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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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De vocês eu não sei, mas tenho cá para mim que isto anda tudo trocado. Agora, quando uma pessoa está fresca é que devia estar reformada. Deixávamos a vida de escritório lá para os 70, entre babas e xixis a cada 5 minutos! Caramba, o que eu não dava para ser reformada agora... ou isso ou ser heredeira.

Adiante! Segundo a Forbes, estes são os 10 melhores países para uma pessoa se reformar. A Forbes olhou as aspectos conómicos (se é caro ou barato), mas também à estabilidade económica e segurança do país. E, claro, qualidade de vida, o clima e  bons serviços médicos, nem que seja privados. Aqui vamos: os 10 melhores países para reformados.

 

10. Malta

 

9. Portugal

 

8 Nicaragua

 

 

7. Espanha

 

6. Malásia

 

5. Colombia

 

4. Costa Rica

 

 

3. Equador

 

2. Panama

 

1. México

 

O Japão era daqueles países que sempre esteve na lista de viagens. Porém, nunca no topo. Não pelo Japão, mas porque havia sempre outros países e também por ser um destino caro, que é. Foi também por isso que esta foi das viagens que melhor organizei e planeei na vida. Confirmando-se o senso comum que, sim senhora, planear é a chave para viagens (mais) baratas. Se gostei do Japão? Adorei. Se quero voltar. Sim, sei que um dia voltarei. Se recomendo? Muitíssimo.

Saibam mais em:

Guia para uma viagem ao Japão

 

 

Também pode ver o guia para viajar na Tailândia e na Índia.

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Meio mundo, olha para o Trump como uma namorada ou namorado olha para a besta do namorado ou namorada. Enche-se de ilusões, cria sonhos, estabelece metas e continua a suspirar. Nas relações, mesmo as mais condenadas, há sempre alguém que acha que o outro vai mudar: “quando acabar esta fase de stress no trabalho”, “assim que formos viver juntos”, “depois do casamento”, “com o primeiro filho”, "é só uma fase" e por aí fora!

Com o Trump é o mesmo! Todos achavam que ao ser candidato oficial dos Republicanos ele iria mudar, humm, humm, pois sim, abelha. Agora é a esperança de que por ser presidente, ele irá (por fim!!) mudar. Desenganem-se pessoas! Ele é assim, não vai mudar. É tóxico. E pior, ganhou as eleições. E ganhou-as com essa mesmo postura, sendo quem é, não tendo que medir discursos, nem palavras ou actos! Tudo isso foi legitimado com… como é que se chama mesmo?! Democracia, é isso! Entendam, ele não vai mudar. Nem ser uma versão melhor dele mesmo.

 

Em uma semana já pôs o muro em marcha, já cortou o apoio financeiro a ONG’s que em países mais pobres possibilitam a interrupção voluntária da gravidez; já deixou claro quem é e quem não é bem-vindo nestes novos EUA - país onde já só se fala oficialmente, o inglês; defendeu a tortura sem pudor (outra vez) e aposta forte e feio na política isolacionista (“buy America”, “hire America”).

 

Pelo meio ainda há umas almas que dizem que “eu não gosto dele, mas com a medida A e B, eu até concordo” - opa,menos! O pior é ver as almas que ainda que acreditam que ele vai mudar. Um sistema totalitário constrói-se assim. Hitler, que nesta coisas do totalitarismo parece ser a única referencia que muitos entendem, não chegou ao poder e começou logo a construir campos. Nem Salazar criou logo a PIDE. É por isso que: RESISTÊNCIA!

25 Jan, 2017

Fartinha de janeiro

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Janeiro é um mês tão chatinho, parece que nunca chega ao fim! A par de Janeiro, só mesmo Novembro. São os meses que, para mim, mais me parecem eternos, que nunca acabam, que andam ali a engonhar. Em Novembro já está frio, passou o outono, é tudo feio e há ali aquele chove que não molha para o Natal. Por um lado, está quase; por outro, é demasiado cedo! Não tem personalidade.

Janeiro é ainda pior. Começamos cheios de expectativas, desejos e resoluções e vai, que em poucas semanas comprovamos que está tudo na mesma: continuamos preguiçosos, comemos as mesmas porcarias de sempre e o tempo continua uma caca, mas sem as luzes e cheiros do Natal. Ora tumba, leva lá uma lambada do Janeiro. Nesta ânsia, instala-se a expectativa de que chegue Fevereiro. Fevereiro, esse mês pequeno e fofo e que nos dá sempre alegrias. Já vos disse que estou farta de Janeiro?

