Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Hillsong-Igreja .png

 

Falou-me numa outra dia uma amiga de uma nova igreja. A igreja do Justin Bieber - e do Brad e da Selena! E dos hispters e dos modernos e dos Millennials! A igreja onde só entram giros e jeitosos e à entrada, ele é massagens, manicures e cabeleireiros!

 

Fui ao site, obviamente que têm site, para saber mais sobre a Hillsong! Até fiquei atordoada, ele é eventos, ele é tours, ele é concertos!

Aliás, quando fui ver à Wikipedia o que era isto, até para entender valores e afins, mais parecia que estava a ler sobre uma banda de música, porque, novamente, , ele é eventos, ele é tours, ele é concertos! Ele é 40 álbuns lançados e  mais de16 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo! Esqueçam o Gospel e os cantos Gregorianos, a Hillsong é pop. A Hillsong é rock. E tem milhões de seguidores nas redes sociais!

 

A Hillsong é “Bible-based church, changing mindsets and empowering people” e segue a causa mais causa de todas as causas - “the Cause of our Lord Jesus Christ”!

No final do dia, a Hillsong é como todas as igrejas e cultos, há reza, há êxtase, abraços e lágrimas e, claro, o momento da oferenda! Dinheirinho!

Diz a BBC Brasil, que “a igreja arrecadou, em 2014, cerca de 80 milhões de dólares australianos (R$ 228 milhões) na Austrália e outros 100 milhões (R$ 285 milhões) no resto do mundo - tudo livre de impostos.”

 

E apesar de todas as luzes e purpurina, continuam lá atrás! Brian Houston, o fundador da coisa, publicou um texto cujo o título em português, seria qualquer coisa como "Se eu amo os gays?” e onde dizia, que pessoas LGBTs são bem-vindos, mas como fieis, não como empregados.

 

Vai-se a ver e é bem verdade. A História apenas se repete!

27 Nov, 2017

Blogs do Ano Sapo

blogs_do-ano-sapo.jpeg

 

Uma pessoa vai ali a Bolonha, volta e quando dá por ela é nomeada! Querem lá ver isto?

Eu?
Moi?
Je?

 

As blogger do StoneArt Portugal, do De costas para o mar e do A minha namorada apanhou o bouquet puseram as pessoas a votar e a opinar e a Maria aparece ali pelo meio, na categoria de Opinião…. e juro que nem fui eu que autosugeri, que nem sabia da coisa!

Seja como for, amanha reduzem os nomeados e depois começa a votação à séria - aí, de certeza que já não estarei, mas ainda assim parabéns pela iniciativa, pela ideia gira e esforço - estas coisas dão trabalho!

 

Obrigada a quem nomeou aqui o tasco - mãe foste tu? Possivelmente pela primeira vez na história, alguém  diz que está feliz por ser só nomeado - falo de mim! Ora, obrigada! E boa sorte aos futuros nomeados e vencedores e uma salva de palmas aos organizadores!

 

Para ver a lista dos nomeados e votar, podem ir aqui:

http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt/

http://decostasparaomar.blogs.sapo.pt/

http://aminhanamoradaapanhouobouquet.blogs.sapo.pt/

viajar.png

 

Acho bem que as pessoas gostem das suas terras e se orgulham do que é seu - obviamente que o que é de extremos chateia e dá comichões, até porque do orgulho cego ao nacionalismo idiota, a fronteira pode ser curta!

O que por vezes me custa é entender é esta cegueira e esta teimosia - sobretudo quando não se conhece o resto! Constantemente ouço coisas como, "por que é que vais para aí, quando há tanta coisa boa em Portugal?" Afinal:

 

“Não há comida como a nossa!”

“Não há costa como a nossa!”

“Não há café como o nosso!”

“Não há igrejas como as nossas!”

“Não há comida como a nossa!”

“Não há simpatia como a nossa!”

… e a lista continua!

