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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

Comecemos pela lei:

 

"Art. 170º - Quem importunar outra pessoa, praticando perante ela atos de carácter exibicionista, formulando propostas de teor sexual ou constrangendo-a a contacto de natureza sexual, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

Artigo 171.º - (...) 3 - Quem:

a) Importunar menor de 14 anos, praticando acto previsto no artigo 170.º; ou
b) Actuar sobre menor de 14 anos, por meio de conversa, escrito, espectáculo ou objecto pornográficos;"

 

1. A lei fala em pessoas, não de homens, nem mulheres, nem de sapos;
2. A lei salvaguarda sobretudo menores de 14 anos. E não me lixem, nem aos 14, nem aos 94, alguém merece ouvir "Se beleza desse cadeia apanharias prisão perpétua" ou " Tens uma boca! Deve ter um gostinho... Posso provar?".
3. Os "piropos" que tanto se falam, segundo a lei aprovada são: "atos de carácter exibicionista, formulando propostas de teor sexual ou constrangendo-a a contacto de natureza sexual";
4. Para haver prisão, tem que haver provas e até chegarmos aqui upa, upa!
5. A lei já foi aprovada em Agosto. Isto não devia ser tema de silly season?
6. Há mesmo gente ressabiada e a achar que tem direito a dizer coisas como "Tu és a mais bela das flores, uma rosa. Queres florescer no meu jardim?" a um(a) desconhecido(a)? Ou até mesmo a alguém que se conheça?

7. A lei foi do PSD, como raio foi a Catarina Martins e o Bloco de Esquerda metidos ao barulho?

 

 

Depois de ler muito do que se tem escrito/comentado, por aí, achei por bem atualizar este post.

E agora, por favor, alguém que me explique isto:

 

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Isto é só um pequeno exemplo do muito que anda por aí. No final do dia, a questão é: a lei não fala em piropos, a comunicação social sim e ninguém lê as notícias. Só os títulos. 

 

 

29 Dez, 2015

O amor e uma cabana

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Para ele, não havia nada mais fácil do que ser feliz! É melhor retirar o ponto de exclamação, pois, para ele, não havia nada mais fácil do que ser feliz.
Anos antes de nos conhecermos, foi de férias com a namorada, para o mesmo local no sul de Camboja. O local para onde todos vão. Os mesmos hotéis. O mesmo sol. As mesmas pessoas. O mesmo mar. A mesma comida. Não podia dizer que não era agradável. Era.
Todavia e talvez inspirado pela ousadia dos apaixonados, sem saber como, foi dar a um lugar deserto. Uma pequena baía, com casas de pescadores, com estrada (se é que se podia chamar estrada àquilo!), a quatro metros da praia.
Como para ele, ser feliz era fácil, decidiu ali que o "amor e uma cabana eram suficientes". E eram. E foram. E são. 
Compraram uma velha casa. Restauraram. Notava-se que em cada tábua pregada havia amor. Uns quartos para receber hóspedes. Um bar. E acrescentaram uma cozinha. Umas espreguiçadeiras e já estava. Fácil. Os primeiros hospedes chegaram e sem serem precisas campanhas publicitarias, placas com setas ou fazer acordos com agencias, vários hospedes iam chegando todos os dias.


Quando eu lá cheguei, ela já tinha ido. Já ele, ele recusava-se a sair dali e a deixar de viver a felicidade. O "amor e uma cabana" existiam mesmo e ele tinha tudo para ser feliz. Um outro amor chegou: a irmã e a respectiva família. Juntos geriam o paraíso, pois também eles se tinham mudado com a ânsia de viver o paraíso no paraíso. A irmã cozinhava e levava os hóspedes com ela para a cozinha. Quando não estava ali, espreguiçava-se na areia. O cunhado arranjava aqui e ali. Pelo meio, dava passeios pela praia com as filhas. O cão também sabia que vivia no paraíso. Nunca foi enxotado dos sofás, enquanto ressonava de barriga para o ar, nem quando os hóspedes ficavam sem sítio para se sentar. Também não foi repreendido por comer as minhas sapatilhas e eu não me importei. Ele aninhava-se na minha espreguiçadeira, enquanto eu fazia a sesta, depois dos meus mergulhos. As miúdas eram as únicas obrigadas a sair do paraíso, pois iam à escola.
Soube, mais tarde, que ele tinha um acordo com os vizinhos. Outros locais e estrangeiros que vieram atrás do "amor e uma cabana" e que conspiravam contra "aqueles" que queriam invadir o paraíso com cimento e hotéis cheios de estrelas. Todos se recusavam a vender.

