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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

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30 Dez, 2017

As viagens de 2017

Sou pessoa que leva pouco a sério as resoluções de Ano Novo, porque não as faço e porque tenho pavor a não cumprir o prometido. Sou meia séria.

Assim sendo, em 2017, o objectivo era visitar um sítio novo por mês! A coisa começou bem:

 

Janeiro

Fomos ao norte da Alemanha, começamos em Greifswald e daí fomos ver o mar Báltico e fomos a Sassnitz e a Sellin. Como era Janeiro e havia neve, era tudo ainda mais lindinho - acho lindo ver neve na praia!

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Fevereiro

Voltei a Barcelona! E Barcelona é sempre bom e agradável e sempre um sítio onde se é feliz. Ainda mais, sair do cinzentão de Berlim, para ir para o céu azulão de Barcelona é sempre uma delícia!

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E depois de Barcelona, regressei a Budapeste. Tinha estado lá há uns 6 anos! Continua lindinha, mas claramente já não aquela capital barata de há anos atrás. Desta vez, deu para ir às termas e tudo - um must!

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Março

Foi o mês da grande viagem do ano: África do Sul, sua linda, tão imensa e tão diversa! Fizemos km e km de carro, vimos muita costa, muito mar e ainda andamos a ver leões, elefantes e leopardos, entre outras bichezas! Fui muito feliz aqui - podem ler o meu Guia para viajar na África do Sul para mais detalhes.

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Abril

A Páscoa foi passada na Roménia, fomos a Sinaia e depois a Bucareste. 

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Maio

Fomos a Copenhaga! Que capital fofinha, pequenina, caminhável e tudo tão agradável - e carote! Confirma-se a minha teoria, dos nórdicos os Dinamarqueses são mesmo os mais cool do pedaço!

copenhaga-2017

 

Junho, julho e agosto

Literalmente, sossegamos o pito, mudámos de casa, tínhamos boda e, não me lixem, são os melhores meses de Berlim no que toca a temperatura e a fazer coisas fora de casa. Ficámos por cá e foi bom!

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Setembro

Voltamos ao passeio, com direito a uns dias em Portugal e depois ala, casar gente em Itália, com passagem por Roma, Nápoles e Pompeia.

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Outubro

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Lá rumamos de novo a Itália, desta vez a Bergamo! Cidade fofinha! Apanhamos um céu cinzento e não, não era mau tempo! Era poluição!

 

Novembro

Depois de Bergamo, voltamos a Itália em Novembro mas desta vez, o destino foi Bolonha. Comer bem é bom e eu gosto, logo Itália é sempre uma boa ideia!

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 Dezembro

Mês do Natal é mês de regressar a casa. E isso significa passar pelo Porto e Coimbra - e não, desta vez, nada de Lisboa. Agora só em 2018!

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Na minha opinião, os meios de Comunicação Social (sérios) deram pouca atenção ao caso de Manuel Carrilho e Bárbara Guimarães. O assunto foi muitas vezes tratado como se fosse matéria cor-de-rosa e sensacionalista, quando afinal falamos de crime público.

 

Este caso demonstra como a Justiça tem de ser mais rápida (há quanto tempo é que isto se arrasta?), ainda mais quando há crianças pelo meio. E, sobretudo, a importância de julgar estes casos como um todo.

Ora vejamos: Carrilho é condenado, ainda que com pena suspensa, por ter agredido Bárbara Guimarães já depois do divórcio e ainda assim detém a custódia de um dos filhos. Como é que é possível que a Justiça não comunique e permita que estes casos sejam tratados independentemente, sem que um afecte o outro? Podemos admitir que um agressor eduque um menor?

 

A semana passada, Carrilho foi absolvido de violência doméstica, mas desta vez de agreções praticada antes do divórcio. Até aí, posso entender. Posso entender que a juíza diga que não há provas, apenas testemunhos e não lhes dar credibilidade. Não quero ir por aí!

