos de compra e venda ou até contratar um catering profissional, a internet abre portas a qualquer anfitrião. Se antes era preciso ter os contactos certos, agora até os negócios mais tradicionais se renderam às novas tecnologias. Adeus, sandes de pão de forma! Se quiserem caprichar muito, podem até contratar um serviço de bar (ou de café, ou de brigadeiros, ou de qualquer coisa) só para a vossa festa.

 

Contratar um DJ

E contratar um DJ para festas no Porto? Era sempre um “conhecido” de um “amigo de um amigo” que tinha posto música noutra festa. Mais uma vez, a internet abriu-nos portas. É possível encontrar DJs para festas com bons orçamentos ao procurar em websites de prestadores de serviços ou até no OLX.

 

Usar as redes sociais para o bem

Lembram-se de quando era preciso ter em conta que a Joana e a Margarida ainda estavam de férias no Algarve? Ou o primo que se ia embora no dia seguinte? Era um pesadelo coordenar tudo. As redes sociais, têm os seus defeitos, mas também ajudam MUITO!

 

Quais são as vossas dicas para organizar festas de Verão?

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Foi anunciado para o próximo OE, um desconto de 50% no IRS e outras deduções em deslocação e habitação para os emigrantes que voltem a Portugal nos próximos tempos. Além disso, foram também anunciados novos apoios às despesas tidas com a deslocação no regresso ao país e também na habitação. 

Medidas essas que serão válidas para aqueles que voltarem em 2019 e 2020.

 

Eu, emigra de anos, aqui respondo AHAHAHAHAHAHAH!

 

Obviamente que todas as medidas são boas e fofinhas, mas a sério que alguém vai voltar por pagar menos 50% de IRS?! Ainda mais quando esse valor é apenas válido para um período de de 3 a 5 anos - ainda não está definido. 

Como isto ainda não foi suficiente para me convencer a regressar a Portugal, aqui ficam as minhas sugestões. Quando viver e trabalhar em Portugal for assim, telefonem-me!

  • Salários mais altos
  • Melhores condições laborais, que eu não venho para Portugal trabalhar dez horas por dia
  • Empresas mais competitivas e mais resolutas (basicamente mais trabalho e menos senhores doutores)
  • Medidas de apoio às famílias (tipo aumento da licença maternidade e tal e tal)
  • Casas a preços que se possam pagar
  • Melhorias nos transportes públicos

 

 

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Este fim de semana era abrir as redes sociais e ver o forrobodó que ia sobre o salário da Cristina Ferreira, agora que ela vai para a Sic. Para quem não sabe (impossível), a Cristina Ferreira deixa a TVI pela Sic e vai ganhar 80 mil euros por mês. O que ao fim do ano é quase um milhão de euros.

Obviamente que num país como Portugal, onde o salário mínimo não chega aos 600 euros e onde desde funcionários da limpeza a engenheiros, muitos o recebem, 80 mil euros é muito dinheiro.

Todavia, vamos por partes e deixem-me sublinhar que não se trata aqui de discutir, nem fazer grandes elaborações sobre a Cristina Ferreira, o seu talento ou capacidades. Goste-se ou não, o nome dela já a ultrapassou e ela é hoje, em Portugal, uma marca lucrativa.

A primeira coisa a apontar é que este é um salário pago por uma empresa privada. Os privados não têm de se reger pelas regras de um público, onde o tecto salarial é, por norma, o do Presidente da República, que ronda os 5 mil euros mensais. Ou seja, a Sic, neste caso, o seu dono é livre de lhe pagar o que quer.

Inclusive, num momento em que quer a Sic, quer a TVI andam a perder audiências - um mal comum a todas as televisões do mundo. Ele é Netflix, ele é HBO, ele é, obviamente, muito menos gente colado à TV. Mesmo neste panorama, a Sic quer e pode pagar o que lhe apetece aos seus profissionais.

Obviamente que ao pagar esse valor, a Sic espera retorno. Espera maiores audiências e, com isso, extrair mais dinheiro em publicidade, por exemplo. Vejamos, a Sic é uma empresa que visa o lucro. Não é a Santa Casa. O mercado já reagiu a isso, com as acções em bolsa da Sic a subir. É a economia, filhos.

Agora se vai ou não resultar na Sic, isso só o futuro dirá. Ela tem o seu público, que não importa para onde vá, vai com ela. Será isso suficiente para a Sic voltar a ser líder? A Sic obviamente acredita que sim ou não teria investido.

