Ainda a propósito da tão na moda turismofobia, há uns tempos falava aqui que o problema não são os turistas, mas sim a gestão (pá). Fossem as câmaras, as leis e quem decide mais eficientes, mais rápidos, mais resolutos, mais muita coisa e tudo iria melhor. Na altura escrevi, que a par da gestão, outro problema era a ganância. Afinal, o turismo cresceu, mas os profissionais continuam a ganhar misérias…. miseráveis.
Numa tarde no Porto, pude apreciar mais dois belos mentos da ganância em todo o seu esplendor.
1) “Vamos à Ribeira beber uma cerveja?”
Vamos, pois. Já se sabe que sairá cara, mas vamos. Tão lindinho o Douro. No primeiro lugar, sentámo-nos e levantámo-nos assim que vimos o talão do antigo cliente: 4,50€ por uma Super Bock… aquele foi no Batalha, mas eu levantei e segui.
Lá arranjamos um sítio (ligeiramente) mais baratinho e que:
- Mandou-nos levantar e sentar na parte traseira da esplanada. Os lugares da frente são apenas para quem come.
Só o facto de ter ficado tão incrédula é que me impediu de levantar o rabinho e ir para outra freguesia.
- No mesmo local, vimos depois um cartaz que dizia qualquer coisa como “cafés só acompanhados de refeição”- E ISTO?????
2) Sete e pouco da tarde e já andamos nós pelos Clérigos.
Numa pracinha onde antes não havia nada, sentámo-nos para aproveitar os últimos raios de sol. Na esplanada ao lado, chega um casa de espanhóis que pede 2 bebidas. O empregado, num espanhol bem decente, diz-lhe que não. Àquela hora só mesmo jantar e se quisessem apenas beber, ali não poderia ser. Tinham de se ir embora. O casal, obviamente, foi-se embora.
Há algum tempo que não assistia a um festival de ordinarice, como este. Raios!