Agora o que me indigna mesmo, mesmo muito, são os comentários da juíza na hora de soltar o veredicto  - a mesma juíza que o advogado de Bárbara Guimarães tentou afastar do caso por tratamento discriminatório. A mesma juíza que o tratava a ele, de “senhor doutor” (ou professor!) e a ela, de Bárbara! A mesma juíza que quando Bárbara Guimarães testemunhou disse que a condenava por não ter falado antes e alegou que se Manuel Maria Carrilho era bom antes da filha nascer, não era depois disso que iria mudar - porque, segundo esta juíza (Joana Ferrer) as pessoas não mudam!

Pois bem, essa mesma juíza, disse agora não considerar não ter havido violência doméstica porque e passo a citar "Bárbara Guimarães é uma mulher destemida e dona da sua vontade, pelo que não é plausível que na sequência das agressões tenha continuado com o marido em vez de se proteger a si e aos filhos”. Alegando também que como Bárbara Guimarães dizia nas revistas que estava tudo bem, então, era porque estava tudo bem!

 

Esta ideia de que a violência domestica só afecta as senhoras da aldeia, as senhoras de personalidade submissa ou as senhoras sem dinheiro tem de acabar! É urgente uma maior formação dos juízes para entender a complexidade da violência nas dinâmicas de um casal. E, sobretudo, orientar/educar/explicar/falar aos juízes da complexidade do ser humano! As pessoas não são boas, nem más. As pessoas mentem, sujeitam-se, etc.

 

2017 foi um ano do caraças no que toca a acórdãos judiciais em casos de violência domestica! Quem não se lembra do juíza Neto de Moura e as suas belas considerações sobre a Bíblia e a honra do macho para justificar a virilidade ofendida de um homem, que usou um maçarico com pregos para agredir a mulher - uma adultera, logo (e segundo este juiz) ““uma mulher que comete adultério é uma pessoa falsa, hipócrita, desonesta, desleal, fútil, imoral. Enfim, carece de probidade moral”.

 

Quanto ao caso da Barbara Guimarães, quando digo que é importante fazer uma reflexão séria sobre o mesmo, não o digo por ser ela a Barbara Guimarães, nem por ser ele o Manuel Maria Carrilho - se bem que defendo a ideia de que os políticos acusados de crimes não devam receber qualquer dinheiro público, mas isso já é outro tema!

 

O que importa aqui ressaltar é: se isto é assim com ela, como será com a D. Ana da padaria? Como será comigo?

Como é que um homem ou uma mulher vítima se sente com forças e coragem, depois de assistir a  tudo isto, de denunciar o(a) parceiro(a)?

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(e vamos lá ver se em 2018, a coisa melhora!)

 

  • Uma mulher dorme com muitos homens é uma ordinarona; já o homem é um engatatão!
  • Uma mulher que chora é fraca e, logo, algo natural; já o homem é sensível!
  • Um chefe que dá ordens é um chefe; uma mulher é cabra!
  • Uma mãe que cuida do filho, dá-lhe de comer e muda as fraldas é: mãe (e sempre criticada); um homem é um “pai incrível”!
  • Um homem que bate numa mulher é inadmissível; quando o contrário acontece, o homem nem é levado a sério e ainda é alvo de chacota!
  • Após um divórcio, “mãe é mãe” já o pai é pai de 15 em 15 dias!
  • Mulheres de 50 anos são vistas como “fora do prazo”, já os homens são charmosos!
  • Um homem que vai a um bar sozinho, está apenas a descontrair; uma mulher “está a pedi-las”!
  • Uma mulher que se diz feminista é uma mulher zangada e raivosa, um homem é aplaudido!

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Das coisas que mais ouço no trabalho são piadinhas tipo "mas tu tens mais férias do que nós?" ou "pagam-te mais?" e coisas do género! Eu continua a achar que não há muita ciência e até brinco, atirando um "um dia faço um workshop/escrevo uma tese sobre o tema"!Não o vou fazer, mas na minha infinita bondade, aqui ficam 4 dicas espectaculares!

 

 

1. Comece já a pensar e a reservar férias para 2018

Primeiro, porque pensar em férias deixa qualquer um de bom humor e depois, porque antes reservares, mais barato fica a viagem!