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No outro dia, comentava com uma amiga sobre isto do “vós”. Ela é de Braga e os pais dos arredores, por isso, sempre ouviu o “vós” em casa. Daí que tenha ficado muito chocada, quando lhe disse, que quando dou aulas de Português (a estrangeiros - qualquer dia o Marcelo condecora-me!) nunca ensino o “vós”. Falo dele, digo que está lá, mas não mexo mais na coisa. A língua já é tão difícil, com o raio do Passado e do Conjuntivo, que acho por bem não complicar mais a coisa. Despacho o “vós” para o “vocês” e ala - algo que a bem dizer e, em minha defesa, todos fazemos!

 

O “vós” soa sempre a algo mais antigo, falado por reis e princesas - “Por quem sois, meu cavaleiro!”, “Dizei-me onde estais, cavaleiros meus!” Uns dizem que é provinciano, outros que soa a padre. Eu cá acho-o refinado e elaborado. Aqueles “ssss” todos são de uma chiqueza linguística que me cai no goto.

Neste seguimento, e o que escandalizou mesmo a minha amiga, foi quando lhe disse que hoje em dia, mesmo nas escolas primárias em Portugal, os professores (imagino que varie também de professor para professor) já não insistem muito no “vós”, o que de facto é uma pena.

 

Ontem, ela passou-me um texto do Ricardo Araújo Pereira, que fala deste drama nacional. Obviamente o texto dele é bem mais fixe do que o meu - deixo o link, como um prémio para vós que chegasteis até esta parte do blog. Que opinais?

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Ontem fui à ginecologista fazer revisão à máquina - está tudo bem, obrigadinha, não se apoquentem. Foi a minha primeira visita à ginecologista na Alemanha - tudo muito bom, muito eficiente, sim senhora, assim vale a pena. No meio das perguntas do costume, lá vem o e “um dia vai querer ter filhos?”. Vou sim, sim senhora. Um dia. Lá para a frente. No futuro.

Ao que ela atira, com o mesmo profissionalismo como quem diz “pratique mais desporto” ou “cuidado com alimentação”, “fale com o namorado e não adie muito mais” e que ela era médica e via cada vez mais casos de mulheres gravidas depois dos 35 e que via muitas coisas. Não entrou em detalhes. Eu também não perguntei, que a ignorância às vezes é uma bênção.

 

Até a biologia nos lixa, a nós, mulheres. Até aos 20 e 30, os nossos ovários e corpos estão fofos e frescos, abertos e sedentos de reprodução. Até aos 35 a coisa ainda se tolera, mas de sobrolho franzido, seguindo-se um “olhe que depois disso, fodeu”. Putos com três olhos e tentáculos em vez de braços. Em contrapartida, os homens lá andam férteis, confiantes e é vê-los a ser aplaudidos por serem papás aos 60 anos. Ok, pelo menos disto eles não têm culpa, mas deixem-me dramatizar um pouco mais.

Esta pressão, e não falo da social, mas do corpo, chateia-me.  Saber que o meu próprio corpo não tem as vontades alinhadas com as minhas deixa-me zangada. E, sim, eu sei que a Janet Jackson foi (ou vai ser?) mãe aos 50, mas lá no fundo eu sei que o (meu) caminho não é bem por ali.

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Conheço pouca gente, para não dizer ninguém, que defenda o porte de arma ou que ache sequer que ter armas em casa é uma boa ideia. Cheguei a viver com uma texana e nem mesmo ela que aos 18 anos tinha recebido uma espingarda de presente (sem comentários), me conseguia explicar esta obsessão americanos e a ideia de que precisam de ter armas para se protegerem. 

Obviamente que a industria do armamento contribuiu muito para a coisa, o lobby é fortíssimo e um negócio ainda maior! E nem só de petróleo vivem e se financiam guerras. Todavia, parece-me, que nos EUA a coisa se estende ao cidadão comum, sendo defendido por muitos. Esta foi uma luta perdida por Obama e por outros presidentes americanos.

 

Em 2016, as armas de fogo nos Estados Unidos mataram mais de 33 mil pessoas nos EUAe seis no Japão. Ok, a população do Japão é menor, mas se falamos em percentagens, isso significa nem 1% de mortes por armas de fogo no Japão. Incrível. Brilhante.