 

Ainda sobre o salário de Cristina Ferreira é normal que num país como Portugal, que doa e custe a entender. Todavia, isso é também um reflexo de um país pequenino, de negócios pequeninos, exigências pequenas e mentes ainda mais pequeninas. Em vez de sermos tão críticos e estar sempre a nivelar por baixo, deveríamos fazer oposto. Ultrajante não é a Cristina Ferreira receber tanto, o ultraje é a maioria dos que vivem em Portugal receber tão pouco.

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Foto de JOSÉ COELHO/LUSA

 

 

Diz o Público que as "Queixas de racismo e xenofobia batem recordes em Portugal" e que desde que a nova lei de combate à discriminação entrou em vigor, em Setembro, foram feitas 207 queixas, que são mais do que todas as queixas de 2017. 

Obviamente que em termos de condenações, segundo Público, estas são quase inexistentes. Condenaçõe essas que se traduzem em multas, nada mais. Sendo que o valor mais alto é de 8 mil euros. De facto, sai barato ser racista em Portugal.

 

Há mais racismo e xenofobia em Portugal?

Não, simplesmente há cidadãos mais informados, conscientes e que não estão para aturar as m****s dos outros e fazem valer os seus direitos.

Porque, que há racismo e xenofobia em Portugal, disso não há dúvidas. Basta pensar num país com uma população tão diversa como Portugal, quantos jornalistas ciganos existem? Ou deputados negros? Ou presidentes da junta de origem indiana? Ou actores chineses? Ou donos de empresas romenos?

 

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Da Índia ou se gosta e se quer voltar ou não. Não acho possível haver meios termos, indecisos ou encolher de ombros. A Índia, mais do que um país, é um continente! De uma região para a outra, tudo muda: muda o idioma, o clima, as tradições, a forma de vestir e até a religião!

Quem vai viajar na Índia, tem de se preparar mentalmente para a pobreza, os maus cheiros, a sujidade, o caos, o barulho infernal ou o trânsito sem fim. Quem vai viajar na Índia, tem de se preparar mentalmente para  o colorido das ruas, uma das melhores comidas do mundo, a simpatia das pessoas e para um país de imensa beleza. É a terra do Bollywood, dos saris coloridos, do Hinduísmo e eu quero muito voltar, sobretudo para explorar o Rajistão.

 

Índia: Quando ir?

O clima na Índia varia muito entre as vária regiões. De um modo geral, os meses de Novembro e Abril são os melhores para viajar, pois corresponde ao inverno Indiano - e, sim, o Inverno é bom, pois o Verão na Índia corresponde àquele calor chato e húmido! No entanto,em Goa ou Kerala, há sempre calor e como o clima aqui é seco, as monções (chuvas) não são comuns. O período de monções na Índia vai de Junho a Setembro. 

 

 

Índia: Como viajar? Como são os transportes na Índia?

 

Acho que qualquer pessoa pode passar horas (a serio, horas!!) a olhar para uma estrada, pois é impossível cansar-se! Pessoas e mais pessoas, que se misturam com carros, tuk-tuk, motas, riquexós, bicicletas, cavalos, autocarros, táxis, burros, cavalos, carroças… e vacas - sim, aquela história das vacas serem sagradas na Índia e de andarem por todo o lado, corresponde à verdade! Os cães são muito maltratados e enquanto para nós, o cavalo é visto como um animal nobre, aqui é mero bicho de carga. E, sejamos honestos, uma família que usa um cavalo, em vez de um carro, por exemplo, tem prioridades económicas! Ou seja, alimentar os filhos será bem mais importante, que cuidar (bem) dos animais.Voltemos aos transportes. 

 

Na cidade

Nas cidades, o mais comum é usar tuk-tuk. Um conselho: negociar SEMPRE o preço antes de subir. Algo que ajuda muito, é criar empatia com o condutor e abrir o jogo. Passo a explicar. A Índia é uma teia comercial, como um polvo, onde todos são familiares e as negociatas são o prato do dia. Um condutor que leve uma pessoa a uma loja ganha comissão; se a pessoa compra, ganha um pouco mais… moral da história: usem isso a vosso favor. Imensas vezes, eu  barata dizia: “Ok, eu vou, entro na loja, MAS não compro nada” e com isso ganhava uma viagem mais barata! 

Em viagem, devemo-nos sempre lembrar de que uns euros a mais ou a menos fazem toda a diferença, quer para os local, mas também para quem viaja. No entanto, isso não significa que devemos aceitar todos os preços, sem regatear! Na Índia é comum um estrangeiro pagar mais do que a um local, mesmo em museus!

