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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Uma pessoa anda despenteada; toda derreadinha, de mochila às costas; perdida que nem uma barata tonta; suada tipo sauna; ele é bolhas nos pés, mordidas de bichos... e depois há este bichos, cheios de estilo. Vi isto no Instagram e ainda me estou a rir!

 

Esta está perdida!

Aspen-HunterLawrence.jpg

 

 

Posso ir de férias, mas sempre de Channel

 

 

Enjoar?
Isso é para cães!

 

 

Quando se viaja em Primeira Clasee....

 

 

Olá!

 

 

Este focinho diz que para o ano ninguém o apanha naquele frio. Venham as Caraíbas!

 

 

Que canseira!!!

 

 

 

25 Jul, 2016

Viver com Medo

Mais um atentado suícida na Alemanha. Depois do tiroteio em Munique e do maluco com o machado, no comboio da semana passada; desta vez o "palco", como os jornalistas tanto gostam de dizer, foi um festival de música  perto de Nuremberga.

Aos poucos e inconscientemente, mortes, tiroteios, terrorismo, entraram nas nossas vidas. Ouvimos uma sirene e pensamos "foi desta!" 

Este sábado ia de bicicleta ter com uns amigos e a rua junto ao Tiergarten (onde estão algumas embaixadas em Berlim) cortada. E eu a pensar "ai, ai, ai o que se passou aqui?". Não era nada. A rua estava cortada porque metros mais à frente passava o desfile do Orgulho Gay - não sei porquê, mas em Berlim a comemoração foi feita este fim de semana e não no início de Julho como acontece na maioria dos países.
Esta manhã, vi umas três ambulância e, claro, lá volta o pensamento "foi desta"!
Colegas meus já começam com o discurso: "fiquem seguros! Evitem A, B e C e centros comerciais e aeroportos". Como se fosse assim tão simples, como se isso não fosse dar o braço a torcer e como se pequenas praças e ruas não fossem, constantemente, alvos.

O terrorismo também é isto: é espalhar o horror. Por mais que lutemos, por mais que nos façamos de superiores, o terrorismo é como uma sementinha de medo plantada. A cada episódio de terror, a plantinha vai ganhando raízes, que se vão tornando mais fortes... e quando menos damos conta, nasce um fruto. Ou seja, passamos a evitar sítios, a redobrar cuidados, a adiar a vida!

Raios partam isto!

O único programa Português que acompanho, e nem é em directo, é o Governo Sombra da TSF. No programa de hoje, o Ricardo Araújo Pereira disse-se ser Pokemongo (Pokemon Go = Pokemongo). Assim tudo juntinho e com sotaque tuguês. Já dei por mim a rir sozinha umas quantas vezes por causa disso!

 

Antes do RAP, este era o meu favorito 

 

 

Mas há mais, porque felizmente a Internet não dorme em serviço!

 

 

 

 

 

Cada vez que vejo aqueles artigos do tipo ele-largou-tudo-e-anda-há-ano-a-laurear-a-pevide, dá-me um nervoso. Um nervosinho misturado, com irritação, inveja, vontade de fazer o mesmo (e se?) e ansiedade. Eu também quero ter coragem de largar tudo e ir viajar. Quero andar de mochila às costas, conhecer gente, ver sítios (bonitos e feios) e sentir-me viva todos os dias.

Mas e o medo? E a ansiedade? E se depois não arranjo trabalho? E depois o que é que eu faço? E a vida de todos os dias? O dinheiro para o dia seguinte? Raios.

A minha amiga nova é do Peru e chegou esta semana lá a casa e está a dormir no chão da sala - eu venho de uma longa linhagem de amigos de amigos, que enviam amigos a amigos e amigos de amigos, em busca de alojamento - eu mesmo já beneficiei de dormidas no chão em cozinhas alheias.
A minha amiga tem 34 anos, trabalhou para um banco e viveu em vários países. Tem carro e já comprou casa. Recentemente fartou-se, faltava paixão e começou a poupar para viajar. Contou-me que quando tomou a decisão, guardou-a só para ela, para evitar comentários, críticas ou bocas foleiras. Só quando tinha o dinheiro que necessitava é que se despediu e depois, contou à família e amigos. 

Ela ainda agora começou, seguem-se outros destinos e é vê-la feliz, bonita, bronzeada, com boa cara e boa energia. E eu? Eu estou invejosa, claro está! é só penso "e se...".

Quem o diz, é o Condé Nast Traveler e eu, toda lambona, quando li o artigo pensei logo "BERLIM!", mas não, nada de Berlim nesta lista. Aqui ficam as dez melhores cidades para expatriados, por ordem decrescente:

 

10. Sidney, Austrália

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Bons restaurantes, música e emprego. Uma cidade cosmopolita e segura para famílias, onde aparentemente todos são bem-vindos. Difícil mesmo é entrar, digo eu. Os vistos são curtos e é uma cidade cara e competitiva. Muitas pessoas que eu conheci, foram para Sidney, apenas  por uns tempos, para ganhar dinheiro de forma mais imediata e para puderem viajar, por exemplo. Todos falavam bem da cidade.

 

 

9. Copenhaga, Dinamarca

Copenhaga é daquelas cidades lindas, cheia de louros, simpáticos e fofos. Não è é á toa que é considerada uma das cidades "mais amigáveis"! É uma cidade CARA e depois do recente tratamento do Governo dinamarquês aos refugiados, onde lhes confiscavam dinheiro e jóias, fica bem claro que não é dos países mais tolerantes à emigração. O que não quer dizer que seja impossível. Ainda no outro dia, um amigo me falava de uma amiga que passa seis meses na Dinamarca a fazer crepes e conseguia poupar, para viajar no resto do ano. Foi o suficiente para eu começar a sonhar "E se eu..."!