 

Claro que o nosso é bom e é do nosso agrado: é aquilo que nós conhecemos, é onde estão as nossas referencias e memórias afectivas! No entanto, as pessoas que usam este tipo de argumento para não visitar outros locais, conhecer outras culturas, falar com outras pessoas ou aprender outros idiomas têm de parar.

 

Aliás, têm de ir! Têm de ir ver outras coisas. Têm de sair da bolha. Têm de abrir horizontes. Muitas vezes são estas experiências que nos fazem gostar ainda mais daquilo que é nosso ou pelo menos, ensinam-nos a apreciar!

 

Há muitas pessoas que viajam, mas vão sempre de pé atrás, com medo de se entregarem e de se deixarem levar. Não experimentam outras comidas, por nojinho. Não falam mais do que o necessários com os Locais, por desconfiança. Não saem do recinto do hotel, porque é perigoso. E vocês, o que pensam?

metro-do-porto.png

 

Falar mal da CP? Check

Falar mal do Metro de Lisboa? Check

 

Segue-se agora o Metro do Porto, porque amigos, nem este escapa! Para mim o Metro do Porto é mais um comboinho. Nesse sentido, espero menos dele! Não espero grande velocidade, nem espero que sejam mais frequentes - se poderia ser, podiam, pois! Mas uma pessoa aceita! Eu, por exemplo, já aceitei que se quero ir para o aeroporto (o segundo maior do país!) tenho apenas 3 metros por hora. E sei que terei de ir em pé e a fazer acrobacias com a mala!

 

Agora o que eu gostava mesmo de ver nas estações do metro do Porto, era ver as máquinas a funcionar!

No passado domingo, das 3 máquinas na Estação de Campanhã, só duas funcionavam. E obviamente que havia fila e, sim, perdi o metro e tive que ficar ali mais 20 minutos à custa disto! Estava lá um funcionário, a quem comentei da máquina, ao que me respondeu (adivinhem lá!), “isso não é comigo, menina!” E para que não digam que eu sou dramática, das 6 bilheteiras do aeroporto, apenas 4 estavam em funcionamento - sim, eu fui ver! Só na curiosidade!

 

E sabem o que foi mais giro? Aqui a menina comprou o bilhete e na hora de validar, deu luzinha vermelha! Chamei novamente o senhor! Moral da história, parece que alguns cartões novos (atenção, eu comprei um novo cartão, não recarreguei um velho) simplesmente não funcionam! Como? "Tem acontecido" disse ele! E disse-me também que tinha de comprar outro! Como?

Menos mal que tinha o recibo comigo - aliás, tendo em conta o bem que funcionam e todo o meu historial, quer no Metro de Lisboa, quer no Metro do Porto, peço sempre o recibo na máquina!

 

Ao longo dos anos, já presenciei outras histórias no Metro do Porto, que isto, na hora do desastre, nem sempre foi drama na primeira pessoa! A saber:

  • Numa estação com apenas uma máquina, não ser possível comprar o cartão do metro, porque já não havia cartões disponíveis.
  • Vi num dia de inverno e chuva, um revisor a passar uma multa a uma senhora com um carrinho de bebé, depois de assumir que sabia que a bilheteira no sitio X estava fora de funcionamento. A solução dele para a lesada, era que tivesse ido à estação mais próxima.
  • Querer comprar um bilhete no aeroporto e nenhuma das máquinas que deveriam aceitar cartao, funcionavam - na altura, julgo, existiam 3 máquinas.

Continuo?

metro-lisboa.png

 

Se ontem descasquei forte na CP, vulgo Comboios de Portugal, hoje dedico-me ao Metro de Lisboa - amanhã será a vez do Metro do Porto (esse não escapa também!)

 

Para não dizerem que só falo mal, deixem-me por começar pelas estações do Metro de Lisboa, das mais lindinhas de sempre! Muitas pecam pela ausência de bons acessos, mas Portugal nunca foi um país para gente de cadeira de rodas, é um facto!