 

Voos domésticos na Índia:

Para viajar na Índia, existem várias companhias com voos domésticos e a bons preços. Sobretudo, para quem viaja com pouco tempo esta é uma boa opção - eu fiz uns quantos e nunca tive problemas. Importante: façam-se acompanhar pelo cartão (de crédito ou débito) com que compraram o voo. Como há muitas burlas com cartões por vezes, há que apresentá-lo no momento do check in.

 

O comboio na Índia:

Numa palavra: espectacular! Impecável! Pontual, com uma rede extensa e bem barato. Os Indianos viajam muito dentro do próprio país, sobretudo para visitar a família e durante as várias celebrações. Por norma, quanto maior a viagem, mais barato é o bilhete.

Existem três classes e por norma, a 1ª Classe está sempre cheia e tem de reservar com bastante antecedência - não me perguntem como é, porque nunca entrei. A 3ª Classe, segundo me disseram, é tipo "tudo ao molho e fé em Deus". Eu só viajei na 2ª Classe, não porque fizesse questão, mas porque na hora de comprar os bilhetes, era onde me metiam e eu não piava  Na 2ª Classe há lugares marcados, mas os bancos são corridos, tipo sofá, sem divisórias. Na hora de dormir, viram beliche. Como as viagens são longas, é normal os Indianos levarem comida - faça o mesmo. Leve comida sem vergonhas, porque os Indianos superam até aqueles Portugueses que fazem picnics à beira da estrada, com garrafões de vinho e comida para uma semana!

Para comprar os bilhetes, deve dirigir-se à estação e, por norma, há uma fila só para comprar bilhetes em inglês. Leve consigo umas fotocopias do passaporte, pois o processo é bem burocrático! Tente também comprar todos os bilhetes de uma só vez - o que implica planear a viagem MUITO bem e com antecedência. 

 

Na Índia, muitas famílias dormem na estação, enquanto esperam o próximo comboio. Aliás,as estações são um mundo: de gente, de cor, cheiros, mas também de pedintes e, é um facto, de ladrões. Olho aberto! 

 

 

A Índia é cara?

 

Não, não é! Apesar de ser uma das mais sólidas economias mundiais, existem graves problemas de desigualdades e falar de pobres na Índia, não é o mesmo que falar de pobres em Portugal. Apesar de ser ilegal, o sistema de castas continua a prevalecer e continua a haver uma forte preferência pelo sexo masculino. 

 

 

Índia: Onde dormir?

Há muitas, muitas opções de hospedagem na Índia. E encontrar sítios baratos é bem fácil e pode fazê-lo tranquilamente através de sites como o Booking ou o Hostel World. Por norma, há saída do comboio há um mundo de gente a querer impingir 2387 mil sítios onde ficar. Como as cidades são grandes, aconselho a ter um hostel/hotel/o em mente ou, pelo menos, definir previamente a zona onde quer ficar, tendo em conta o seu orçamento - há quartos por menos de 5 euros e há hotéis de sonho, sim, bem mais caros! Peça sempre para ver o quarto antes de pagar. Regateie sempre e ver três ou quatro quartos mais, é também algo que deve fazer. Cada um de nós tem coisas que considera o “mínimo e o essencial”: uma janela, água quente, lençóis limpos,… Em momentos de desespero, porque os há, lembre-se, encontrar alojamento na índia faz também parte da aventura!

 

 

A comida na índia é boa?

Ai amigos, se é! O meu homem diz que tenho estômago de aço e talvez tenha razão. Passei a vida a comer em restaurantes em plena rua e em sítios de higiene bastante suspeitisa; e sempre impecável! Basicamente, o meu critério é: há locais a comer? Há mais do que três pessoas? Então, vamos! Se eles sobrevivem, nós também. A comida é, obviamente picante, peçam sempre sem picante nenhum, que assim só pica um bocadinho ;)  Quanto à água, bebia sempre engarrafada. Em alguns sítios, até para lavar os dentes usava a água da garrafa, porque a da torneira sabia tão mal, que nem a pasta de dentes tirava a sensação.  Aqui ficam mais algumas dicas para comer na India, que vão gostar!

 

 

O que ver na Índia? O que visitar na Índia? Onde ir na Índia? O que fazer na Índia? Locais inperdiveis na Índia? O melhor da Índia?