 

 

 

2. No calendário de 2018, procure os feriados de 2018

Aqui ficam os dias em Portugal - sou ou não sou uma Madre Teresa das viagens, humm? Faltam os feriados locais, mas isso, deixo com cada um!

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Como podem ver, tirando os ordinários do Dia de Portugal e os feriados de Dezembro, valha-nos o Natal, que calham a um Domingo (malditos!), os restantes são bastante simpáticos com opções de fazer escapadinhas e alguns fins-de-semana prolongados! Por exemplo, se optarem por viajar no fim de Abril, apanham o 25 de Abril e o 1º de Maio - e, com sorte, alguma ponte!

Além disso, ao fazer isso consegue escapar-se de fazer férias na época alta - Julho e Agosto, quando convenhamos é tudo mais caro! É chato ver os outros na praia e nós não, mas para eles também deve ser chato saber que está de férias, enquanto eles trabalham!

 

Se está a planear uma viagem longa - ou gostaria, tente juntar períodos com muitos feriados. Assim consegue viajar mais, usando menos dias de férias.

 

 

 

3. Ah e tal, o dinheiro!

Ah, pois! Obviamente que ter dinheiro ajuda, mas (e volto a repetir), reservando com antecedência e em modo mais low cost é uma boa forma de poupar! Falo a sério - eu que possivelmente gastei mais numa semana na Costa Alentejana do que numa semana a viajar no Japão!

Aqui ficam 3 artigos que podem interessar!

 

 

4. Aceitar que poderá ter de viajar sozinho

É um facto, muitas pessoas têm dificuldade em fazer planos com tanta antecedência e há também a questão financeira! Quantas vezes acontece estarmos a contar com alguém e PUMBA, acontece qualquer coisa e acaba por não ir a lado nenhum?
O meu conselho é: aproveite a oportunidade e vá! Sem medos de viajar sozinho - até porque viajar sozinho é bom, muito bom mesmo!

 

Felizes?
Agora vão lá sonhar com as férias, que não há nada melhor!

 

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Observaram bem as imagens acima? Vá, subam lá a página e vejam com atenção. Eu espero! Voltaram?

 

Não é novo, não é de hoje e não sei se é moda ou se é apenas falta de noção. Vamos parar todos um bocadinho para pensar e reflectir sobre estas pessoas: gente que viaja, sendo capaz de ir até países onde um voo custa mais deu 500€ (ou dólares ou libras ou o que seja) e que viaja para países muitas vezes considerados mais pobres e que acaba na rua, a pedir dinheiro para continuar a viajar!

 

Há até um nome para isto, chamam-lhes os “Beg-packers” - uma junção das palavras inglesas “to beg”/pedir e “backpacker”, o termo usado para designar aqueles que andam de mochila às costas, os mochileiros, a viajar, por norma, viajantes low cost - na qual eu me insiro e com a quela muito me identifico!

 

Vamos lá ver: viajar não é um direito universal. Não se equipara ao direito a ter 3 refeições nutritivas por dia, nem ao direito básico de ter uma casa e/ou acesso à educação. Entendo e concordo a 100% quando se diz que viajar não deveria ser um luxo e da importância das viagens na formação pessoa de cada um - não, não acho que viajar nos faz melhores pessoas! Acho, sim, que pode contribuir para a empatia, abrir horizontes e para um certo auto-conhecimento. Ainda assim, não deixa de ser um prazer.

 

Obviamente que só dá quem quer!

Ainda assim como é que alguém se sente cómodo a pedir dinheiro dinheiro para um bilhete de comboio, ao lado daqueles que pedem para comer?

Será que no país de origem seriam capazes de fazer o mesmo?

Será que antes de pedir dinheiro na rua não há outras opções? Já nem falo de poupar para viajar, fazer as contas, planear, viajar de acordo com o orçamento... falo de procurar trabalho - dar aulas de inglês, servir à mesa, lavar pratos,…o que seja! Raios!