 

Agora o que eu acho giro, sobretudo na Lisboa da  Web Summit e das ciclovias é a porca miséria do metro de Lisboa - horários espaçados, com esperas a chegarem aos 12 minutos; carruagens que se limitam aos três vagões e, os nervos que isto me dá, aquele cartão Viva com prazo de validade - eu que sou pessoa que vai a Portugal duas ou três vezes por ano (na loucura!) ando sempre a comprar cartões! Por que raio é que aquilo passa de validade, alguém me explica?!

 

Quanto ao resto, não me lixem, pois resume-se a má gestão e desinteresse! Há mais de 7 anos, vivia eu em Lisboa, o metro era uma coisa fixe, com muitas carruagens e com metros a passarem de 3 em 3 minutos durante o dia - não é mito, nem  eram unicórnios. É verdade! Eu lembro-me! Lembro-me também de ir sentada no autocarro em hora de ponta!

 

Nos últimos anos, no que toca a transportes públicos em Lisboa, tudo tem piorado! Os autocarros andam à pinha e atrasados! Quanto ao metro, há que ser ágil para conseguir entrar - em Setembro, ia com a mala e só à segunda tentativa é que consegui entrar! Na sexta-feira, vi gente a quem acontecia o mesmo! Muitas estações não possuem funcionários, ninguém para ajudar em caso de necessidade! Um desleixo!

 

Fosse o metro melhor e, acredito mesmo nisso, haveria menos trânsito na cidade! Hoje em dia, seja às 8h00, às 9h00 ou às 15h00 há sempre transito em Lisboa! Toda a gente sabe que um “chego em meia hora”, num dia bom, se converte em dobro do tempo!

Lisboa não é uma cidade amigas de bicicletas, se bem que para mim, houvesse mais apologia às bicicletas eléctricas e calavam-se muitas boquinhas! Lisboa também não é uma cidade amiga de carros. A solução deveria passar por uma boa rede de transportes públicos! Isso sim, isso é ser uma cidade do século XXI e ser cool e ser websumitado! Ou será que os gestores do Metro Lisboa preferem andar de Uber?

cp.png

Isto de ser a única companhia, num país pequeno, a oferecer um serviço básico deve dar muita preguiça! Falo hoje da CP, Comboios de Portugal, mas deem-me tempo que lá chegarei ao Metro Lisboa e ao Metro do Porto!

 

Comecemos pelos horários da CP, que são de uma pobreza franciscanas, que chega a doer! Quem quer viajar de noite, então, está bem lixado! Isso e quem queira viajar para fora de Lisboa ou Porto - e nem me façam falar do interior!

 

Há uns bons anos que não ando de comboio em Portugal, porque a CP lixou-me à grande a vida por duas vezes!

- Uma vez, foi porque anunciou que fazia greve num dia e no dia anterior, fiquei a ver comboios passar! Isto, porque alguns funcionários tinham decidido começar a “fazer greve antes” e no dia anterior já não havia comboios! Como?

- A outra vez foi quando depois de um voo cheguei para apanhar um comboio e levei com um “ai e tal, hoje esse não há”! Como?

Nunca houve respostas, nem justificações coerentes, levei com um encolher de ombros e nada mais! E, claro, reclamar, valeu zero!

 

Desde aí que ando sempre de Expresso!

Este fim-de-semana fui a Portugal e, por razões várias, o comboio dava-me mais jeito.

Fui ver horários, uma maravilha e até descobri que comprando antes a coisa ficava mais barata — fixe!

Quando tentei comprar… pois! Ajudem-me: alguém já conseguiu comprar alguma coisa no site da CP? Que raios se passa com aquele site? Não consegui nem fazer conta, pedi ajuda no chat e nada… um fartote!

 

Ainda andei a ver se havia sites por onde pudesse comprar bilhetes da CP (tipo a GoEuro ou algo parecido!) e nada - o que significa que a CP não gosta de ganhar dinheiro! Há todo um mercado online, com compras na Internet a crescer e mil formas de fazer dinheiro e rentabilizar uma empresa online, mas claro, a CP ainda não chegou lá! Não lhe interessa - e nisto, verdade seja dita, a Rede Expressos não é muito mais inteligente!