Há tantos locais, palácios, museus, natureza, monumentos,… que ver tudo há primeira, é complicado. Estes foram os locais que eu visitei, durante quase um mês que estive a viajar na Índia.

 

 

Varanasi: Varanasi é tipo a Fátima lá do sítio. Por causa do rio Gangues, Ganges ou Ganga, milhares de pessoas visitam a cidade todos os anos. Ou seja, se há muita gente, há caos, sujidade, pedintes - sobretudo velhinhas viúvas, etc. Morrer em aqui é um privilegio e não se espante se no seu hotel/hostel em Varanasi, existirem famílias que aqui vivem, literalmente à espera que o familiar morra. Todos os dias há cerimonias junto ao rio e atravessar o rio de barco, só mesmo se fizer bom tempo, fora isso, é um pouco suicídio - a corrente é forte e o rio denso. Ainda assim, se fizer bom tempo, um passeio de barco pelo Ganges para ver o sol nascer tem de ser qualquer coisinha muito boa! Fiquei com pena de não o fazer, mas tinha havido tempestade, nem os indianos se aventuravam.

Pareparem-se também, porque verdade seja dita, o Ganges é muito, muito sujinho - os Indianos insistem em dizer que não, que o Ganges está só "doente"! Nos arredores há uns jardins budistas bonitos, a cidade tem muito por onde explorar, com macaquinhos por todo o lado e, digo eu, quem sobrevive a Varanasi na Índia, aguenta tudo. 

Eu fiquei numa pensão incrível e a melhor comida indiana que comi na vida, comia-a aqui - quase sempre regressava ao hostel, só para puder comer aqui.

 

 

Agra: a cidade do Taj Mahal: Primeira coisa, TÊM e DEVEM visitar o Taj Mahal! É dos monumentos mais bonitos, mais perfeitos e harmoniosos que eu já vi! Conheci alguns viajantes que “passavam” o Taj, porque diziam “era muito turístico”! Sim, é, obviamente que é! No entanto, ainda hoje quando penso no que elas perderam, quase me dá pena dessas pessoas! Entenderam: ver oTaj Mahal é essencial.

Fora isso, Agra tem um forte, onde não entrei, porque pediam muito dinheiro e, sinceramente, não tinha vontade de pagar um dinheirão por um forte, onde a água cheirava a ovo podre de tão suja que estava! Sinceramente, vão ao Taj e vão-se embora.

 

Jaipur: O forte é verdadeiramente incrível, mas acho que foi das cidades na Índia que me deu menos prazer. Achei as pessoas muito metidas e até mais agressivas - houve um grupo de estudantes adolescentes, que num momento estava a tirar fotos connosco e no seguinte, a atirar-nos coisas! Valeu-nos, quando já estamos a desesperar, um condutor de tuk tuk , que se apresentou como “Beautiful” e que nos levou a imensos sítios, como os palácios aquáticos das redondezas, fábricas de prata e de encharpes - ele sabia que nunca íamos comprar nada e obviamente que no final levou uma boa gorjeta, mas passamos um dia feliz com ele. Ele até nos deixou conduzir o tuk tuk e ainda nos apresentou à família. Como dizia, abram o jogo com as pessoas e deixem-se ir! 

 

 

Udaipur: Foi das minhas cidades favoritas. Conhecida como a cidade do Adelino, é fácil acreditar que ele poderia ter vivido aqui! Udaipur está cheia de palácios, rodeada de água e, como é mais pequena (para as dimensões indianas), é mais tranquila! Sentia-me muito confortável e as pessoas convidavam-nos para tudo: cerimonias nos templos (às quais fomos); casamentos (onde também fomos) ou simplesmente a beber chá e a falar da aura. Muito bom.

 

 

Goa: Em Vasco da Gama vimos pouco, porque nos metemos logo em uma, duas e três mini-vans, ao bom estilo “tudo ao molho e fé em deus”, para chegar a umas praias no norte de Goa, em Arambol. Lindíssimo, uma paz, praias desertas… e aquele pôr-do-sol! Depois, fomos a Pangim, que dizem ser a cidade mais portuguesa da Índia… o que é bem capaz de ser verdade, pois até feijoada havia e, no fim da avenida, lá estava a igreja! Em Goa, os mais velhos ainda falam português e possuem até nacionalidade Portuguesa. Mesmo os habitantes continuam a identificarem-se como Goeses e não como indianos. Aqui, por favor, comam bebinca, um bolo de camadas…. delicioso!