Eu cheguei lá, depois de conhecer umas alemãs, no meio da floresta Tailandesa, em Pai. Elas fizeram-me ir até ao fim do Camboja. E comigo foram mais três pessoas. Como não havia quartos livres, ficamos de favor, no sótão, nuns colchões e a dormir no chão. No dia seguinte concordamos em ficar lá mais um dia. E outro. E o dia seguir e o próximo. E "só" mais um. Ainda hoje, não sei como consegui ir embora dali. Onde é que eu vou agora mergulhar à meia-noite?

Não sou eu que digo, foi a Monocle,

 

1. Tóquio

Sim! Sim! Sim! SIM! Eu viveria aqui feliz da vida. A cidade é incrível, um verdadeiro parque de atracões, sempre com alguma exposição para ver, um concerto, um edifico... e o sushi! E o karaoke! Let's go! Ainda assim, preferia viver em Quioto.

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2. Viena

3. Berlim

Vivo aqui! Ainda é cedo e ainda não estou arrebatada por Berlim. Gosto da bicicleta, da tranquilidade e do silêncio. É uma cidade original, alternativa,... isto é o que todos dizem e: é verdade! Berlim tem algo único. Bem especial. E feia! Sim, Berlim é feia. Mas em Berlim, todos somos de cá. Gosto particularmente do espírito comunitário da cidade. É uma cidade sem pretensões, ninguém sabe quem é mais rico ou mais pobre! Quando as pessoas deixam as garrafas de cerveja limpas e intactas para que outras pessoas as recolham, reciclam e recebam o dinheiro é um acto de pessoas para pessoas. Não é caridade. Não há pena. Há muita dignidade. Há muita dignidade também na cidade. Uma cidade que não esquece e que foi no século XX tantas vezes destruída. E aqui está, de pé. É como uma velhinha sorridente a ver todos passarem.

O contra? Eu sei que é Inverno, mas eu sou pessoa que gosta de o ver diariamente. Nem é o frio. É só mesmo pelo sol!

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4. Melbourne

5. Sydney

6. Estocolmo

Sim! Sim! Sim! Eu visite Estocolmo na Primavera e foi amor à primeira vista. Todas aquelas ilhas ligadas por pontes, os barcos, com suecos ao sol! Aquilo era o sinónimo da felicidade! Estar simplesmente ao sol, num barco e com uma cerveja no meio de uma das mais bonitas cidades que já tinha visitado. Eu sei que era o efeito da Primavera, mas numa me vou esquecer daquela sensação de estar numa cidade "imensamente feliz"! Até as cerejas que comi no parque eram felizes!

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7. Vancouver

8. Helsínquia

Eu fui feliz em Helsínquia, mas se alguém me perguntar "merece a pena?" Sinceramente, não. É uma cidade "bah", não é feia, mas está longe de ser bonita. Disseram-me, uns Finlandeses, que na Final dia não se aprecia a ostentação e que grandes obras são sinais de exibicionismo. Pode até ser! É austera, tem pouca vida e energia. É um típico "vai-se andando", "nem peixe, nem carne". Recomendo os bolinhos de canela e os passeios de barco e a pastelaria mínima, no meio da mata, onde comi os bolinhos de canela. E a sauna! Mas daí a viver lá? Sinceramente: não!

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9. Munique

10. Zurique

11. Copenhaga

12. Fukuosa

13. Singapura

14. Quito

15. Paris

Paris só com muito dinheiro. Paris é uma cidade incrível, as ruas, os monumentos, a comida,... Dificilmente alguém pode ser infeliz a viver em Montmartre ou a acordar com vista para o Sena, mas isso custa. Custa dinheiro. E, verdade seja dita, os subúrbios de Paris, no que toca a beleza e qualidade de vida, deixam muito a desejar. Para viver em Paris, teria de ser em Paris, Paris. E isso significa ter um poder económico bastante considerável. Até lá, continuaremos a ter Paris em sonhos!

