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Maria vai com todos

Estórias. Histórias. Pessoas. Sítios. Viagens.

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Amor em tempos modernos

15.09.16

Hora de almoço e um grupo de mulheres a falar de gajos - “olha-me esta, ganda coisa” pensam vocês e clicam na cruzinha do topo superior direito! De facto, não é nada de especial, digo eu a quem continua por aqui - obrigadinha, já agora!

Mas a verdade, é que eu dei por mim a ficar de boca aberta, enquanto ouvia conversas sobre Tinder, Facebook e afins e relacionamentos e gajos. Eu como sou uma mulher com relacionamento, estou (claramente) desactualizada, mas parece que agora já não se sacam homens nos bares, agora o “online” é que está a dar.

 

Sendo, assim, a grande questão é: “como saber que o gajo é decente?”. Sim, porque hoje em dia, uma gaja já se dá por satisfeita com um tipo que tenha trabalho, seja limpinho e corte as unhas. O mundo é uma selva, os bons parecem estar todos ocupados ou são gays (queixa recorrente) e parece que os requisitos são mínimos.

A conversa dividia-se entre o “nem pensar, os gajos no Tinder e afins só querem quecas” versus “uma amiga (de uma amiga de uma amiga) conheceu o namorado no Facebook e já estão de casamento marcado”. Pode ser de mim, a cantar de galo, porque tenho moço; mas assumo-me céptica. Essa coisa de achar o gajo ideal no Facebook e encontrar o amor no Tinder soa-me quase tão utópico como a paz no mundo ou depois de uma borracheira e umas pinadelas, encontrar o amor da vida. São coisas que não quadram, não casam, não fazem pandam... ou vai-se a ver e eu sou uma cínica do pior, o que também é bem possível!

 

A verdade é que eu não conheço nenhum caso. Sem ser amigos de amigos, a quem nunca vi a cara, nunca conheci ninguém cujo relacionamento tenhado começado online. Conhecia um rapaz que usava o Facebook para encontrar gajas giras, meter conversa e com quem depois ia beber uns copos e, quando a coisa ia bem, davam umas cambalhotas. Isso parece-me mais realista. Tal como usar o Tinder para sexo - e, sinceramente, nada contra. Usem preservativo e divirtam-se que a vida são dois dias e sexo sem compromisso faz bem à pele.

Por outro lado, entendo que vivemos às pressas, que o mundo é cruel e as grandes cidades podem ser tramadas para se conhecer gente e, logo, fazer amigos e, logo, apaixonar-se - já vos disse que sou cínica? Pois, também sou muito céptica com o amor à primeira vista.

 

E vocês, que me contam? Quero histórias e experiências? Iluminem-me!