 

 

Kerala: Esta região no sul da índia é sobretudo conhecida pelos campos de chá… e apesar da pobreza, vale a pena alugar um carro e explorar, pois é algo verdadeiramente deslumbrante! E, claro, pela imensa costa e aldeias de pescadores. Gostei muito.

 

 

Delhi: O primeiro erro que fizemos, foi ir pelo nome e ficar em Old Deli, "ah e tal é antigo", pois, antigo é a cair de podre. Depois, achávamos que já tínhamos visto tudo, mas Deli, a capital é outro mundo: mais veloz e mais caótico... e mais extremo! Além disso, apanhamos o Diwali, que é tipo o Natal hindu. Agora imaginem-se a caminhar nas ruas, como quem anda na véspera de Natal no Colombo... entenderam o esquema?

 

 

E ser mulher e viajar na Índia, como é?

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Não sejamos hipócritas, a Índia é um país, onde as meninas são preteridas à nascença, os feminicídios são comuns, assim como casos de violações, onde os culpados, muitas vezes, nem chegam a tribunal. Resumindo: ser mulher na índia é uma merda. Recomenda-se roupinha um pouco mais composta e tapadinha, não porque seja lei; mas porque te sentirás, caso sejas mulher, mais confortável. Há olhares, umas mãos que roçam e até comentários. Eu senti-me segura, mas por exemplo à noite, não me aventurava por ruas sem luz. 

E muitas vezes o machismo funciona de outra forma, já que muitos homens tomam por principio que somos parvinhas, a precisarem de salvação. Nestes casos, tirem partido disso, seja para arranjar uma boleia ou para que alguém vos compre os bilhetes, passando à frente dos restantes. Quando a coisa não cheira bem ou simplesmente estão desconfortáveis, virem as costas e vão-se embora, afinal não têm que dar justificações a ninguém. 

 

 

É fácil viajar sozinho na Índia?

 

Sinceramente, acho que sim - eu não o fiz, mas conheci viajantes solitários e estavam contentes. Quando precisavam, colavam-se a alguém e a coisa funcionava. Os Indianos são também muito afectuosos com os estrangeiros, gostam de meter conversa e acho que na Índia, estar sozinho é uma missão impossível. E viajar sozinho tem muitas coisas boas!

 

 

Então, achas que as pessoas na Índia são simpáticas?

 

Sinceramente, acho. Além disso, são extremamente curiosas e sempre ansiosas por meter conversa e perguntam, sem pudores, quanto é o nosso salário. Gostam de comparar e de saber mais. Nós fomos convidadas a um casamento, fizemos amigos no comboio, conhecemos gente que nos abordava espontaneamente e nos recomendava ir ao sitio A e B ou a aproveitar o horário gratuito do monumento Y. Sem queixas.

 

 

Ou seja, na Índia não há coisas más?

Claro que há! E muitas! Como disse antes, vêem-se coisas que não deveriam existir neste mundo. Quando fui para a índia há três anos, houve um caso de violação de uma jovem num autocarro, que se tornou mega mediático - super recomendo este documentário. Todos os dias os meus amigos me falavam disso,, enviavam noticias horríveis de acontecimentos similares. Quando cheguei, admito, estava muito ansiosa. Cheguei a Deli e calor, calor. Apanhei voo para Varanasi no mesmo dia e foi um choque tremendo. Podem-nos contar mil coisas, ler mil textos, ver mil filmes…. na hora da verdade, quando vemos com os nossos olhos crianças ou idosos a mendigar e mal alimentadas; cheiramos a latrina nas ruas ou caminhamos na sujidade, tudo mudo em nós! Não digo que nos tornam melhores pessoas, atenção. Tornamo-nos mais conscientes do mundo. É por isso que digo que se ama ou se odeia a Índia. O país, obriga-nos a um extremo e intenso exame de auto-consciência, em que diariamente vamos confrontando a nossa vida e escolhas. Mas no meio disto tudo, há mil cores, sorrisos, cheiros e uma amabilidade incrível. VAI!

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Por que será que sempre que sai uma nova história que implica padres e abuso de menores a dinâmica é sempre a mesma?

Padres abusam de menores, encontram forma de os silenciar. O caso descobre-se. Padres encobrem padres - sendo que na loucura, o maior castigo é movê-los para outra paróquia. Aanos e décadas depois, a história sai a público - quando sai! O Vaticano cala-se. E quanfo fala, censura e pede desculpa. E logo mais padres pedem desculpa.

Com mais ou menos atenuantes, a rotina é esta.

Até quando?

