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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Ontem, andava tudo indignado! "Ai nossa Senhora k-Os Maias vão deixar de ser de leitura obrigatória no secundário! Ai a língua! Ai o Eça"

Possivelmente, estes são os mesmos que só leram o resumo da coisa quando andavam na escola! Mas vamos por partes! Comecemos por um, pessoas, já o deixou de ser - há muito! Isto, porque agora os professores podiam optar pel' Os Maias ou pel' A Ilustre Casa de Ramires. Assim que respirem! O Eça não está a dar voltas na tumba!

Além disso, a ideia é que professores e alunos escolham as obras que vão estudar. Muito válido, na minha opinião. Ou seja, Eça continua lá, forte, mas os professores e alunos poderão optar por outra obra. E o mesmo com as obras a estudar de Almeida Garrett, de Camilo Castelo Branco e outros senhores.

Assim que RESPIREM!

 

E já agora, porquê só ler autores portugueses?

Nas escolas francesas, italianas ou ingleses é comum estudar-se os grandes escritores e obras, não olhando à nacionalidade, mas sim ao génio, impacto da obra, etc. Isto é algo que deveria acontecer também em Portugal, na minha opinião. Abre os olhos, as vistas e alarga horizontes.

Em Portugal, sem ser um Jorge Amado, não se estudam autores estrangeiros e acho que só teríamos todos a ganhar com um pouco mais de Homero, Shakespeare, Dante, Vitor Hugo, Machado de Assis, Charles Dickens, Tolstoi ou Mia Couto (entre tantos outros) na nossa formação.

Pearl Jam.png

 

Querido Nuno Miguel,

tu não me conheces, mas no sábado passado, lá estávamos nós, em Algés, à espera dos Pearl Jam. Tudo ia bem, tinhas todo o potencial para ser-me totalmente indiferente, até que... começou o concerto! E aí, foi todo um mundo de comichões e nervosinho que me provocaste, quase a roçar a urticária!

Não sei contabilizar quanto tempo, Nuno Miguel. Talvez tenham sido os primeiros vinte minutos de concerto, talvez mais! E o que é que fizeste tu, Nuno Miguel? 

 

Stories e mais stories e mais stories no Facebook!

 

Sim, foste um desses idiotas que optou por gravar um concerto, em vez de o aproveitar! É triste! Mais triste ainda quando a p***a da tua câmara, me tapou a vista durante esses bons 20 minutos!

Eu não espero tratamento VIP! Nem me acho esquisita! O senhor que passou o concerto a cantar desafinadamente ao meu lado, não me aborreceu. Nem o grupo de altões ao moche mais à frente. É um concerto, faz parte. Saltos, empurrões, cantares desafinados, enfim! Digo-te isto, Nuno Miguel, para que vejas que não esquisita, nem chatinha ou queixinhas! Aliás, eu tolero uma foto ou outra e até um vídeo num momento especial! Mas gravar tudo?! TUDO?

 

A minha questão é: para quê, pá?

Aliás, para quem, pá? A sério, a quem é que interessam os teus vídeos? 

Aos teus amigos? Que vejam pela TV, que a qualidade é mil vezes melhor! Aliás, no YouTube o que não faltam são bons vídeos de concertos... Há também DVDs à venda, sabias? É que ainda mais, Nuno Miguel, as tuas qualidades de realizador deixam muuuuito a desejar! Assim como a qualidade da imagem do teu telemóvel! Dava dó! O mais triste ainda era a tua (falta de) habilidade para manejar o telemóvel!

Foi assim que descobri que te chamavas Nuno Miguel! Aliás, sei também o teu apelido e vi as tuas fotos de Facebook, assim como outras informações do teu perfil. A minha vontade, durante aqueles primeiros 20 minutos de concerto, foi a de te mandar uma mensagem e escrever-te no mural do Facebook: "LARGA ESSA MERDA!"

Larga e ouve e dança e aproveita e vive a coisa!

 

Menos mal que passados 20 minutos ficaste sem bateria.

Menos mal que passados 20 minutos ficaste sem bateria e te foste embora carregar o telemóvel.

Menos mal que passados 20 minutos ficaste sem bateria e te foste embora carregar o telemóvel e saíste para ir buscar o carregador.

Menos mal que passados 20 minutos ficaste sem bateria e te foste embora carregar o telemóvel e saíste para ir buscar o carregador e nunca mais voltaste!

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Lisboa quer ser capital Verde em 2020 - vamo-nos rir um bocadinho? Falamos de uma cidade, onde os transportes públicos são uma anedota (a sério, três carruagens no metro de Lisboa?) e onde todos andam de carro! 

Quem diz carro, diz o próprio ou Uber ou táxi.

Claramente em Lisboa, não se anda a pé!

 

Lisboa agora tem ciclovias e deixem-me que vos diga, são bem catitas. Estão bem iluminadas, amplas. Uma maravilha! O que lhes falta são ciclistas. 

A resposta, com ligeiras variações, é um: "Isto é tudo a subir e a descer!"

Pois bem para quem ainda não percebeu, fica a mensagem: AS GIRA (as bicicletas públicasde Lisboa) SÃO ELÉCTRICAS, pá!

 

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Obviamente que é em Lisboa que estão os restaurantes mais cool e mais in. É também a cidade com maior (e possivelmente melhor) oferta de restaurantes internacionais, mas desculpem-me a honestidade: Lisboa não sabe comer bem.

Não se ofendam.

A comida é boa, mas falta a Lisboa aquilo que há no resto do país. 

Na Régua, todos sabem que arroz no forno bom é (ou era) o do Gato Preto, porque queimavam um bocadinho na base. No Porto, consoante o gosto de cada um, até se anda a batatada pela melhor francesinha e em Lisboa é muito óbvio quais as melhores pastelarias.

Em Lisboa, comer bacalhau no A ou B não difere muito. É sempre bom, mas falta-lhe o toque.

E agora que Lisboa está cheia de Padarias Portuguesas, faltam-lhe as pastelarias. Bolinhos bons. Não mais ou menos. Não bons. Falo de bolinhos bons. Aqueles que nos fazem deslocar até ao local e andar mais meia hora, só para comer o bolinho bom.

E que porra é esta, que não há nenhum sítio que me faça um croissant prensado com queijo? "E dos mais branquinhos, por favor" acrescentaria eu se estivesse a pedir um em Coimbra, na Arco-Íris?! Raios!

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e senhores!

 

Tenho duas coisinhas para vos dizer:

1) É "boa tarde", não "Good afternoon"

 

2) Deslarguem-me! Ou deslarguem-nos. Que mania agora é esta de andar a seguir os clientes?! Eu, quando entro numa loja, tenho por objectivo comprar. Sou adulta e sei escolher o que quero!

Entendo que perguntem se eu quero uma ajudinha, mas depois deixem-me andar. Nas lojas de Lisboa, sinto sempre que ando a jogar ao gato e ao rato! Há sempre alguém atrás ou que, antecipando os meus movimentos, aparece mais à frente, na coluna ou na esquina! Sempre de olho aberto! Raios - oh, vai-se a ver e eu tenho pinta de bandida e não sei!

Sei que muitas vezes é o patrão que manda e obriga a este tipo de abordagem. Pois bem, digam-lhe que não funciona. Aliás, funciona: é ver-me a ir embora enquanto o diabo esfrega um olho!