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16. Madrid

"Madrid de mi corazón!" Eu vivi cinco anos muito felizes em Madrid. Vale a pena! A cidade pode não ter uma Torre Eiffel ou um Tejo, mas é uma cidade que sabe receber! Assim que dizemos duas palavras de espanhol (ou qualquer coisa que se pareça) somos logo promovidos a pessoa "que habla muy bien español". E depois é uma cidade com sol e com um céu incrível, que do azul, passa a laranja ou roxo... Monet teria sido feliz em Madrid! Madrid é fácil, tem energia e tem alegria!

Tem também sujidade e barulho. Falta-lhe verde, tranquilidade e menos precariedade e elitismo. Mas vale a pena! Madrid vale sempre a pena!

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17. Auckland

18. Lisboa

Eu viveria feliz em Lisboa. Adoro o bairrismo, o Tejo, a calçada e sinto muita falta de "tomar cafés"! E, sempre, o sol! Muita gente, leia-se lEsboetas, ficam com nervosinho só por alguém associar Lisboa a cuecas a secar ao sol ou a velhos na tasca. Pois bem, sito é o que eu mais gosto em Lisboa. Gosto que seja uma aldeia, com tudo à mão. Gosto desse lado tradicional ou provinciano, chamem-lhe o que quiserem e de ouvir gente a gritar "oh Carlos Manuel vem comer"! 

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19. Hong Kong

20. Amesterdão

A primeira vez que visitei a Holanda adorei o país. Gostei tanto que lembro-me de pensar "quero viver aqui!" A Holanda foi o pais, onde eu entendi o que significava "qualidade de vida"! Ver lojas a fecharem ao fim de semana, restaurantes abertos só até às 21h00... mas sobretudo ver, como as pessoas iam para os parques sem pudor e se esticavam ao sol. Depois das seis da tarde, as ruas enchiam-se de bicicletas com mães e pais com bicicletas e criancinhas. Quanto a Amesterdão, tem a particularidade de ser pequeno, um miminho de cidade, cheia de barcos e bicicletas. Posso também viver assim! Mas com uma casa num barco!

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 21. Hamburgo

22. Génova

23. Oslo

24. Barcelona

Eu devia ter 16 anos quando fui a Barcelona e decidi que um dia iria viver ali. Por algum tempo, achei que se fizesse Erasmus, seria ali. Ainda mais Barcelona tinha/tem um grande atractivo: praia! E novamente a história das bicicletas - entendam que não tenho "pancada" com bicicletas, sou simplesmente uma pessoa que não conduz, assim que aprecio bons transportes públicos e cidade onde possa pedalar! Uma amiga minha que se mudou de Madrid para Barcelona, disse-me "adrid é cidade para viver; mas Barcelona é cidade para viver e ser adulto!"

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25. Portland

 

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Cada caso é um caso, já se sabe e eu, na Alemanha, apenas posso falar de Berlim e no lugar de alguém que chegou aqui, para trabalhar, mas já com contrato assinado.

Resolvi também escrever, porque, amigos, a coisa não é fácil! Eu já vivi e trabalhei na Letónia e em Espanha, mas nunca me desesperei tanto como aqui! Ao ponto, inclusive, de repensar toda a mudança! Muita burocracia, a coisa demora e o processo mais lembra um cão a morder a própria cauda!! Assim que: venham, sejam bem-vindos, mas saibam o que vos espera!
 
 
 
O Anmeldung

Todos os que chegam a Alemanha têm de o fazer. O Anmeldung não é mais do que ir registar-se. Só após de ter o Anmeldung feito é que é possível fazer conta no banco, ter seguro médico, segurança social e pedir o Shcufa (mais abaixo).
O problema? O problema é que é preciso ter uma marcação, o que demora. Pode demorar mais de um ou dois meses. A marcação é feita através do site da instituição que cuida da coisa - basta googlar Anmeldung + o nome da cidade alemã para onde vais. O melhor, é fazer o pedido antes de chegar, pois (em teoria) o anmeldung deve ser feito nas primeiras duas semanas. O bom, é que estão sempre a haver desistências e para aproveitar, nada melhor do que ir fazendo refresh no site, até se conseguir uma vaga.
Outra opção, sobretudo quando se tem urgência, é ir até ao centro do bairro onde moras, pelas 7 horas da manhã e tentar que to façam ou que te dêem uma hora. É que sem o sacana do Anmeldung, toda a tua vida na Alemanha entra em suspenso.
 
