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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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20 Abr, 2018

Leve Como Uma Pena

Que coisa tão, mas tão maravilhosa! Bacalhau a presidente - mas a cantar! Sempre!

 

Leve Como Uma Pena
Ana Bacalhau
Letra e Música: Jorge Cruz


E olha ao longe a praia
O bote aguentou
Bom vento sopra forte
Que é pra lá que eu vou

Formosa e segura
Venha quem vier
Finalmente livre
Sem nada a temer

Uns dizem que não posso
Outros que não sou capaz
Se aprovam ou reprovam
A mim tanto faz

Passou a tempestade
O momento chegou
É hora
De mostrar quem eu sou

Até podem rogar-me pragas
Ou lançar-me às feras
Insistirem em encaixar
Onde eu não couber
Já não vou ficar mais pequena
Podem atar meu mundo à perna
Para me ver aos tombos
E apoiar-se nos meus ombros
Que eu sinto-me leve
Leve como uma pena

O medo atrapalha
A ilusão confunde
A obra boquiabre
Aboca meio mundo

E se o que eu for, for feito
E o que eu fizer for meu
Pode não ser perfeito
Mas há de ser eu

Cairam rios de chuva
O vento uivou lá fora
A pouco e pouco o temporal
Foi acalmando agora
Já só falta uma nuvem
Para o sol brilhar
É hora de por isto a andar

Até podem rogar-me pragas
Ou lançar-me às feras
Insistirem em encaixar
Onde eu não couber
Já não vou ficar mais pequena
Podem atar meu mundo à perna
Para me ver aos tombos
E apoiar-se nos meus ombros
Que eu sinto-me leve
Leve como uma pena

Dias e dias
Carregando um fardo
Que afinal não era meu
À procura de uma resposta

E a resposta
A resposta
Pelos vistos
A resposta sou eu

Até podem rogar-me pragas
Ou lançar-me às feras
Insistirem em encaixar
Onde eu não couber
Já não vou ficar mais pequena
Podem atar meu mundo à perna
Para me ver aos tombos
E apoiar-se nos meus ombros
Que eu sinto-me leve
Leve como uma pena

Leve, leve
Olha agora sinto-me leve
Leve, leve, leve
Como uma pena
Leve, leve
Olha agora sinto-me leve
Leve, leve
Leve como uma pena

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socrates-sic.png

 

Para inicio de conversa, acho que o Socrates é culpado, culpadinho! Esperem, não vá este blog (de enorme difusão e popularidade nacional) ser acusado de difamação ao senhor: acho que o Sócrates é alegadamente culpado, culpadinho! 

Culpado, culpadinho de novo-riquismo, de parolice e uma certa gabarolice azeiteira, com tendência para o egocentrismo e totalitarismo! E fortemente alegadamente culpado de corrupção e por aí andado! A minha opinião pouca ou nada importa! Não sou jornalista, não tenho de ser imparcial, nem de informar. Muito menos trabalho na Justiça, nem como investigadora criminal! Ou seja, sou uma mera pessoa a opinar. Conversa de café!

 

Ainda assim, não simpatizando com a pessoa e achando-a alegadamente culpada, há coisas que me moem neste caso do Socras, sobretudo o tempo! O tempo senhores, o tempo que a coisa está a demorar! O homem foi preso preventivamente, senhores! E pior: a eterna sensação que vai acabar com a montanha a parir ratos - mudem lá as leis, oh faxfabor!

Obviamente que sendo o Socras doí menos, mas pensar que podia ser algo assim comigo ou com alguém verdadeiramente inocente, moí. Adiante!

 

Também por isso, mói muito a suposta Grande Reportagem da SIC, o "Confronto", que de reportagem tem pouco - ou colar trechos de vídeo e adicionar legendas é agora um trabalho de jornalismo?! E o contexto? E o contraditório?

Não há ali novidade nenhuma, nada que não se saiba, nada de novo!

A questão é como? Como é que aquelas imagens chegam à TV?

E como é que a SIC as expõe, assim a bruto? E não, não me venham cá o mimi da liberdade de expressão, nem de informação. Do ponto de vista deontológico, aquela reportagem é altamente reprovável!

Obviamente que a Sic não tem de revelar as suas fontes (não me espantaria se inclusive tivesse sido a defesa do Socras a "pedir para" colocar isto no ar! A sério, vejam!!), nem de explicar as suas intenções, mas a sério o que é que foi aquilo?

 

fanatismo do futebol.jpeg

 

Se há coisa que me custa a entender é a estupidez alheia que parece afectar muitos adeptos de futebol - atenção, não são todos! Não se enervem! Como em tudo há gente decente!

Mesmo o conceito de amor por um clube custa-me a entender, mas vá, desde que não partam montras, não insultem ninguém e coisa que o valha, é para o lado que durmo melhor!

 

Sou de Coimbra, ou seja, Académica para a vida - Brioooooosa! Se a Académica está na Primeira divisão fico contente, nem feliz acho, e a vida segue. Se perde a mesma coisa.