 

Moral da história: sexta-feira lá estava eu, na Gare do Oriente, para ir comprar o bilhete de comboio. Sabem a Gare do Oriente, esse grande intermodal, essa que é a maior estação de comboios de Portugal? Riam-se!

Havia um total de 4 bilheteiras abertas, sendo que duas eram para os comboios urbanos da zona de Lisboa! Máquinas poucas. Em compensação, em todo o lado, havia muitas e longas filas! Muitas mesmo! Lá comprei.

 

Quando comentava com uma amiga, ela disse-me que já tinha perdido o comboio assim! Chegou 15 minutos antes e ficou na fila para comprar bilhetes a ver o comboio passar!

 

E querem saber a melhor, no dia em que apanhei o comboio, este ainda veio com meia hora de atraso! Viva a CP! Viva!

la-mananda-espanha.png

 

Em Setembro de 2016, uma jovem de 18 anos foi violada nas festas de San Fermin, em Pamplona. Por um grupo de 5 homens. Foi tudo filmado. Depois, roubaram o telemóvel da vítima e foram-se embora. Os vídeos e imagens da violação foram partilhados mais tarde, num grupo de Whatsapp, constituído pelos 5 homens e cujo nome era La Manada. Já a vítima fez queixa. O caso está agora a ser julgado.

 

Os 5 arguídos dizem ser inocentes, excepto um, que se declara culpado de... roubar o telemóvel da jovem.

A coisa mais incrivelmente absurda foi que o juíz do caso aceitou considerar uma investigação feita por um detective privado, a pedido dos alegados violadores, sobre a vida da vítima após a suposta violação! O obejctivo do advogado de acusação é mostrar que a vítima, após o acontecimento, seguiu com a vida normal. Logo, não há trauma. E se há vida normal e não há trauma, não há crime!

 

Oi?

Como?

O que importa o que fez ou não fez a vítima nos dias seguintes? Ou nos meses seguintes? Mas agora investigamos as vítimas? Ou será que por ela ter ido à escola, ter ido beber café com as amigas ou pintado as unhas de azul (estou a inventar), isso indica algo sobre a inocência dos seus agressores? Quem é que está em julgamento? Ela ou eles? Merda para isto!

alugar-quarto-lisboa.jpg

 

No outro dia, dizia-me a minha prima, que andava à procura de quarto em Lisboa - as aulas tinham começado em Setembro e agora que já conhecia melhor a cidade, queria mudar e encontrar um quarto mais perto da universidade!

E, queixava-se ela, que os quartos em Lisboa estão caros, que os senhorios são do piorio, que é tudo para turistas e AirBnb’s e que só há gente a querer explorar - o drama de sempre!

Na brincadeira, disse-lhe que procurasse antes por “rent rooms in Lisbon” - pois, da maneira como isto está, mais facilmente encontraria algo assim! E não é que a miúda encontrou?

 

no meu tempo, é que não havia nada distoAinda me lembro, corria o ano de 2008 e eu, jovem e fresca andar à procura de casa em Lisboa, cidade para onde fui estagiar!

Já na altura, para um estudante encontrar quarto em Lisboa era duro! Mas sem Internet, sem sites catitas ou qualquer tipo de ajuda online, a coisa virava tarefa de Missão Impossível! Ainda me recordo de passar um dia de um lado para o outro, a ver casas e a telefonar constantemente para anúncios de jornal e para os contactos, que apareciam em papeis colados nas paredes da universidade!

Vi muita despensa! Pior do que as despensas, eram aquelas salas ou quartos com paredes falsas, que dividiam o espaço em supostos dois quartos! Mas nada me comovia tanto do que aqueles senhorias que diziam “ai a menina quer recibo?  Então, sai mais caro!” Uma doçura!

Pág. 1/2