Para o fazer, é necessário o contrato da casa. Caso não tenhas contrato, (normal, já que acabas de chegar), basta um papel do dono da casa em que estás instalado ou de alguém que lá viva (e que tenha o Anmeldung em ordem) a dizer que vives lá.
 
E a coisa gira (não! Nada!) é que cada vez que mudas de casa, tens de fazer uma nova marcação e ir lá informar a tua nova morada. Sim, sempre! E não, não se pode fazer online. Nem podes pedir a outra pessoa que vá por ti.
 
 
 
 
Arranjar casa

Há mil cães e poucos ossos! Seja para casa, seja para quarto. Há demasiada procura!
E aquela ideia de que Berlim é barata, já foi, já era. As casas estão mais caras e quartos a 300 euros são uma raridade.
Aconselho-te a procurares um quarto ou uma casa provisória, onde possas ficar nos primeiros meses (ou mês) ou a tentares o AirBnb. Deste modo, podes ir procurando quarto/casa mas tranquilamente. Outra opção, é tentar as agências que alugam casas temporariamente - três meses, seis meses, etc. Nestes casos, há que pagar a comissão da agência.
 
Na hora de procurar casa ou quarto, aqui ficam alguns dos sites mais populares - são bem intuitivos e fáceis de usar.
 
 
Cuidado com os preços, verifica sempre se o aquecimento está incluído (warm) e caso não esteja, calcula cerca de um euro por metro quadrado - sendo que nos meses frios, pode aumentar.
Se o aquecimento está incluído, esse valor paga-se durante todo o ano. No fim do Inverno, é feito o cálculo real e das duas uma: ou comprovam que gastaste mais e tens que pagar o extra ou, ao contrário, devolvem-te o dinheiro, por teres pago mais do que aquilo que consumiste. A pensar nisso, há casas cujo valor do aquecimento é mais alto, enquanto outras fazem o valor justo por metro quadrado. O gasto depende da casa. As casas mais antigas, mesmo com janelas duplas, tendem a ser frias e é quase certo que vais ter que ligar o aquecimento, nem que sejam duas horas por dia. Já as construções mais recentes tendem a conservar melhor o calor, significando menos gasto de aquecimento.
 
É muito comum aqui fazer open days. Ou seja, uma visita com dia e hora marcados, contigo e todos os interessados. Ou seja, nesse dia, vais tu e mais uns quantos ver a casa - e às vezes são muitos, mas mesmo muitos os que vão contigo! 
É nessa altura que deves fazer todas as perguntas (tem aquecimento? Possibilidade de colocar um fogão ou uma pia? Aceitam animais, etc.?). Pergunta mesmo tudo. Por aqui, gostam pouco de perguntas após alguém ser seleccionado. Eu, à custa disso, perdi uma casa.
 
Em Berlim, não sentes (ou eu não senti) que preferem alemães a estrangeiros. Aqui é tudo sobre o dinheiro e a estabilidade financeira e profissional de cada um. É por isso, que depois das visitas (sejam elas individuais ou em grupo) é comum os interessados terem que enviar uma serie de documentos:
  • Um questionário que te é dado pela agência/senhorio. É sobre ti e sobre quem vai viver contigo - nome, data de nascimento, quanto ganhas, empresa, há quantos anos trabalhas, nacionalidade, etc.;
  • Contrato de trabalho;
  • Facturas das últimas três rendas pagas na Alemanha - um texto simpático do senhorio antigo é sempre de valor. Caso nunca tenhas vivido na Alemanha, explica isso no email. Eu cheguei a enviar as minhas antigas rendas de Madrid:
  • Schufa (já lá vamos!).
 
Depois disto, é esperar que digam sim ou não - o que pode demorar.
Ah, outro detalhe interessante, a maioria das vezes são as pessoas que vivem na casa e que vão sair, que ta mostram. A maioria das vezes nunca vais ver o senhorio. Eu, por exemplo, nunca vi o meu. Foi tudo por agência, cujos gastos ficam a cargo do senhorio.
 