Em minha casa ninguém é igual e não há ninguém muito louco pelo futebol.

O meu pai até se esquecia dos jogos e se lhe pergunto, quem está em segundo ou em terceiro, sabe lá ele. Obviamente que ele apoiava a Académica - tipo era sócio e ia ao estádio e depois era também do Benfica. O Benfica perdia e ele continuava feliz, na vidinha dele. Lembro-de de estar presente em discussões (idiotas) com amigos e gente da família por causa de futebol e ele dizia sempre a rir “o futebol não me dá de comer”!

 

No fundo, isto resume todo o meu espírito com a coisa. Mesmo com os jogos da selecção. “Epa: Portugal ganhou? Fixe! Perdeu? Vidas! O que é que há para jantar?”

 

Explicado o meu contexto, nem mesmo quando me tento colocar nos sapatos dos outros, consigo entender este fanatismo pelo futebol! Esta coisa que faz gente insultar desconhecidos e as respectivas famílias! Esta coisa que põe gente no meio da rua a mostrar o pirilau e o traseiro peludo. E a partir vidros e património alheio. Não entendo como debates televisivos sobre o tema, podem ser mais explosivos do que quando se discute o défice ou a corrupção. Recordo-me quando uma vez, aqui no blog, escrevi sobre o Cristiano Ronaldo e como logo caiu o Carmo e a Trindade, a choveram insultos ridículos! Fale-se mal do presidente e até do papa, nunca de um jogador de futebol!

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Sempre que saía da Alemanha, lá vinha a piadinha fácil, cada vez que se ouviam putos aos berros "é, já não estamos na Alemanha". É um facto: putos alemães fazem poucas birras. Ou melhor: fazem menos birras. Assim de repente, acho que vi uma vez um puto aos berros no supermercado.

 

A minha pergunta é: numa situação destas, o que fazer?

Assobiar para o lado e seguir viagem? Ou intervir, chaamando a atenção da criança e/ou dos pais?

Acredito que na prática, aquilo que cada um de nós faz é assobiar para o lado e continuar com a vida. Pelo menos, é o que eu faço. Aliás, nem quero imaginar a reacção de uma mãe ou pai se eu, uma desconhecida, desse uma bronca à cria! Muito possivelmente caía o Carmo e a Trindade! 

 

Acho que é uma ideia comum e que todos concordamos (e sentimos), que as crianças de hoje em dia comportam-se pior. São mais mimadas! E se por um lado, os miuúdos são mal-criados, é também porque literalmente estão a ser mal educados. A maioria dos pais prefere muitas vezes dar-lhes o doce e/ou o tablet, em vez de explicar, castigar, dizer não, o que seja - obviamente que há 2938 mil factores para tudo isto: stress, falta de tempo, impaciência, etc. Longe de mim, atirar pedras a quem quer que seja!

A razão pela quela escrevo é porque é também é um facto que há cada vez mais casos que viram notícia de crianças/adolescentes/jovens a agredirem outras crianças/adolescentes/jovens - falo de agressões físicas, mas também de agressões sexuais. E do bullying e por aí fora. Daí que pergunte: será que a forma como as crianças são hoje educadas não é um problema de todos nós?

A forma como cada um educa os filhos, sim, é assunto meu. Assunto de todos. Afinal, as crianças são também parte da sociedade e, como tal, os seus actos têm consequências e afectam-nos a todos.

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Não sei bem como ou porquê, mas recentemente um post antigo (Alguém por aí já se arrependeu de ter filhos?) ganhou nova vida, com várias mulheres a partilharem as suas histórias e testemunhos.

Mulheres que nunca quiseram ter filhos e que, por pressão, os tiveram e estão, agora, arrependidas. Mulheres com dúvidas. Mulheres que não querem assumidamente ter filhos e que todos os dias lidam com a pressão.

 

Como são testemunhos muito pessoais e um tema delicado - e sobre o qual ninguém fala ou dá a cara! - fiquei muito comovida com alguns comentários. Sobretudo pela tristeza que muitas mulheres carregam, de não poderem falar sobre o tema livremente, por medo de serem julgadas, censuradas e criticadas.

Ainda assim o que mais me surpreendeu em todas, foi a terrível pressão com que têm ou tiveram de lidar, quando dizem/disseram que não queriam filhos! Como se o corpo e a vida não fosse delas. Como se a única coisa que lhes restasse (a elas e às mulheres deste mundo) fosse parir!

Como é que é possível que sobre uma escolha tão pessoal e íntima, haja tanta gente a opinar, a forçar e a ditar juízos?!

E desde quando ter filhos dita se uma pessoa é mais ou menos mulher? Mais ou menos boa pessoa? Mais ou menos feliz? 

E mais ainda: por que é que na hora de não querer ter filhos, a pressão que sentem as mulheres é 238 mil vezes maior do que as dos homens?!