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Inspirada pela Maria das Palavras e pelo seu “Como falar (e escrever) melhor Português” aqui ficam erros básicos que todos os dias leio por esses jornais e comentários Facebookianos e me deixam pele de galinha.
à / á / há
Coisa básica: este á sozinho não existe. Este à com outras letras também não. Tudo certo até aqui?
Posto isto, o drama seria distinguir o há e o à - o mítico com ou sem “agá”. Muito simples, com “agá” (h) é verbo e o seu sinónimo é existir. O outro nasce da junto do artigo (a) com a preposição (a) - a + a = à
Para distinguir os dois, basta, na frase, substituír (mentalmente) o "a" usando o verbo existir. Se faz sentido, então ponham o “agá” - desculpem o abuso, mas estou a adooooorar escrever “agá”! Agá, agá, agá!
Exemplo: “Há maçãs na loja”. Elas existem, certo? Estão lá, não estão? Então “agá”! O mesmo com o tempo “Há cinco anos, eu fui a Londres.” Esse tempo não é real? Não existiu? Então, já sabem o que fazer.
Haver / A ver
Continuando com o malandro do verbo haver. Por favor, não confundam existir algo, com o acto de usar os dois olhinhos para visualizar algo, certo? Ou nada a ver?!
Tu fostes
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Não entendo de onde vem este “fostes”. Ora conjuguemos: Eu fui / Tu foste / Ela ou ela foi / Nós fomos / Vós fostes / Eles ou elas foram
Pessoas: se vós conjugais a segunda pessoa do plural, o vós, o “fostes” está certinho. Mas a verdade é que mais de metade de Portugal não conjuga o “vós” - vá admitam, usam o “vocês” que se conjuga como a terceira pessoa do singular, certo? Nada de mal! Só não digam coisas como Tu fostes ou Tu estivestes e por aí foram. Não ponham o “s” ao pobre do Tu, que não tem nada com isso.
Porque / Por que
Dica fácil, transforme o primeiro num “pois” e se resulta, siga para bingo, tudo juntinho! O outro é para perguntas e também para afirmações que tenham alguma questão implícita, do tipo “Eu não sei por que ele não apareceu!”
A gente fomos
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Opa! Sabem os nomes colectivos? Aqueles nomes que designam paletes de coisas, tipo pomar, rebanho, turma, etc.? É um facto que dizem respeito a grupos, mas são sempre, sempre conjugados como singular. Daí que “a gente vai”, “a manada está” e por aí fora!
Redundâncias
Estes nem são erros que me aborreçam muito, na verdade, até me fazem rir. Nada como um “na minha opinião pessoal” (a sério que é mesmo tua?!) ou um “há uma semana atrás” (a importância de reforçar que é mesmo um tempo que já passou”), o adorável "ambos os dois" (quantos mesmo?) ou o mítico "subir para cima" (milagres da gravidade!).
Roubarão o meu carro
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Este não é muito comum, mas começa a andar por aí e, como sou boa, decidi prestar serviço público. A que me refiro? A esta pequena maravilha de confundir o verbo no passado com o futuro. Se tem “ão” é sempre futuro. Ou seja, ainda dá para prevenir o roubo!
Alguém tem mais por aí?
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