 
 
O Schufa

Ora o schufa mais não é do que um documento que certifica que o teu saldo bancário é positivo e que tu não tens dívidas no país. Literalmente pagas 25 euros a uma empresa, para que entre na tua conta bancária e escrutine tudinho. Eles depois passam um certificado, dando-te um aval positivo ou negativo.
Para isso, é obrigatoriamente necessário que tenhas uma conta num banco alemão - e isso, só é possível fazer depois de ter o Anmeldung e para fazer o Anmeldung, necessitas de uma morada! Como diria o Gabirel, o Pensador "isto anda tudo ligado".
Assegura-te que quando vais fazer o Schufa já tens dinheiro na conta, pois o valor é-te debitado na e se não tens nada, corres o risco de ficar com saldo negativo... e com um Schufa de parecer negativo, ninguém te aluga nada.
 
"Mas se eu nunca vivi na Alemanha, é óbvio que não tenho dívidas no país... preciso mesmo dessa coisa?"
Isso, perguntava eu muitas vezes! Sejamos práticos e imaginemo-nos no lugar de quem aluga e com 20 macaquinhos (ou mais, muitos mais) a querer alugar uma casa. Com tantos candidatos, a falta de um papel é sempre uma forma rápida de descartar alguém. E, verdade seja dita: são alemães. Não têm o que é pedido? Então: adeeeeeeeeus!
 
O Schufa pode ser feito online e demora uns dias. Em Berlin, pode ser feito no Postbank (correios) do centro comercial Arcade, junto ao metro Schönhauser Allee. Fazem-no na hora, só têm que levar a papelada toda: Anmeldung + dados da conta bancária + passaporte ou cartão do cidadão. Certifica-te que tens dinheiro na conta, para pagar o Schufa.
 
 
 
 
Colocar o nome na caixa do correio

Aqui não há rua X, primeiro direito ou terceiro esquerdo. Aqui as moradas são apenas constituídas pelo nome da rua, o número da porta e o código postal. Para que recebas a carta, o teu apelido (sempre o último) tem que estar na caixa de correio. Se não está... adeus cartas - não é à toa que todos os alemães se queixam do serviço de correios, que já agora, funciona também ao sábado.
Os alemães, pelo menos foi esta a minha experiência, são bastante tensos, com esta questão e pouco receptivos a colocar o apelido de outra pessoa na caixa do correio - isto, caso alugues um quarto ou uma casa temporariamente. Isto tudo seria irrelevante, se posteriormente não tivesses receber cartas, algumas bem importantes como o Amnmeldung ou o seguro médico, etc. Além disso, estamos na Alemanha, o online aqui é um bicho papão. Tudo chega por correio, inclusive a factura do pagamento do salário.
 
 
 
Arranjar trabalho

Berlim é uma cidade cheia de oportunidades. Seja para trabalhar em bares e cafés ou em empresas. Há muitas empresas jovens e start ups - o que nem sempre significa salários justos ou que vão ao encontro das belas médias dos salários na Alemanha..
Falar Alemão não é essencial, nem para sobreviver, nem para trabalhar, nem para socializar. O inglês é muito poderoso enquanto língua de comunicação, mas caaaaaaaaaaaaalma! Não penses que podem chegar ao banco e falar inglês ou que todos os empregados da segurança social são fluentes em inglês, ok? Isto (ainda) é a Alemanha e o idioma oficial é o alemão. E durante todo o processo, em algum momento, o Alemão vai fazer falta.
 
O salário mínimo na Alemanha são cerca de 1100 euros limpos e dependendo da cidade e do estilo de vida, pode ser ou não suficiente. Para Berlim e a viver num quarto, ou seja, dividir casa, é um valor que chega para viver satisfatoriamente, mas sem grandes luxos.
 
 
 
O seguro médico

Aqui é obrigatório ter um seguro médico privado, a menos que o rendimento bruto de alguém seja muito baixo ou que a pessoa possua subsídio de desemprego - nesse caso, paga o Estado. O mais popular é a TK. O seguro é retirado directamente do salário.
 
 
 
Os impostos são altos?

São, muito.
Claro que depende do escalão e daquilo que recebe cada um, mas os impostos podem ultrapassar os 40% do salário. E nem caem na conta, são logo retirados. E sim, mesmo quem recebe o salário mínimo paga impostos. Os tais 1100 euros limpos de salário mínimo, são de um salário de (cerca de) 1500 euros.
 
 
 
E os transportes em Berlim?