 

 

8. Genebra, Suíça

Que levante a mão quem não tem um primo, nem que seja em 19ª geração na Suíça ou um amigo?! Eu tenho primos e amigos e, em dias de sol (sobretudo), é uma cidade lindíssima. ONG's como as Nações Unidas ou a Cruz Vermelha possuem aqui as suas sedes, o que significa também uma grande misturada de raças, cores, religiões e estilos de vida - e claro, a Suíça é também o banco do mundo! Os salários são altos, assim como o custo de vida e não é à toa, que vários trabalhadores na Suíça optem por viver na Itália ou em França.

 

 

7. Frankfurt, Alemanha

Depois de Londres, é o grande centro financeiro da Europa. Quem vive em Berlim ou em Hamburgo, cada vez que ouve falar de Frankfurt, benze-se. É a cidade das gravatas e do dinheiro e isso, em Berlim, não é cool.A cidade é bonita, limpa, é segura e sem dúvida que é capaz de proporcionar uma boa qualidade de vida aos seus habitantes.

 

6. Düsseldorf, Alemanha

Ora que surpresa: outra cidade alemã! Dizem que aqui há mais sol do que em qualquer outra cidade da Alemanha... claramente, é aqui que está todo o sol da Alemanha, começo achar eu! Sim, meus amigos, hoje  dia 19 de Julho e faz frio!!!

 

 

5. Vancouver, Canadá

Na semana passada, tive uma longa conversa com a minha chefe, que é canadiana. Durante uma hora (ou mais), dissertou sobre como os canadianos são racistas, pouco ambientalistas, sacanas e não muito diferente dos norte-americanos (do lado mau e estereotipado)! Antes disso, estaria aqui a dizer flores sobre eles e do seu Primeiro Ministro super fixe, mas ainda não estou em condições de...

 

 

4. Munique, Alemanha

Oh! Surpresa!! Outra cidade alemã! Pior do que Frankfurt, pior do que Dusseldorf.... pior, no sentido que eu vivo em Berlim e sou pessoa bairrista e que veste a camisola - antes que me expulsem. Todos os estereótipos (maus!!! Muito maus!!) dos alemães vêem de Munique: sérios, sem sentido de humor, quadrados, ligados ao dinheiro, racistas e sabe-se lá mais o quê. Eu para já, não me atrevo a defendê-los... talvez um dia, que vá para lá viver!

 

 

3. Auckland, Nova Zelândia

Eu nunca estive na Nova Zelândia, assumo, mas QUERO MUITO IR - bem, na verdade, eu quero ir a todo o lado! Adiante. Todos falam bem, as fotografias d país são de babar e nunca vi ou conheci uma alminha natural da Nova Zelândia que não seja simpático ou sorridente. Auckland tem praia, tem um antigo vulcão, estabilidade financeira e, parece, emigrantes felizes.

 

2. Zurique, Suíça

 Possivelmente é o poder económico, que coloca Zurique à frente de Genebra. Em termos de beleza, verdade seja dita, Genebra ganha - isso e porque tem muitos mais portugueses e eu safo-me melhor a falar francês do que aquela coisa a que eles chamam alemão!

 

1. Viena, Áustria

 Parece ser tudo bom em Viena e um excelente local para se ser emigrante... apesar de estarem a repetir eleições e, quem sabe, se não ganha a extrema-direita, que quer dar um pontapé no rabinho a tudo que é emigrante, aka expatriado.

Acho sempre piada a estes rankings (melhores países para viver, capitais mais bonitas, ...) e entendo também que levem em conta factores como a estabilidade económica, emprego, sistema de saúde, segurança, etc. Mas não entendo, como é que deixam de fora questões sócio-políticas, como as leis de emigração e respectivas facilidades de integração; aspectos referentes ao idioma (é fácil? Pode-se viver com o inglês? O país está preparado para não nativos?), liberdade religiosa, igualdade de género, leis de parentalidade, mas também questões mais ligeiras como acolhimento, etc. - embora, entenda também que não são "coisas" fáceis de medir. 

Eu já vivi em quatro país diferentes, sou suspeita, mas eu acho que quando alguém emigra, seja por razões laborais ou porque se apaixonou (pela cidade, pelo idioma, por uma pessoa), estes pequenos detalhes são muito importantes e devem ser tidos em conta! Fazer amigos, sentir-se aceite e integrado é importante para qualquer ser humano... imaginem, então, para um emigrante.

 

 

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Foto de: Há Baixa 

 

- e já à espera da terceira!

aqui tinha falado há uns tempos do projecto de recuperação da baixa de Coimbra, levado a cabo por alguns estudantes de Arquitectura, da Universidade de Coimbra, o Há Baixa. Este grupo de estudantes juntaram-se com o objectivo de reabilitar algumas casas e lojas das baixa de Coimbra, mas também por melhorar a qualidade de vida dos habitantes da cidade.


Desde que soube do projecto, que o tenho acompanhado como posso no Facebook do Há Baixa e mais uma vez, parabéns a todos os envolvidos! Mesmo estando longe e não podendo participar, foi de coração cheio que fui acompanhando o trabalha dos voluntários, nas últimas duas semanas. Foi bonito ver a forma como se envolveram com a comunidade e como as pessoas se interessaram pelo projecto. E agora que acabou, já se fala em mais: bravo, foguetes e palminhas!

E duas semanas depois, entre outras conquistas, a dona Glória já não pensar em reformar-se, mas sim em continuar o seu negócio de costura. Viva!

 

 

 

 

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