Estive a ler mais sobre o tema e parece que no Japão é bem difícil conseguir uma licença para ter uma arma em casa. Fora as burocracias comuns, ainda têm que passar por uma serie de avaliações psicológicas e ter pelo menos de 95% num teste. Mais, o escrutínio é tanto, que se estende à família e colegas de trabalho da pessoa que pede a licença. E mesmo depois de terem a arma, a respectiva licença pode-lhes ser retiradas pelas autoridades a qualquer momento. Por exemplo, imaginem que a filha mais nova do senhor Hiroshi morre. Arma retirada. Ou que a senhora Hinata perde o emprego. Arma retirada. Japão bem.

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Aproveitando o fim dos saldos e da confusão dos saldos, hoje fui aos saldos - antes que perguntem: foi espectacular, não gastei nem um cêntimo e voltei de mãos à abanar. Adiante.

Entrei eu na Bershka... e, meninos, ao tempo que eu entrava numa Bershka! Aquilo foi sempre assim, com música after hours e aquele pumpumpum incessante? Rapidamente, dei por mim maravilhada com a roupa. A sério, quem é que cabe ali dentro? Quando achava que o S era para doentes com bulímia, eis que descubro que a Bershka tem XS também - parece que fazem roupa galdéria para crianças e eu sem o saber. Ora toma, vive e aprende! Depois, não sei bem o que aconteceu, mas encarnou em mim um avó com tendências Velho do Restelo. Estive ali uns dois minutos a entender que buracos eram aqueles e onde seria suposto enfiar os braços numa camisola. Mais à frente, encontrei uns calções que mais pareciam uma cinta de pre-mama: muita barriga e zero de perna. Menos mal que encontrei uns vestidos giros, pena que eram todos de renda, num verdadeiro tudo abana, tudo areja e tudo mostra. Espectacular!

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No outro dia, no trabalho alguém fez um bolo de chocolate. Lá fui eu, toda lampeira, e kohorror!!! Sai diabo. Era um bolo de chocolate vegan e sabia mesmo mal. Ok, posso viver com isso, traumatizada, mas posso! Depois foi a bolonhesa, vulgo ragú, vegan. A sério: bolonhesa vegan?! Se aquilo sem a carne é um mero molho de tomate com cenoura e este nem cenoura tinha! Todavia, foi preciso um pastel de nata vegan para eu ir aos arames! A sério? Um pastel de natal? Vegan? Um pastel de nata sem ovos?

 

Eu só toda a favor da comida e dos movimentos vegan também. Acho de louvar que haja cada vez mais consciência com a comida e, sobretudo, com a industria alimentar. Ando há uma vida a adiar/evitar o documentário Cowspiracy, porque sei que não vou aguentar. Não vou descobrir nada de (muito) novo, acho, mas ainda não sei se estou preparada para mudar de forma tão extrema os meus hábitos alimentares - até, porque gosto MUITO de comer. Dá-me prazer, o que querem! Até lá, tento ser consciente: menos carne, estar atenta à qualidade dos produtos e à sua origem, etc.

 

Mas não me lixem! Amigos vegan, por favor, inventem as vossas receitas. Não lhe chamem bolonhesa vegan, chamem-lhe La la la de tomate. Não digam que é um pastel de nata, mas sim um Pastel Mimimi! Criem coisas novas, dêem-lhes nomes novos. Fora com as adaptações ranhosas! Não deixem uma pessoa ir ao engano, pois frustra. Imaginem, daqui a uns anos, alguém dizer “A minha comida favorita é um La la la de tomate” ou “Caía-me mesmo bem um Pastel Mimimi com um café!”. Fixe, não era? Era pois!

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Sabem aquele sonho, aliás, pesadelo recorrente a todos, que nos deixa ansiosos e nervosos quando acordamos? Acho que todos temos um. Vocês têm? Aquele em que estão nus a falar para uma plateia, matam alguém, …

 

O meu é, preparem-se: ficar sem dentes. A coisa é tão perversa que já cheguei a acordar e ir a correr que nem uma louca para a casa-de-banho e ver se tinha os dentes todos ou a acordar com a mão dentro da boca, a confirmar que os dentes ainda estão lá. Pior ainda, é quando me desperto aliviada, por saber quer era SÓ um sonho, que está tudo bem, quando me dou conta de que não tenho mesmo dentes…. sendo que isto faz também parte do sonho. Digam lá se o meu subconsciente não é pérfido? Hoje voltei a sonhar com isso, com o detalhe de que os dentes estavam todos partidos e os restos iam virando pó, ou seja, já nem os podia usar para reconstruir (!!!!) os dentes em falta. Um desespero! Vá, riam-se lá!

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