O novo escândalo é agora na Pensilvánia, nos Estados Unidos, onde se provou que durante mais de 70 anos (sete décadas senhores!), mais de 300 padres abusaram de mais de mil menores. A Igreja sabia. A Igreja encobriu. Já ninguém se choca, já ninguém se surpreende.

A nvestigação durou dois anos e começou quando um senhor de 60 anos, relatou os abusos de que foi alvo quando era menor. Agora, que os casos foram provados, ainda que muitos foram prescritos, outros continuam em silêncio, já para não falar das muitas vítimas que faleceram - e padres culpados também. A Igreja Católica terá de pagar mais de mil milhões de dólares de indemnizações a mais de 1800 vítimas de abusos dos últimos 15 anos - o que convenhamos, para a Igreja são esmolas.

 

 

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Há cerca de meia hora que o homem me disse “a Aretha está no hospital muito mal”. E, agora, acabo de ler que ela morreu. Passei a última hora a escutá-la.

Entre as minhas cantoras favoritas de todos o sempre e tempo estão a Elis Regina e a Billie Holiday, porque mais que cantoras, eram também interpretes. Elas cantavam e viviam aquilo. As interpretações eram mesmo dramáticas, trabalhadas, cheia de sentimeno! Acredito que além de um talento especial, são cantoras que foram marcadas pela sua história de vida e que conseguiam trazer essa emoção quando cantavam - ainda conseguem, mesmo depois de mortas.

Para mim, a Aretha Franklin encontra-se também neste grupo.

Um grupo de mulheres cantoras, com um voz incrível, uma presença e um carisma únicos e com uma capacidade de interpretação fora do comum.

Tudo isto, reforçado ou marcado por historias de vida únicas. No caso da Aretha Franklin, ela cantava desde a adolescência. Era do tempo em que brancos e negros não usavam nem a mesma casa de banho. E nem mesmo ela, se livrou das mãos de um marido/agente violento e abusivo. Ou da depressão.

Posso estar errada, mas acho que não há mais cantoras assim como ela. Ela fecha a porta e não há nada mais que se compare. Porque. Sem grandes luzes ou fogos de artificio. E isso hoje em dia seria impensável!

 

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Adooooooro o Orange is the new black! È divertido, mas actual e sempre com temas contemporâneos. Fala de feminismo, racismo, privilégios e sexualidade. Conta as histórias, de forma humana, de mulheres. Umas a quem a sorte lixou a vida, outras pelas más decisões, outras pelos contextos de vida. Ou seja, de mulheres. Todas e cada uma de nós, nos podemos facilmente rever nas personagens e nas suas histórias.

Não se trata de ser coitadinhas, mas sim de explicar como, de facto, um deslize, a falta de sorte, uma má decisão e outras coisas às quais damos tão pouco valor nos podem mudar a vida. E, claro, como a vida dentro da prisão também faz mudar quem lá está.

 

Por isso, gosto tanto dos momentos em que contam o passado das personagens. Adoro que haja personagens odiosas, pois até elas têm um "quê" de humano. A última temporada foi a mais fraquinha, mas é a bater palminhas que inicio a próxima. Vou para o episódio 7, já se falou do Black Lives Matter e isto agora vai MESMO ficar interessante.

 

Ainda assim, o meu desabafo é para a Pipper, a personagem principal!

A personagem mais chata, mais fútil, mais superficial, mais desinteressante do OITNB!

Custa-me ver como nos anúncios promocionais ela é ainda apresentada como se fosse personagem principal. Como se, LITERALMENTE, todas as outras personagens não fossem mil vezes mais interessantes. A Pipper tem de ser a personagem principal mais chata da histórias das personagens principais em TV. Dá-me fastio! Cansa-me. Ponham-na em liberdade!

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Foto DN

 

A semana passada, a Grécia lembrou-nos a todos a tragédia dos incêndios que ocorreram no ano passado em Portugal! Foi desolador ver as imagens, porque além da tristeza daquela gente, também nos são próximas e tocam na pele.

Houve até quem achasse que era bom um bom momento para fazer politiquice e mandar bocas para o alto. Entretanto, o verão a sério, o calor a sério, o "este é o dia mais quente dos últimos 2830239 anos" chegaram a sério e em força, e com eles, começaram os incêndios.

Muita força Portimão!

E, esperemos todos, que as coisas tenham melhorado, no que toca à organização e coordenação dos meios, assim como dos recursos. E que desta vez não seja melhorar um bocadinho. Que seja um fazer bem as coisas! De vez.