Só posso mesmo falar de Berlim e, a verdade, é que são muito bons! A cidade é grande e a cobertura é muito abrangente, com metro (subterrâneo e de superfície), autocarro e eléctrico.
É barato? Não, não é barato, o passe mensal é de quase 80 euros! Mas por exemplo, depois das oito da noite, podes viajar com outra pessoa, tal como ao fim-de-semana. O bilhete não é pessoal, ou seja, com fotografia nome, o que permite que possa ser usado por qualquer pessoa. Há-os também com descontos para estudantes e idosos, assim como bilhetes só para quem viaja só depois das 10h00, etc. E, claro, apesar de haver várias zonas, o bilhete cobre todos os meios de transporte..
 
Ah, e aqui ninguém pense que pode andar de metro sem bilhete. Em menos de dois meses já apanhei mais de revisores, que não andam de farda, vestem roupa normal e do nada revelam-se... e multam.  E as multas são de 60 euros para cima.
 
bicicleta é outro meio de transporte bem popular em Berlim e a cidade também é plana, com muitas ciclovias e tudo com muito civismo (nada a ver com os ciclistas malucos da Holanda! ou com os peões parvinhos de Madrid! ou com os condutores idiotas de Portugal), o que facilita bastante.
 
 
 
Ter cão em Berlim 

Aqui são poucos (ou nenhuns) os sítios que barram a entrada a animais - sobretudo cães. É comum vê-los nos transportes públicos e há até quem os leve para o trabalho. Nesse aspecto, sem dúvida que Berlim é uma cidade fácil. Mas atenção que para ter um animal, há que pagar uma taxa. Este é um tema sobre o qual ainda tenho que me informar!

 

 

 

Ser mãe, ser pai em Berlim

Não há sistemas perfeitos, mas comparando com o sul da Europa, onde o apoio familiar é essencial para os jovens pais, a vida familiar na Alemanha tem vários apoios das empresas e das instituições. A começar pela licença de maternidade, que começa seis semanas antes do nascimento. Depois do bebé nascer, a mãe tem direito a pelo menos 14 semanas, com possibilidade de prorrogação até um período que pode chegar aos três anos. Durante este tempo, a empresa não pode despedir a mãe/o pai e, importante, até ao primeiro ano a mãe/o pai beneficiam de um subsídio, baseado no salário líquido.

E depois há imensas escolas e infantários pelos bairros, muitos parques com baloiços e desde muito cedo, os putos ganham imensa autonomia - é comum vê-los com dois anos a ir de bicicleta atrás dos pais ou aos 9 a irem sozinhos para a escola, de metro e autocarro. Não há birras... e o melhor: em Berlim, há crianças que brincam nas ruas e nas praças.

 
Mas afinal, Berlim é barato ou não?

É.
Não é.
Comer é barato, não é Portugal, atenção! Mas mesmo assim e tendo em conta que é uma capital europeia, há várias opções de restaurantes baratos em Berlim - três euros por uns noodles ou cinco euros um prato de massa (há muitos restaurantes asiáticos e italianos por estas bandas). Há muitos concertos e espectáculos gratuitos e festa na rua e gratuita nunca falta!
 Há também muitas lojas de roupa em segunda mão, super baratas; assim como grupos de Facebook que vendem coisas e inclusive dão - dão frigoríficos, camas, mesas, etc. Um dos grupos mais populares é o Free Your Stuff BerlimEu consegui uma estante e um guarda-roupa. No Facebook também é fácil de encontrar grupos para actividades com crianças, voluntariado, cuidados com os animais, etc.
É uma cidade despretensiosa, onde há um forte espírito comunitário e as pessoas passam tudo de umas para as outras, sem grandes problemas.
 
 
Como disse, cada caso é um caso e cada pessoa uma história e melhor tentar que ficar na dúvida! Boa sorte!

 

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O primeiro museu da cidade, foi o Real Museu da Ajuda, fundado em 1772.

 

 

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Alfacinhas, mas porquê?
A palavra "alface" tem origem árabe e conta-se que em Lisboa, se plantavam muitas nessa altura. Outra história, foi que durane um cerco à cidade de Lisboa, os Lisboetas foram forçados a uma dieta vegetariana obrigatória e comiam... alfaces.


Os candeeiros da Ponte Vasco da Gama são ligeiramente inclinados, de modo a não incomodarem os pássaros.

 

Em 1755, um sismo com origem no mar e de magnitude de 8,5, matou mais de 30 mil pessoas. Toda a baixa foi destruída. A reconstrução ficou a cabo do Primeiro-Ministro da época, o Marquês do Pombal, que projectou uma nova baixa, moderna, de arquitectura neoclássica, típica do século XVIII. As ruas são amplas, os edifícios altos e materiais resistentes. Era o advento da Revolução Industrial. A Avenida da Liberdade (primeiramente baptizada como "Passeio Público") faz lembrar os Champs-Élysées e não, não é mera coincidência! Ainda hoje, a zona da baixa e do Rossio é conhecida com Baixa Pombalina.
Os edifícios foram dos primeiros a ser construídos à prova de terramotos. Conta-se que para testar, as tropas tiveram de que marchar, de modo a replicar as vibrações sísmicas, testando assim a capacidade e a resistência das construções.

 

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Aquilo que é hoje o Parque das Nações, durante muito tempo foi uma lixeira a céu aberto. A zona oriental de Lisboa estava abandonada, com velhos armazéns e havia até uma matadoiro sem uso. A Expo'98, cujo tema principal eram os oceanos, foi o pretexto para a recuperação e reabilitação daquela zona - hoje uma das mais caras e luxuosas da capital.

 

Nesta zona, não deixe de visitar o Oceanário, um doa maiores da Europa!

 

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A primeira referência às sete colinas de Lisboa, é feita no livro "Livro das Grandezas de Lisboa", escrito no século XVII, por Frei Nicolau de Oliveira, que comparava a fundação de Lisboa, à de Roma, também assente em sete (perfeitas) colunas.

E elas são:
São Jorge: onde está o castelo.
São Vicente: em Alfama e onde está o Convento de São Vicente de Fora.
São Roque: com vistas para o Castelo de São Jorge e que por causa do Miradouro de São Pedro de Alcântara, acabou por ser popularizado com esse mesmo nome.
Santo André: na freguesia da Graça.
Santa Catarina: mais conhecido por Adamastor, devido à estátua com o mesmo nome.
Chagas: onde está atualmente o Largo do Carmo.
Sant'Ana: onde agora fica o Largo da Anunciada, com fim no Largo do Martim Moniz e Praça da Figueira.

 

 

Dez metros é tudo o que separa o Cristo Rei Brasileiro e o Cristo Rei Português, sendo o Brasileiro maior. Diz-se também que foi uma prenda para os lisboetas e por isso, foi colocado na outra margem.

 

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"Obras de Santa Ingrácia": esta expressão popular é usada para falar sobre uma construção demorada. Isto, porque a Igreja de Santa Ingrácia demorou (prepare-se!) 335 anos a ser construída! Coisinha pouca!

 

 

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A 25 de Abril de 1974 um golpe militar derrubou a ditadura do Estado Novo. O período fascista em Portugal, foi encabeçado por Salazar, porém, na época o dono-daquilo-tudo era Marcelo Caetano. O golpe militar foi levado a cabo pelo MFA (Movimento das Forças Armadas) e ficou conhecido por Revolução dos Cravos, pois para celebrar, a população ofereceu cravos vermelhos aos militares, que eram depois colocados nas espingardas.
O golpe teve lugar no Quartel do Carmo, bem no centro de Lisboa e ainda hoje as canções Grandola Vila Morena de Zeca Afonso ou Depois do Adeus de Paulo de Carvalho são duas referências musicais.
Um ano mais tarde, em 1975, Jean-Paul Sartre e Simone Beauvoir impressionados com a revolução pacífica de Portugal, visitaram o país.

 

O Estilo Manuelino é o único estilo arquitectónico  verdadeiramente português. Uma das suas características é a existência de motivos decorativos relacionados com o mar e com os Descobrimentos. Por exemplo, sabia que na fachada Oeste da Torre de Belém, há a cabeça de rinoceronte?
O mesmo rinoceronte era uma prenda de D. Manuel II ao Papa Leão X, mas o navio acabou por naufragar e o bicho por morrer. A imagem ficou para a posteridade.

 

 

Só descobri o Lago Retba, mais conhecido por Lago Rosa e estou absoluta,ente encantada.
Que coisa linda! Incrível!
Eu nem sabia que isto existia! Que ignorância!

O Lago Rosa fica no Senegal, a 30 km de Dakar. Parece que a razão para esta cor é uma algo chamada Dunaliella salina, que possui um pigmento vermelho. Absolutamente LINDO!!

 

 

 

 

 

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